(SANITIZED)UNCLASSIFIED 1949 COMMUNIST PROPAGANDA BOOKLET(SANITIZED)

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Document Number (FOIA) /ESDN (CREST): 
CIA-RDP83-00415R003800080004-7
Release Decision: 
RIPPUB
Original Classification: 
C
Document Page Count: 
93
Document Creation Date: 
December 22, 2016
Document Release Date: 
February 14, 2012
Sequence Number: 
4
Case Number: 
Publication Date: 
November 18, 1949
Content Type: 
REPORT
File: 
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PDF icon CIA-RDP83-00415R003800080004-7.pdf4.94 MB
Body: 
Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 STAT Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Lenin, Stalin a PAZ Idit?:iaI VITQI Limbada Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Lenin, Stalin e a PAZ Pr.f eic de MAURICIO SRA1OlI Ldito=ial VITORIA Liaitada Rua d.o Carmo 6, sala 1306 3ulho de 1949 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 PR FACIO Em entrevista a imprensa democrdtica, por ocasido da ultimo visita do traficante de ;guerra Mark Clark ao Brasil, Luiz Carlos Prestes alertou todo o povo brasileird s6bre as serias ameacas que s6bre ele pairam, de set envolvido em uma nova carnificina. indicando as amplas massas frabalha- doras do pats que "o perigo de guerra 6 cada dia maior e, agora, id c mesrno imuiente", o mais destacado lider popular e antiirnperialista de nosso povo conclamou a todos as pa-- triolas a se unirem na into em de f esa da paz. Este 9, sem duvida, no hora presente, a maior problerna do povo brasileiro, comp o 6 dos demais povos, pots nos dias de hoje a luta pars evitar o desencadeamento de uma nova guerra 6 a preocupacao central de t6da a humanidade pro- gressista. Assim a que para nos a defesa der paz e a questao decisiva do momenta, ch qual estdo subordinados todos oa demais problernas. Ainda na'o entramos na segunda metade d@ste seculo e j4 os povos, inclusive o nosso, se viram envolvidos pelas for- cas do imperialismo em duns guerras mundiais, em que mi- Ihoes e milh5es de seres humanos foram sacrificados em be- nef tcio dos grandes trustes e monopolios internacionais. Hoje, essas mesmas fOrcas sociais retrogradas, responsdveis pelas iiltimas hecatombes, capifaneadas pelo imperialismo norte- americano, preparam cinicamente o desencadeamento de uma terceira grande guerra, cujos efeitos destruidores ultra- passara"o em grandc escala as passadas carnificinas, corn o use dos armas atomicas e microbianas que os provocadores de guerra ameacam utilizar contra povos livres e pacificos. Agora mesrno, coin a assina/ura do chamado Pacto do AtI4ntico Norte, .aeaba de se eonstitufr, sob a igide do govr r- Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 r? irnperialista e guerreiro dos Estados Untdos, uma alianfa (r/lea e militnr fr?ancamente agressiva, dirigida contra a e as poises de democracia popular. Esse pacto, que cul- :.?arin n politico de desencadearnento de .uma nova guerra dos eulos dirigenles dos Estados (Jnidos, do Inglalerra e da rIe u, .significando o ram pimento definitioo corn a politica {~r>trrraeao internar tonal que resaallou da vitc ria militar IIrrF a nazismo. tvrna iminente a deflagragdo de uma nova Qizerra impertalista. .- verdade r gore os sign?atdrios do Pacto do Atltntico, :-r?!ieularmente a govnrno dos Estados Unidos e as srus s6- s rraenores da Inglaterra e du Franca, tomam as mais am- medidas mill!ares de car6ter abertantente agressivo, rrndo-se no ratais furiosa carrida armamentisla e elabo- :rradn pianos militares de ataque a Unido Sovigtica, nos quaffs irretaai a ernprPgo do bomba atamica, supremo argumento politicos reaeiondrios norte-americanos. Is frdreas armadas dos Estados Unidos e da Inglaterra 1:,F1o fazern para estabelecer urn verdadeiro cerco estrutagico 11,11 tinian Sovidtiea, criando em 16rno dela urea extensa rode :R ha.'es militares, enquanto em Washington continua fun- ~rsttrrndo a Estado Maior unificado anglo-norte-americano, hM=rgido durante a 611ima guerra pars coordenar as pianos :iiilares contra as hordas hitleristas, mas que atualmente =1.-serra,olve sucts atividades tendo em vista a agressdo a gran- _l.. P0ria do Socialismo e as raac5es de democracia popular. lens sao os objetivos do Estado 1faior tocalizado em rrtninebleau, criado pelos participantes da Unido Ociden- gue se encontra sob a chefiaa de Montgomery. Falando no Assembleia Genii da ON U, no reunido ple- Fria de 13 de abril passado, a chefe do delegacao sovietica :rlrei Gromyko, desmascarando o conteddo guerreiro do s',:efn do AtMntico Norte, !eve a oportunidade de denuraciar. c iirrrrdn dodos do pr6pria imprensa burgzsesa norte-amertca- a:.ryressdo r' par L"i) desenvolvem a mars soez IOU idevloptca contra a U n ( Q o ' S o ' v i e c # c a a i o Magi- Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 ,Inento democrdtfco no mundo tntelro, no Memo tempo que se apresentam sem a menor cerim.ania como carnpe5es da democracia e da paz. Em nosso pats, o governo de traicao nactonal de Dutra, apoiado nos politiqueiros reaciondrios do ac6rdo interpara'i- ddrio, camprindo, subservientemente, as ordens de seas pa- tries de Washington, procura mascarar a sua atividade guenr- reira, apresentando-se ridicula e descaradamente como de- fensor do "regime democrdtico", da "lei" e da "Constituicac", I uando na prktica implanta o terror no pals, liquida com is berdades e amarra complelamente o Brasil ao carro guer- reiro do imperialismo. Por trios de seu feroz anticomunis. io e da campanha de calenias contra a URSS esconde-se e of e i- siva de fome e miseria contra o povo e, principalrnente a finals clnica e febril preparacao do pals para a guerra. Esta realidade ressalta de modo claro na eonferencia p?:i- nunciada no mes em curso na Escola Tecnica do Exerciio pelo general Cordeiro de Farias. Esse general, na condic o de organizador da Escola Superior de Guerra, instituicao iris- pirada pelos militaristas dos Estados Unidos a que por e,` s nerd controlada atraves de instrutores norte-americanos, t, ,r- nou de novo evidence perante t8da a naca`o que o governo afo Dutra estd definitivamente comprometido com os imperiri- listas ianques para participar em uma aventura guerreira contra os interesses e a vontade do povo brasileiro, e que as inedidas de cardter cnticomunista da ditadura constituern parte das providencias tomadas para levar o pals a guerre e transformar a juventude brasileira em carne de canhao para que os imagnatas norte-americanos possam au f erir maiores lucros. Referindo-se ao "Tratado Inter-americano de Assisten- cia Mutua", conr"recido como Pacto do Rio de Janeiro, a saga ligacao com o Pacto do Atlantico, o general Cordeiro de Pa- rias, como legitiaao instigador de guerra, of irma: "Para o fim que se tem em vista nro a necessdrio m d4fal a afire 0 TMAMLO, f e -l nmelde Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 reins sells r(rrilos e catlsrtx an Paclo do Atlotntit~o Nor- _ ' etanxiderrinrjs nossa sitrlrlrfin na questdo gur divide r+rrrndo nos ;?ampns iii, t)e;dyrite t? do Oriente. Al nossa ?iilnrlr exlri titmbtrn (t:sentrfdrr. i1"itn ;Banos relae5es di- u iiuitirus 1-mr? rr Russia e jd nos deiinimos clar?unente ,"nr r-?lafdo ,rt, eomunismo, cabera de ponte dos inter&s- rio floii rtro de. ,1to.ce', , eonside,rando-o ilegal no pals. l1r um ?ado, as iendeneias tradicionais do povo b^asilci- nossa sectrlar amizade corn a America do Norte com- plclam o quadra da silzzai do internacional de nossu terra, rr,loeando-a nu na posi?+iio clara dianie de um posslvcl It reeiro coil, lilo mondial, ainda gyre nele fossem possi- n' is atitudes neutrus". kssus afirma{ties de uni de,gtawdo general da diladura rirlo deirtim a menor sombra de d toida de gue o govnrno de i)rrlra ester Iamb,>nl no Campo militar. coma acontece to ter- reno eronojnico r politico. lolalnuente sob o contr6le drys ban- c ?,s. trustes e conscireios rrorte-tuneriranos. glue jh a sentou rrrn prrriieipacno em fill? nova eonflito mundial ao latlo dos rrr,,rrr,polistas ianquues. True nein rudrite a hipdtese de f:eutra- Irrlrtrlr? r .tire ttzdy /rtrti purer levar a povo brcrsileiro comer gaado rfr' curie no matcudouro der mats injustcr r cruel das guerras. tr fieneral Gorcleiro de Farias. o mais recente ports-voz dos ,m uerintistar norle-amrrdeanos ?'Til nossa terra e da c?unari- rrr burroercilico-militar gue domino a mdqg'uina governamen- i,rl do psis, em sirs ronferrrnria, mostrando comer o Poito do 1Jo de Janeiro ~ limo dos pr(-as do inecanisino diplonldtico. rlr,?`iiiro e militar gum s,i opinion cony a assinalura do Pacto ,it) .4iirotntico, confirrrra, en Nora .gem a desejar, a que as co- rrrrurtisittc brasileiros rrprm drnrunciundo sabre as grave:: peri- =rrT:, 111101 pr'sam st,hrc flossy povo, pints as irtfames obrigac5es _,.,.?rrruidas pcln ,gr,vnrno de I)rrtra de eumprir, attunes d.j Tra- ,r,rln lntrr-amlrerletlno. as dispozitivos do Patety do Athintico, ,?urloc{fill a pail ern face do perigo itninente de participar de =untie noua querra. ruts ntesrnus a_njndlcoes em que se acham as 1,r?Nes sitinalarios do referirln paclo. Alids, a general (.ordeiro +1'? l'?rirrs nan fa_ rnislr4rioc a esse respeilo r diz sem r'isfar- ilia' " precfsutnos pi?epurar-nos para a eventuctlidude da Terceira glterra rrlrtndial". Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Diante do perigo iminente de guerra a necessdrio nao so alertar as massas, mas orienta-las c dirigl-las sem v.acilaco"es na tutu para evilar o desencadeamento de outra hecalombe. Nesse sentido, simultdneamente coin a luta prdtica e persis- tente contra a guerra, precisarnos estar te6rica e ideol6gica- mente preparados para lutar corn exito pela paz, compreen- der as causas profundas da guerra e qual o caminho para acabd-las def initivamen.te. A publicaca"o do f olheto "LENIN, STALIN E A PAZ", contendo os melhores trechos dos trabalhos dos dois grandes guias do proletariado rriundial sabre os problemas da paz e da guerra, constitui uma solida contribuicao para a educa- cao das massas, armando-as para o combate em que estdo empenhadas para derrotar os fautores de guerra, pots de seii estudo nao so se terd, atraves dos classicos do marxismo, a justa interpre.tacio das causas das guerras imperialistas, como tambem se tomard conhecirnento sabre a posica`o da classe operdria e dos Partidos Comunistas em face das guer- ras de tal natureza. Em "LENIN, STALIN E A PAZ", fica claramente eviden- ciado que a guerra e um f en6meno social insepardvel do ca- pitalismo em sua presente ctapa, final e agonizante - a do imperialismo. Por isso mesmo, a Tutu contra a guerra d necessdria e obrigatoriamente uma luta contra o imperialismo, contra o capitalismo monopolista que, levando ao mdximo de tensao os antagonismos que se desenvolvem em sea seio, faz coin que os imperialistas procurem a saida guerreira, sacrificando milho"es de homens, mulheres e criancas, como tentativa para solucionar suas inumeras contradico"es. Esse fato torna o capitalismo uma am.eaca permanente de guerra para os po- vos. Lenin via de modo genial essa realidade e, conduzindo os bolcheviques na luta contra a guerra, levou essa tutu con- sequenternente ate o f im, ate a derrota da burguesia imperia- lista, ate a instauracao do poder sovietico, ate a liquidaca"o do capitalismo. Dizia entuo Lenin em face da primoira Gran. Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 de Guerra: "C(unpreerulrmos a inevitdvel ligafno dos goer- ras rum a Info air rlassrs dentrn do Pais, a impossibil,dade de pUr fim its guer'ras gem antes cup,rirnir as classes e .;em ins- Iaurar 1> scrcr'ali..dno". P' evidenle. laortarato, que em nossos dial, a Iota pela paz, embora se.ja un10 lula da maior amplitude, que al?arca os rnais umplos set, res de nosso pmvn, ndo dei.ra de ser t;ma lutes rrvnluctonriria, liauda it derrota dos instigadores do graerra derdrn de setts pr?ciprios poises, a liquidafuo da explorafao capitalrsla c, ena nosso pals, it realizarcio da revolufito agrciria e ardiirnperic{lisla. 4ssim a da maior alualidade o gut ensina Lenin: -Max o marxismo ndo P paeifismo. E' indisl.ensdvet Iutar Para pdr lint a guerra. Mac et reiuindicafito da "paz" ndo leru sentidf, verdodeiramente proletdrio, se recto procla- rnar a Onto revolucioniria". Os ensinamentos de Lenin e Shilin snhre a paz nostrum rive a soeialismo eonstitui a principal forea da paz. A vitd- rio do socialismo puma sexta parte do mundo foi ,> e urea fator decisivo no bola eontra a gnrrra, phis a Unido SoviJtica em yetis 31 anos ale ea?ishncia tern sides a maior camped des defesa do paz e do respeifo it independerteia e a sotaerania de Indc,S oS povus. (.l ,?stado sneialista, que abcalin a explorafro do iornem pelt honmem e lirluidou com Idcla especie fie opressc o natio- nal. que nuo few objetivos imperialislas e de dotninurao de outros povos, pair, set: grande poderio a pelo seu enorme presfirlio muncliol t. a maior barreira titre Ito je se anfc poe its rnoquinae-oe.s guerreiras a erpansionis(a.s dos ftrrcas do impe- rialismo lideradras pelos monnpolisfas norle-antericanos. f,sse a tambern um dos motiuos torque ct reafrio izaperia- Itsia internarional. rnobilizando 16das as satas fcrfas, utilt- zando a mentira r a mais srrrdida propaganda idefalOgiea contra a cornunismo e procurando desesperadamente amor- tecer sua.s eontrudici-jes, se volda corn a maior _[aria contra a P4frio do Socialismo corn o fire de taut,.-ur-se o mais r%tpida- rnente passivel nurna guerra de agressao contra a L'nido So- vietica -- hoje. como untem, o grande baluarte des paz. Por oulro lado as dais grandes mestres do marxisr to en- sinam 9 ue a iiu.i ru, IEOra s latter ao pt'd prio t she Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 eapitalista, nao a inevitdvel. Na presente situacao mundial, apesar da agressividade crescente dos patses imperialistas e do perigo iminente de guerra, esta ndo a fatal. Poderosas sa`o as f6rcas da paz e dci dern.ocracia, muito mais fortes que as f6rcas da guerra e do imperialismo, o que significa que os instigadores de uma nova guerra podem e devem ser derro- tados. Mas por isso a indispensavel mobilizaP as massas, orga- niza-las e uni-las na luta contra a guerra, transformar em acdo o sea ardente desejo de paz. Existem t6das as condicoes Para cumprir essa tarefa, pois, como afirmou Stalin, "os hor- rores da guerra recente est?o vivos demais nas mentes dos povos e as forcers sociais a favor do paz sao grandes demais Para que os pupilos de Churchill possam vence-las e desvid- las Para uma nova guerra". E' portanto possivel deter o bracocriminoso dos provo- cadores de guerra, urea vez que o desencadeamento de uma nova hecatombe nao depende izrzicamente da vontade dos imperialistas, que em face das vitdrias do campo democra- tico, como a alcancada pelos exercitos populares de liberta- ca`o national na China, e do fortalecimento der frente mundial em defesq da paz, veem diminuir as possibilidades de desen- cadear a guerra, mas que por isso mesmo se lancam febril- mente na mais desesperada e intensa preparacao, e provo- cacao guerreira, objetivando deflagrar essa guerra o mais redo possivel. E' prec,iso na"o esquecer que em ultima andlise a guerra a realizada com os povos e que se estes a ela se opoem, a nova carnificina sera evitada. Cabe, portanto, a nos, os partidarios der paz no pats, aumentar a nossa gtividade na luta contra a guerra, mobili- zando os mais amplos set6res der populaca`o, contribuindo com o maximo de esforcos Para ajudar a gdrantir uma paz duradoura, derrotando, assim, internamente os fautores de guerra que, cometendo o mais nefando dos crimes, preten- dem arrastar o povo brasileiro a um novo e mais terrivel massacre. Mas estejamos tambem alerta Para, como discipulos de Lenin e Stalin, nao nos deixarmos surpreender, se a guerra f 6r de f lagrada, no caso em que as f orcas der paz nao consi- gt,rxt ev tc ? uma nova carnificina. Fieis as tradicoes da clasj Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 f.lirrff'ra no frrvmio inleiro que, id em 1907 no Congresso So- irl'i~rr irnirrnffcirrnnl de Stul/gort, resolvia gue cm cftso de yr.rrrra os proiOurios devia-n "preciptior a queda da domi- rrarpro eapiifflis/c: e nosso dryer sugrado seguir o ca.ninho indicaflo por Prestes Para a eyf'ntnalidade de uma nova f/urrrf;: "A (rfnif= (if, nosso povo, nfis comunistas, haverernbs plc: tulfir liarff ii?ffizsforrnar a querra imperialista em yuerra tie liberiacuo narional". Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 (*) HISTORIA DO PARTIDO COMUNISTA (b) DA URSS Teoria e tatica do Partido Bolchevique s?bre os problemas.da guerra, da paz e da revolucao Os bolcheviques no eram contrarios a qualquer guerra. Eram-no somente contra a de conquista, contra a guerra im- perialista. Entendiam que ha dois tipos de guerra: a) a guerra justa, sem anexacoes, de l.berta jao, tendo por fim defender o povo contra uma agressAo exterior e contra, quantos tentem escraviza-lo, capaz de libertar o povo da escravid"ao capitalista e de emancipar as colgnias e os paises dependentes do jugo dos imperialistas; e b) a guerra injusta, de anexacoes, cujo objetivo 'e con- quistar e escravizar outros paises, outros povos. Os bolcheviques apoiavam o primeiro tipo de guerra. Quanto as do outro tipo, julgavam que se deveria manter contra elan uma luta decidida, chegando ate a revolucao e a derrubada do governo imperialista que a dirigisse. Os trabalhos teoricos de Lenin durante a guerra tiveram uma importancia enorme para a classe operaria do mundo inteiro. No primavera de 1916, Lenin escrevia sua obra inti- tulada uImperialismo, fase superior do Capitalismo?. Neste livro Lenin esclarece qu.e o imperialismo e a etapa culminante do capitalismo, a etapa em que este se converte de eapitalismo ?progressivon, em capitalismo parasitario, em decomposicao; que o imperialismo e o capitalismo agonizante. Isto nao quer diner, naturalmente, que o capitalismo va morrer por si so, sem a revolucao proletaria, que vi apodrecer pela raiz. Lenin enshWu sempre que nao a possivel derrubar o capitalismo sem a revolucao da classe operaria. Por isso, se bean que definindo Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 o imperialismo comp o capitalimno agonizante, Lenin eponia ao mesmo tempo, nesta obra, que co imperialismo c o limps' da revolucao social do proletariadox. Lenin ressaltava que na epoca do imperialismo o jugo capitalists se faz each vez mais duro, quo sob as condic?es do mperialismo cresce a indignacao do proletariado contra os fundamentos do capitalismo, e vao amadurecendo, dentro dos paises capitalistas, os elementos para uma explosao revolu- ciona,ria. Lenin ressaltava que na epoca do imperialismo acent.ua-se a crise revolucionaria nos paises coloniais e dependen es e vao crescendo os elementos de thdignacao e os elementos pars a lute de libertacao contra o imperialismo. Lenin ressaltava que sob as condicoes do imperialisrso Be acentuam especialmente o desenvolvimento desigual e . as con- tradics do capitalismo, e que a luta pelos mercados pare (Jar saida as mercadorias e exportar os capitals, a luta pelas colonies e pelas fontes de materias primes, Lorna inevitaveis as guerras imperialistas peribdicas visando uma nova partiiha do mundo. Lenin ressaltava que, precisamente como consegilaticIa clesse desenvolvimento desigual do eapitalistno, surgez?i as guerras imrerialist rs que debilitam as forcas do imperia isnso e tornam nossivel a ruptura da frente imperialists tic seu ponto mais fraco. Partindo dente ponto de vista, Lenin chegava A conc.usao de que a n.iptura da frente imperialists pelo proletariado era perfeitamente possivel em um on em varios pontos; que a vitOria do socialisrno era possivel em um pequeno numero de prises e ate mesmo em urn so pals isolad.amente; que e, vitbria ?in ultanea do socialismo em todos os paises era Impossivrl em virtude do desenvolvimento desigual clo capitalismo; que i So- c:iali;mo comecaria triunfando em um ou em vftrios panes e que os dernais continue-riam sendo por algum tempo pines burgueses. Eis corno Lenin formulava esta conclusao genial, em doss a,rtigos diferentes escritos durante a guerra imperialists: Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 1) cA desigualdade do desenvolvimento politico -e econ6- mico a uma lei absoluta do capitalismo. Dai se infere que e possivel a vitoria do socialismo em um pequeno n{tmero de passes capitalistas ou mesmo em um so, isoladamente. 0 pro- letariado vitorioso desse pals, depois de ter expropriado os capitalistas e organizado a produgao socialista dentro de suas fronteiras, se voltara contra o resto do mundo capitalista atirando contra ele as classes oprimidas dos outros passes >> (Do artigo intitulado >, escrito em agosto de 1915, Lenin, t.XVIII, pgs. 232-233, ed. russa) . 2) cO desenvolvimento do capitalismo se processa de modo extraordinariamente desigual nos diversos passes. De resto no poderia ser de outra forma sob o regime burgues de produgao. Dal se impoe esta conclusao: o socialismo nao pole ti iunfar simultaneamente em todos os passes. Comegara triun- fando em um ou em varios passes, e os demais, continuarao sendo durante algum tempo passes burgueses ou pre-burgueses. Isto provocara, necessariamente, nao so atritos, corno t'arnbem tendencia aberta da burguesia dos demais passes a esmagar o proletariado triunfante do Estado socialists. Em tais con- digoes, a guerra seria, de nossa parte, uma guerra legitima e justa. Seria uma guerra polo socialismo, para libertar da burguesia os outros povos>>. (Do artigo intitulado . Ela diferia fundam.entalmente da concepgao difundida entre os marxistas no periods do capitalismo pre-ianperialista, no tempo em que estes julgavam que a vitoria do socialismo era impossivel em um so pass, que o socialismo triunfaria simultaneamente em todos os paises civilizados. Partindo dos dados relativos ao capitalismo imperialista, que expos no seu Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 notsvel trabalho: tO Imperialiszno, fase superior do Capi- talismou, Lenin abandonou eats concepcao por considers-, superada; fornrulou entuo uma nova concepcao teQrica Se- gundo a qua! a vitoria simultanea do socialismo em toffs os paises era julgad, como impossivel, ao passo que a vitcria do socialismo ern urn so pais, isoladamente, era reconhecida. coma possivel. A ttxrportancia incalculavel ila teoria de Lenin sbbre a revo.urrao socialists. riao esta sornente em ter enrique^ido e desenvolvido o marxiarrmo corn tuna nova teoria. Sua mpor- taneia consiste, al&m do mais, em dar tuna perspectiva revo- lueionaria aos proletarios dos diferentes paises em de=_envol- ver sua iniciativa para se langarem e.o assalto contra sua pry pria l;urguesia nacional, em lhes ensinar o aproveita- mento da situac am de guerra papa organizar a ofensiva e em fortalecer sus fe tit) triunfo da revolucao proletaria. Tal era a concepcrao te+rica e tatica dos bolcheviqu ns nas questoes da guerra, da paz e dim revolucao. Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14 CIA-RDP83-00415R003800080004-7 DISCURSO POR OCASIAO DAS ELEI+QOES GERAIS NA URSS (*) (Pronunciado em 9 de fevereiro de 1946 em Moscou) X. STALIN ?Camaradas! Oito anos sao decorridos desde as (iltimas eleigoes para o Soviet Supremo. Este periodo foi rico de acon- tecimentos de carater decisivo. Durante os primeiros quatro anos o povo sovietico desenvolveu uni formidaveI esforgo para executar o terceiro piano quingizenal. Nos filtimos quatro anos verificaram-se as acontecimentos da guerra contra os agres- sores alemaes e japoneses, ;acontecimentos que dizem respeito segunda guerra mundial. 0 regime capitalista, causa profunda da perra Sern d{zvida alguma a guerra foi o acontecimento domi?? nante de todo 6sse perfodo. Seria um erro pensar que a guerra veto acidentalmente ou foi o resultado dos enganos de a.lguns estadistas. Embora esses erros edistam, a guerra surgiu na realidade como re- suitado inevitayvel do desenvolvimento das forgas politicas e econ8micas do mundo, na base do monop6lio capitalista. N6s, os marxistas, j& declaramos repetidas vezes que o sistema capitalista de economia mundial traz em si os elementos de :crise e de guerra, que o desenvolvimento do capitalismo no segue um curso firme para a frente, mas prossegue atrave=a de crises e catfistrofes. 0 desenvolvimento desigual dos paise,3 capitalistas leva, com o pa.ssar do tempo, a fortes "distiurbio3 nas relag8es de produg"a,o, e os grupos de pafses que fazern (*) Extrato da edlg .o 4 Horizontes, pig. S. Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 ,r,teiras entre si, inadequadarnente providos de naaterias e mereados de exportacso, procumm geralmente alterar ?~s6 ao a seu favor por meio da ffirca armada. Como re- 'aft desses fatores, o mundo capitalista se divide em doss r,, r}ns hostis, o que produz a guerra. ?alvez a catastrofe da guert'a pudesse ser evitada se hou- possibilidade de uma redistribuicao periodica das n uaterias -(Zrdo com suss necessidades econ$micas por mein de , -H s pacificas e coordenadas. Mas into a impossivel sob ?l!ia.l desenvolvimento da economia capitalista. Assinn, como Idtado da primeira crise surgida na economia capitalists -dial, veio a primeira grande guerra. A segunda sulgiu em isequencia tambem cis segunda crise. arbiter Anti-fascists e Libertador da Se ;under Guerra Mundial Tsto no significa, naturalmente, que a segunda grande -rrra tenha sido uma ccipia da primeira. Pelo contrario, a -unda grande guerra apresentou urn carter radicr:1mente ;.cnte da primeira. Deve-se ter em mente Clue os prncipais ;ses fascistas, antes de atacarem os paises aliados, tinham ,)Belo internamente os filtimos resquieios das liberda les de- 11"''tarts burguesas, estabelecendo urn cruel regime de ter- violando os principios de soberania e de liberdade das nas nags es, adotando a politica de conquist- de outran as a anunciar_do ao rnundo que Mariam pela dontinac`ao globo e pela implantagao do regime fascists nos quatro i to, da terra. Assim, com a conquista da TchecosIovr"aquia e parte central da China, os l stados eixist+as demonstraram estavam preparados Para executar suas amea4a.s it costa eseravidao dos povos amantes da liberdade. F'm vista destas circunst&nciaa, a segunda gVerra mondial ,ride giferra, assumindo desde o principio urn caster anti- ?.: t:abelecianento das liberdades deraocraticas. A entrada da Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Uniao Sovistica na guerra contra os Estados do Eixo nao podia senao reforgar, o que de fato aconteceu, o carater antifascis to e 1ibertador da segunda guerra mundial. E foi justa- mente sobre esta base que se pode constituir a coalisao antifas- cista entre a Uniao Sovietica, os Estados Unidos, a Gra-Bre- tanha e outros povos ciosos da liberdade, coalisao que de- sempenhou um papel decisivo no esmagamento das forcas. ar- madas do Eixo. Eis portanto como se deve apresentar a questao das origens a do oarat'r da segunda guerra mundial. Hoje em dia todo mundo reconhece que efetivamente a guerra no surgiu, nem pocleria surgir por acaso na vida dos povos, que ela se transformou praticamente numa guerra dos povos qm luta por sua exist:encia e que? precisamente por este motivo, nao poderia ser uma guerra de curta Jura jao, um_a guerra relbnpago. Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 4 SCCIALIS14O E A GUERRA V. I. LENIN OS PRINCI6PIOS DO SOGIALISMO E A GUERRA DE 1914-1.3 (*) ff ponto de vista. dos soclallatas sabre a guerra Os sociahstas sempre condenararm as guerras entre os par cause da aua barba.rie e da sue ferocidade. Man, ;, seriam i.fensivasx. Nestas condicncs, qualquer que fosse o pals que ta(rasse prirneiro, todo socialista simpatisaria com a caus:a is naeoes oprimidas, dependentes, privadas da plenitude de reitos, na lute contra as vgraudess nagoes opress>ras, es- ::acizacloras e exploradoras. hies imaginemos um negreiro possuidor de cem escravos, t ue luta contra outro que possui duzentos, por uma distri- E uieao mais cequitativa: destes escravos. E' perfe_taraente ::faro que, se neste caso se falasse em rdefesa da psitria3~ ou ,-m guerra tdefenaiva*, isto seria falaear a historia e, prati- _.nnente, seria uma simples farsa dos habeis negreiros Para +?t anar os analfabetos, as camadas inferiores da popula+ao fa cidade. Na guerra atual, a burguesia imperialists nao fax ,)utra cousa. Ao propagar a ideologia ?rsaciorlalista . e as ideias defesa da patria, engana simplesnaente os povos,. pois a :,uerra atual nao a mods do que uma guerra de negreiros que querern propage.r e reforgar a escravidao. A guerra afu.al a urea guerre Imperialists Quase todo mundo reconhece que a guerra atual a uma guerra imperialists, mas na maioria dos casos, esta ideia se esnatura; uns a admitem scmente para um dos grupos beli- -;erantes, outros achaan que ha possibilidade de que esta. guerra I .mha urn caster burgues progressista e de libertacao nacio- 4'al. 0 imperialismo e o estigio mail alto de desenvolvimento o eapitalismo, nao alcancado ate o S+cuio XX. 0 captalisrno sentia abafado nos limites dos veihos Estados naeionais, _, ;,n a ? ma i do quail no tens god do derrubar c, feud&- Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 lismd. 0 capltalisrno procluziu ao mesmo tempo tai concentn,4 gao econSmica quo ramos inteiros da industria se encontra nn. em maos de Sindicatos e trustes, ?corporations>> de capita- listas multimilionarios; o ., globo terrestre quase por inteiro se encontra repartido entre estes xgigantes do capital>, n>i forma de colonias e de outros mil meios de exploracao file. ,r.-- ceira de palses estrangehros. A liberdade de comercio e competicao foram substituid_cr pela tende"ncia ao monop5lio, a conquista de terras estranges- ras para a inversao de capitais, para a exploraQao de materiae primas etc. E o capitalismo, que na sua luta contra o feudalisraro foi o libertador das nacoes, se transforma, na epoca iniperia- lista, no maior opressor das nae,oes. 0 capitalismo foi para a humanidade um elemento de progresso, mas atualmente jd 6 par;.. ela um Memento de reaQao. Desenvolveu de tal modo as forcas produtivas, que atualmente a humanidade se achq ante este dilema: passar ao socialismo ou sofrer ainda durarntI:; muitos anos todos os horrores das lutas armadas entre ?Grandes>> nacoes, pela conservagao artificial do capitalisrtie por meio de eolonias, de monopblios, de privilegios e de opus- sa,o nacional de todo genero. A guerra entre os principais proprietirios de escravos para , escrevia Engels, fazendo alusao precisamente a guerre civil e a neces- sidade de infringir a legalidade burguesa, depois que a pr6pria burguesia a houvesse violado. A crise demonstrou que a bur- guesia esta violando a. legalidade em todos os pafses, inclusive nos pafses mais livres. Esta crise nos demonstrou que ndo se pode levar as massas a revolu~a-o sem criar uma organizario ieegal que propague, Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 discuta, aprecie e prepare os zneios de luta revoluciontirfa. Assim, na Alemanha, tudo o que de honesto fezem os socialis- ts e feito contra o kautskisrno abjeto, oportunista e hip6crita e se faz precisamente em forma ilegal. Na Inglaterra sao rorz- d nados a trabalhos foreados os que levantam o povo contra a conscricao. Considerar a adesao ao Partidc Social-Democrata cora- p .tivei com a negacio dos metodos ilegais de propaganda e corn a ridicularizac >, escreve Schilder, 'que a muitos parecera paradoxal, de que o cresei- mento da populacao urbana e industrial podera, em futuro mais on menos proximo, encontrar maiores obstacujos na insuficiencia de materias primas para a indfis ria do _que na de produtos alimenticios. Assim, por exemplo, aumenta a `escassez de madeira, cujo preco sobe cada vez mais, a de peles e de materias primas pare a inductria textiI. As associacoes indus- trials tentam estabelecer o equilibrio entre a agricul- tura e a industria nos limites de toda a economia mundial; como exemplo, pode-se citar a unia,o internacional. de associac6es, de fabricantes de te- cidos de algodao dos paises industriais ? mais importantes, fundada em 1904, e a uniao de as- sociacoes europeias de fabricantes de tecidos de linho, constituida em 1910, de acordo com o tipo da ante- rior. (1) Claro que as reformistas burgueses, e entre tiles as kautskistas atuais especialmente, tentam atenuar a impor- tancia desses fatos, indicando que as materias primas > adquiridas no mercado livre sem uma politica colonial 'care e perigosa?, que a oferta de materias primas (1) Schilder, obra cit., pigs. 38-42. Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 rpoderla sera aumentada em proporgties gfgantescas corn 0 ssimples3, melhorasnento das condicoes is agricultura aim ge- ral. PorAm essas indicagires se convertem em apologia do imperialismo, servern de cortina, pois se fundam no esque- cimento da principal particularidade do capitalismo modern. o monopt lio. 0 mercado livre passa, cacla vex mail, ao domi- nio da historia, os sindicatos e trustes monopolistas reduzcm- no dart a dia, engnanto o ssimples* nielhoramento das ondi- nie?; da agriculture conduz ao melhoramento da situagAo das massas. A elevagfo dos sal?trios e a diminuirxao dos Micros. Onde estao, a ni+io ser na fantasia dos reforniistas adocicados, tr.istes capa.zes de se preacuparem corn a situagao das m..ssas, e n5o earn a conquista dais colt ntias? Para a capital financeiro, tern importancia, nao ski as Pontes de materias primal ja descobertas, como tarnbein as prassivas de deseobrimento, pois a teenica se desenvoIve corn i^crivel rapidez em nossor digs e as terras, imprestaveis 'ioje, pattern ser amanhi, trans?or rnadas em terras titeis, se se des- c;,brem novas metotios (que um Banco importante +e capaa de encontrar, organiaando expedicao especial de engenhe ros, a? rc nomos, etc.) se se invertern maiores eapitais, etc.. 0 r tes- mo ha de sir dito a respeito da explomgiio de riquezas mi- nerais, dos novos mr todos de elaboragao e utilizagao de tail oct quais materias primes, etc.. Dal a inevitavel tendencia do capital financeirn papa ampliar o territgrio econ8mico e ate o territorio em geral. Do mesmo modo que os trustes cap ta- Iiz.m seas hens avaliando-os no dobro ou no triplo de seu valor, -- l ois clue ealculam as lucros Kpossiveis do futuro (e nao do pre':ont.e) e levam eni conta os resultados ulteriores do nmo- nopc lio --- n capital f'inanceiro rnanifesta, em geral, tendencia par=t se apoderar dal maximas extensacs de territc rips, seja quirt for, esteja uncle estiver, por qualquer mein possivsl, poraite nao perde de vista as posalveis fontes de materias primes, retain ?icar eras na luta encarnigada em torno dos trlti.ras pedacos do mundo ainds nao partiihados, ou eia torrio de nova partilha dos ja partilhados. 0q capitalistas ingteses esforgam-se por todos os meio3, parts desenvolver a produgao de algodao na sua colonia, o Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Egito '(em 1904, dos 2,3 milh?&s de hectares de terra cultivaoa, no Egito, 0,6, isto e, mais da quarta parte, estava ja destinecic ad algodao) ; . os russos f'azern o mesmo na sua, o Turquestao, pois dessa maneira lhes a mais facil veneer os competidore' estrangeiros, mats f .cil monopolizar as fontes de mater`ia`- pFimas, criar um truste 'b?,xtil menos dispendioso. e mais lucra- tivo, com producao , corn a concentracao nurx a. so mao de todas as fases da producao e da transformacac do algodao. Os interesses da exportacao do capital instigam do mesmc modo - a conquista das colonias, pois que no mercado colonic.' o mais facil (e, as vezes, so ai a possivel) suprimir a concon- rente por meios monopolistas, garantir-se cargos, consolida. as Krelac6es? existentes etc. A super-estri tura extra-economica, que brota a base do capital financeiro, a politica, a ideologic deste, reforcam tendencia as conquistas coloniais. ?O capital financeiro quer, nao a liberdade, e sirn o dominio>>, diz com razao Hilferdin - E urn escritor burgues da Franca, corno se desenvolvesse .:: completasse as ideias de Cecil Rhodes, ja por nos citado mats atras, escreve que as causas economicas da politica colonial contemporanea devem-se acrescentar as causas de ordem so, eial. cErn consequencia da crescente complexicIade ?'. vida e das dificuldades que pesam, nao apenas s?bre as massas trabalhadoras, como tambem ;;?bre a classes medias, em todos os paises da civilizacilo velha se estao acumulando, :E1.1 y'E 3s [!7f o .u . E") o si 9tltioe' qmo t' `a,>, isto e, as esferas` apropriada Para rep.arisogs ~icrattyas, coneessoes, beneficiots monopolistas, etc.,` ffnalrnente peTo ter ri ?d,)6ctin fM& ' e a1 ,C d ilc a Potrer ia Feu opp`etas ocu- pait `p;or: exeSi$, ctSigoTbniss, tdffe` decrm `ate da Africa, como foi ainda o caso em ' `18Th ~o ttica- colonial podia ,despnvolver-seg. de mgdo nao monopolista,?,t de conformi- d? ' iof 'as frig` di* t eon "n dif eef d `dt ; t r`ll.eit'n ocupanter? cc tgiil' tadk5t i , t" itb1 ios: Pore it ` cft(ahdo ' c 31 tece i quo 9 d in &W " t da fric , estdVani bo-UpAdas ~(ate.'a9Q0), quan- dc c me eu ester : todo a mundo , partilhade, ~ e,omegou ine- vi Y l ~nte,a.;?ra de; pose 94ppolast daev 916,_ , e, por I~q de ltaarticularrxrente agpgao Hoye. parti- cans CiR]9 g j 5?a L-j ~' J. ) 1) i11 ~. lh o munao.44 , 4S ! are r E pdo o z4'if~ $ c~in'hecc ale que'~brity b a ital moilopolis- ta`ktEii W ag'tid'a.s`;t?idas d s'=cdntradigdea dW it Itsi, . Basta indi ,.talc r'estiada vida.e o jugo;dos.carteis; ta. intensifica- cao des contradicoes e a f r a r otrrz y gaisopo# ti e dQ periodo hist5rico de transicao iniciado corn a vito`ria efiadtiv,.a do capital fi =ceiro mains f?l.-, a s axes Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 O monop8lio, a oligarquia, a tendencia a. dominaq&o em v ft da tendencia a liberdade, a exploracao de um ni mero c^ da vez litaior de nacaes pequenas ou fracas por um punhado de nacres riquissimas ou muito fortes : tudo isso deu origem aos 'triicos distintos do imperialismo, obrigando a caracteri- ato Como capitalismo parasitario on em estado de decom- posica:o. Cada dia manifests-se com mais relevo, Como uma 'las tendencias do imperialismo, a criacao de > de serem anexados a Austria? E que dizer do kautskista russo Martov? Me escreveu ao jornal Gvozdevist, Nash Golos (Samara), pars provar a verdade indiscutivel de que a autodeterminagao das nagoes nao implica necessariamente em defesa da patria numa guerra imperialista. No entanto Martov nada diz sobre o fato de que um social- democrata russo trai o principio da autodeterminacao se, no exige o direito de secessao para as nagoes oprimidas pelos nha Grandes Russos; e desta forma Martov estende a mao da pig _ ir o aos Alexinskys, aos Gvozdevs, aos Potresovs e dos Plekhanov;-: .es e Martov silencia sobre esse ponto tambem na imprensa sy..i.> fica terranea! Hostiliza o holandes Gorter, embora Gorter, ao x . :ica, mo tempo em que erroneamente repudia o principio da auto- ;e1as determinagao das nagoes, aplica corretamente esse princip`c a o exigindo a independencia politica para as Indias FIolandeso,,._ seja, desmascarando a traigao do socialismo pelos oportunistas h,- :rie de landeses que discordam dessa reivindicagao. Martov, pore ~:., nao ataca seu secretario Semkovsky, que em 1912-15 foi o ref or- fiasco redator r_a imprensa liquidacionista que repudiou o mento reito de secessao e autodeterminagao `em geral! vida Nao e evidente que Martov , a autodetermin :,- s re- gao da mesma forma que Kautsky hipocritamente o faz; q~. etc. ole, tambem, esta ocultando o seu desejo de fazer a paz com o ;omo chovinistas ? etiva E o que dizer de Trotsky? Ele o de corpo e alma pela auto- ecisa- determinagao, mas em seu caso, tambem, trata-se de uma frase tona. ociosa, pois e1e nao reivindica liberddde de secessao para as a pro- nagoes oprimidas pela cpatrian do socialista da nacionalidade adiar o em questao; silencia sobre a hipocrisia de Kautsky e dos .,lido para kautskistas! :Grandes? Esta forma de > requer que o principal ponto .::nrocratico desta questao - o repudio as anexacoes - seja ylicado na pratica e nao em palkwras, que sirva para fomen- r e propaganda do internacior alismo, e nao da hipocrisia l ude eet4 fadigado hojev que pvmb nao o 'O'lw Wood Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 confasea hem alto? Vide a Italia, onde ease cansACo arovocoU um Longo moviniento revolucionario exigindo a terminacao do massacre. Nao estamos vendo, na Aleinanha, desenrolarern-se nnanifestatoes operarias de massa, em obediencia a palavra de ordem de cessar a guerra? 0 motim da frota aleina, impiedo- samente reprimido pelo carrasco Guilherme e por seus. lacaios, ndo foi provocado pela fadiga? Se fatos semelhante,,3 podem produzir-se nuns pals tao disciplinado quanto a Alemanha, onde, no entanto, ja se comeca a falar em fadiga e no fim da guerra, nao ternos que teener falar nisso, nfis tambbn, aber- tamente, pois se trata de unia noise to verdadeira Mara nds quanto para todos os passes beligerantes e meamo naa-belige- rantes. (Pravda, n.0 171, 10 de novembro, 28 de outubro de 1917). ... 170 1~ Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 V Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 NOTA SOERE AS TAREFAS DE NOSSA DELEGAcAO _ A HAIA (*) A prop6sito da luta contra o perigo de guerra, em conex ,o com a conferencia de I Iaia, penso que a maior dificuldade e veneer o preconceito de que esoa a uma questao simples, Clara e relativamente facil. ?Responderemos a guerra corn a greve ou a revolucao>>, els o que dizem geralmente a classe operaria os lideres ref or- mistas mas notorios. E, muitas vezes, o radicalismo aparen- te dessas respostas satisfaz, tranqUiliza os operarios, os coope- radores e os camponeses. Talvez o mein mais justo seria comegar refutando essa opiniao do modo mais veemente. Declarar que principalmente agora, depois da guerre recente, so as pessoas muito tolas ou os mentirosos contumases podem essegurar que semelhante resposta a questao referente a luta contra a guerra tem qual- quer valor. Declarar que a impossivel , e, fi- nalmente, indicar o unico meio possivel de combater a guerra, isto e, conservar e constituir uma organizacao ilegal pars uma a4ao duradoura contra a guerra - todos essas coisas devem ser colocadas no primeiro plano. Boicotar a guerra a uma frase estupida. Os comunistas devem participar de qualquer guerra reacionaria. Sera agir com acdrto mostrar de modo particularmente concreto. corn exemplos tirados da literatura alema da pra- guerra, e, principalmente, do Cc-ngresso de Basileia em 1912, que reconhecer, na teoria, que a guerra a um crime, que a guerra a inadmi sivcl gara um socialists, etc., nao sao mail do que palavras vas, porque nao ha nada de concreto nessa maneira de colocar a questao .Nao damos is massas nenhuma ideia realmente viva da maneira como a guerra pode iniciar-se e sera iniciada. Ao contrario, cada dia, num imenso niunero de exemplares, a imprensa dominante escamoteia essa questao e espalha a esse respito uma sere de mentiras contra as quais a debil imprensa socialista a atsolutarnente impotente, tanto mail que, tambem em tempos de paz, professa nesse ponto ideias fundamentalmente erroneLs. A inprensa comunista, na maioria dos paises, tambem fracassara, coin certeza. Penso que nossos delegados ao congresso internaeional dos cooperativistas- e dos trade -uninonistas deveriam dividir entre si a tarefa e analizar, muito minuciosamente, todos os so- fismas hoje utilizados pars justificar a guerra. Talvez o mein principal para arrastar as massas a, guerra sejam justamente eases sofismas cone os quais opera a im- prensa burguesa ; e o que explica antes de Ludo nossa impoten- cia perante a guerra e o fato de nao examinarmos antecipa- Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 damente esses sofismas, ou, coisa mais grave ainda, o de nos, esquivarmos a eles por mein de frases banais, vaidosas e abso- lutamente vazias de sentido, tais como : no permitiremos a guerra, compreendemos perfeitamente que a guerra e um crime, e assim por diante, no espirito do manifesto de Ba- sileia de 1912 . Parece-me que se, na conferencia de Haia, temos alguns homens capazes de fazer, neste ou naquele idioma, um discurso contra a guerra, o importante sera principalmente refutar a opiniao segundo a qual os aAsistentes seriam adversarios da guerra, compreenderiar como a guerra pode e deve iniciar-se no momento em que menos esperam, que conheceriam pouco ou muito o meio de combate-la, que estra,riam pouco ou muito em condigoes de tomar medidas razoaveis e efetivas para lutar contra a guerra. Fortalecidos pela experiencia recente da guerra, devemos mostrar que, logo a seguir a declarando de guerra, um grande numero de questoes teoricas e praticas surgirao, colooando a enorme maioria dos mobilizados na impossibilidade de en- carar essas questoes com um pouco de lucidez, de boa fe, sem espirito preconcebido. Penso que a necessario explicar essa questao com profu- sao de pormenores, e explica-la de dois modos. Primeiro, expondo e analisando o que se passou durante a guerra precedente, e declarando a todos os presentes que ignoram isso ou que fingem sabe-lo, quando, na realidade, nao querem ver o fundo da questao, sem o que a impos- sivel falar de qualquer luta contra a guerra. Nesse ponto, penso que a necessario exan inar todas as gradagoes, todos as opinioes que tinharn surgido na epoca, entre os socialistas russos, a respeito da guerra. E preciso mostrar que essas gra- dacoes nao surgiram por acaso, mas sao devidas a propria natureza das guerras contemporaneas em geral. P, preciso mostrar que, sem fazer a Canalise dessas opinioes e sem explicar como a que elas nascem inelutavelmente e exercem uma in- fluencia definitiva na luta contra a guerra - sem proceder a essa analise, nao se saberia falar de uenlauma ,preparaao -OW 73, - Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 pare a guerra nem mesmo de uma atitude conscientR.- a seu respeito. Em segundo Lugar, a preciso considerar os conflitok atuais, mesmo os mais infimos, e explicar, por seu exempla, como a guerra pode surgir cada dia de um htigio entre a inglaterra e a Fran ca a propx sito de um pormenor qualquer do cratado com a 'furquia, ou entao entre a America e o Japao por uma diverg?ncia fiitil sobre qualquer questao do Pacifico, ou ainda entre estas ou aquelas granctes potencias, por litigios coloniais, ou mesmo por Ittig,os de politics aduaneira, ou de politica comercial em geral, etc. Parece-me que, se as menores duvidas surgirem sobre a possibilidade de fazer em Haia, em toda a tiberdade, um discurso contra a guerra, convem encarar uma serie de astucias para poder diner ao menos o esscmcial e publicar em seguida, numa brochura, o que nao se tiver podi- do diner.. E preciso falar, mesmo sob pens de se ter a palavra cassada pelo presidente. Penso que, no mesmo objetivo, a delegacao deve congregar mais oradores capazes e que terao a incumbencia de fay ar con- tra a guerre em geral, isto e, de desenvolver todos os principals argumentos e todas as condicoes da luta contra a guerTa, hc- menb dominando as tres principals linguae estrangeira3 e que se consagrariam a conversar com os delegados, a tim de saber a que ponto eases fzltimos compreenderam os princilais ar- gumentos, e a que ponto a necessario produzir tais argumen- tos, ou citar tais ou tais exemplos. 7hlvez se possa, ?quanto a rerto numero de questoes, exercer uma acao seria simplesmente citando certos fatos ex- traidos da iiltima guerra. Quanto a outras, talvez s? sa posse exercer uma acao seria expiioando os atuais conflitos cntre os Estados e sua ligacao com uma coalizao armada eventual. No que se refere a luta contra a guerra, lembro-one que houve uma serie de declaracoes de nossos deputados comu= nistas, feitas nos Parlamentos, como tambem em seus dircur- sos extra-parlamentares, declaracoes que contem coisa.,mons- truosamente falsas e de uma monstruosa leviandade de es- pirito, sobre a luta contra a guerra. Penso que 8 neerra e Franca., que cornegaram a armar-se intensivamente, tanto como os outros. Compreende-se que a URSS nao teriha podido pas.:ar por cima dosses acontecimentos ameacadores. n indubita el que toda guerra, par rnenor clue seja, iniciada pelos agr ssores em qualquer rinc;io ciistante do mundo, represents urn perigo pars os paises anlantes da paz. Tanto dais grave e o perigo que represents a nova guerra _imperialista que ja conseguiu arrastar para dentro de sua orbits mais de 506 rniil oes de Beres na Asia, Africa e Europa. Diante do que o nos: o pais, Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 seguindo firmemente a politica da manutengaoi da Paz,, de- senvolveu por sua vez, urn trabalho extraordinariamente in- tenso de fortalecimento da capacidade combative de nosso Exercito Vermelho e de nossa Marinha Vermeiha de Guerra. Ao mesmo tempo, a Uniao Sovietica, a fim de fortalecer suas posig6es internacionais, resolveu dar tambem outros passos. Em fins de 1934, nosso Pais entrou para a Sociedade das Nacoes, partindo de que, fapesar de sua debilidade, esse organismo podia servir de tribuna Para desmascarar os agres- sores e de instrumento, embora debil, da paz, que poderia freiar o desencadeamento da guerra. A Uniao Sovietica en- tende que, em tempos de tanto alarme, no se deve desprezar nem mesmo uma organizacao internacional to debil como a Sociedade das Nagoes. Em maio de 1935, foi concluido, entre a Franca e a Uniao Sovietica, um pacto de ajuda miztua contra um possivel ataque dos agressores. Simultaneamente, firmou-se um pacto semelhante com a Checoslovaquia. Em marco de 1936, a Uniao Sovietica assinou com a Republica Popular da Mongolia um pacto de ajuda mutua. Em agosto de 1937, as- sinou um pacto de no agressao com a Republica chinesa. Nestas dificeis condigoes internacionVis, a Uniao Sovietica vinha aplicando sua politica exterior, defendendo a causa da manutencao da paz. A politica externa da Uniao Sovietica a clara e compre- ensivel : 1. Samos pela paz e pelo fortalecimento de relacoes pre- ticas com todos os paises; ocupamos e continuaremos a ocupar essa posicao, na medida em que esses paises se mantenham nas mesmas relacoes com a Uniao Sovietica, rna medida em que nao tentem lesar os interesses de nosso Pais. 2. Samos pela manutengao de relacoes pacificas de apro- ximagao e boa vizinhanca com todos os paises que tern fron- teiras comuns com a URSS; ocupamos e continuaremos a ocupar essa posicao, na medida em que esses paises se man- tenham nessas mesmas relacoes com a Uniao Sovietica, na ? medida em que nao tentem lesar, direta ou indiretamente, os interesses da integridade e inviolabilidade das fronteiras do Estado sovi6tico. Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 3. Somos pelo apoio aos povos vftimas da egFaaao e que lutam pela independenefa de sua patria. 4. Nao tememos as ameacas dos agressores a estamos dispostos a responder corn dois golpes a cada golpe do3 pro- vocadores de guerra, que visem atentar contra a inviolabili dade das fronteiras sovieticas. Esta A a poiitica externa da Uniao Sovietica. (Aplausos estrondosos a prolongados). Na sua politica externs a Uniao Sovietica se apoia 1) em seu crescente poderio econfmico, politico e cu tural; 2) na unidade moral a politica de nossa soeiedade sovi- etica; 3) na fraternidade dos povos de nossa Uniao Sovietica; 4) em seu Exercito Vermelho e em sua Marinha. Ver- melha de guerra; 5) em sua politics de paz; 6) no apoio moral dos trabaihadores de todos os palses, vitalmente interessados em manter a paz; 7) na sensatez dos pafses que nAo estao interessados, por umas opt outras raze es, em alterar a paz. As tarefas do Partido, no terreno da politica extern.:, sao : 1) continuer aplicando, daqui por diante, a polit'ca de paz e de fortalecimento das relag6es prlitica.; corn todos as paises; 2) observar prude"ncia e nao permitir que nosso pas seja arrastado a conflitos pelos provocadores de ?uerra acosturnados a que as outros tirem para tiles as casta- nhas do fogo; 3) reforcar por todos as meios a potencia combative de nosso Exercito Vermelho e de nossa Marinha Verme- lha de Guerra; 4) fortalecer as laros internacionais de amizade corn as trabalhadores de todos as paises interessados iia paz e na amizade entre os povos. mom 82 OMM Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 ENTREVISTA AO JORNAL rmes e injustificaveiss. Carla uma dessas palavras a urns cal{inia grosseira e insultante. A Polonia democratica atual a dirigida por hoaneizs emi- nentes. Eles mostraram, por sews atos, que sabem d4ender os interesses ca dignidade de sua pa.tria melhor do qu'~ pude- ram faze-lo sous predecessores. Que razoes pode invoc ar Mr. Churchill para afirmar que as dirigentes de, Polonia contem- poranea podem tolerar em seu pals o Kdomfnio: de re 3resen- tantes de qualquer Estado estrangeiro, seja ele qual f r? As -86-- Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 calunias de Mr. Churchill contra os ? ,ussos? no serao ditadas pela intencao de semear germes de discordia nas relacoes entre a Polonia e a Uniao Sovietica? Mr. Churchill nao esta contente de que a Polonia tenha efetuado uma virada em sua politioa a favor da amizade e da alianca com a URSS. Houve um tempo em que nas relacoes entre a Polonia e a URSS predominavam os elementos de dis- cordia e de contradicces. Isso dava aos homens de Estado do genero de Mr. Churchill a possibilidade de fazer seu jogo a custa dessas contradicoes, de procurar por a mao sobre a Polonia sob o pretexto de protege-la dos Russos, de agitar o espectro da guerra entre a URSS e a Polonia e conserver aposicao de arbitro. Mas essa epoca findou, pois a hostilidade entre a Polonia e a Russia foi substituida pela amizade polono-sovietica. A Polonia atual, democratica, nao quer mais servir de bola, de joguete, nas moos de estrangeiros. Parece-me que a precisa- mente essa circunstancia que irrita Mr. Churchill e o impele a declaracoes grosseiras, desprovidas de tato, contra a Polonia. Pensem um pouco: ja nao a permitido jogar a custa de outrem! No que se refere aos ataques de Mr. Churchill contra a Uniao Sovietica, a respeito da extensao das fronteiras oci- dentais da Polonia gracas a retomada de territorios outrora tirados da Polonia pela Alemanha, parece-me que Mr. Chur- chill trapaceia abertamente com os dados. Como se sabe, a decisao relativa as fronteiras ocidentais da Polonia foi adotala na Conferencia de Berlim das tres potencias, na base dos pedidos poloneses, A Uniao Sovietica declarou por varias vezes que considerava justos e equitativos esses pedidos. E muito provavel que Mr. Churchill nao esteja contente com essa de~ isao. Mas porque Mr. Churchill, sem poupar suas flechas contra a posicao dos Russos nessa questao, esconde a seus auditores o fato de ter sido essa decisao tomada por unanimidade na Conferencia de Berlim, e votada nao so pelos Russos mas tambem pelos ingleses e americanos. Por que precisa Mr. Churchill itiduzir em 6rru seus auditores? -87- Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Mr. Churchil afirma. em seguida, que cos partidos uomu- nistas cram muito dkbeis em todos esses Estados da E cropa oriental, adquiriram uma forca extraordinaria ultrapas ando, m niuito, sua importancia em efetivos, e esforcam-re em instaurar por toda parte um controle totalitiirioo, que ego- vernos policiais dominam, em quase todos os paises, e give, na hora atual, nao existe nenhuma democracia verdadeira. com excecao da Tchecoslovaquiai. Como se sabe, na Inglaterra urn imico partido iirige agora o Estado: o Prartido Trabaihista, enquanto que o:: par- tidos de oposicao estao privados do direito de particip it no governo ingles. No pals de Mr. Churchill, isto se chama o verdadeiro espirito democratico. Na Poionia, na Bulger a, na Rumania, na Iugoslavio., na Hungria, queen governs a um bloco de varios partidos, um bloco de quatro a seis partidos, e a oposigao, desde que seja mais ou menos leal, tem. a.:segu- rado o direito de participar do govern. Para Mr. Churchill, isso se chama, totalitarismo, tirania, ditadura policial. Por que? Por que motivo? Nao espereis resposta por pai to de Mr. Churchill. Mr. Churcill nao compreende que se esta colo- eando puma posiciio 65mica com esses discursos baruilientos sabre o totalitarismo, a tirania, a ditadura policial. Mr. Churchill desejaria que a Pol&nia fosse governada por 5onokowsky e Anders, a Iugoslavia por Mikhailowitch e Pavelitch, a Rumania pelo principe Stirbey e Radescu, a Hun- gria e a Austria por qualquer rei da case dos HabsbuT,go, e cissim por diante. Desejaria convencer-nos de que esses ::enho- res do covil fascista podem garantir ?uma ordem verdadeira- inente democrAticax. Assim e o tespirito democratico c e Mr. Churchill*. AS RAZOES DA INFLUENCIA DOS COMUNIST.LS Mr. Churchill nao esta longe da verdade quando f:da da influencia aumentada dos partidos comunistas na Europa oriental. Convem, entretanto, notar que nao a muito preciso. A influencia dos partidos comunistas aumentou nao s6 j14 Eu- ropa oriental, mas tambem em todos os- paises onde outrora Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 Declassified in Part - Sanitized Copy Approved for Release 2012/02/14: CIA-RDP83-00415R003800080004-7 dominava 0 fascismo (Italia, Alemanha, Hungria, Bulgaria, Rumania, Finlandia), ou ainda existia ocupacao alema, ita- liana ou hi ngara (Franca, Pelgica, Holanda, Noruega, Dina- marca, Polonia, Tchecoslovaquia, Iugoslavia, Grecia, Uniao Sovietica, etc.. - ) 0 crescimento da influencia dos comunistas nao pole ser considerado como obra do acaso mas slim como um fenomeno inteiramente legitimo. A influencia dos comunistas aumentou porque, dtirante os duros anos do doaninio fascista na Euro- pa, os comunistas se mostraram combatentes seguros, au- dazes, devotados contra o regimem fascista, pela liberdade dos. povos. Mr. Churchill lembra as vezes, em seus discursos,