(SANITIZED)UNCLASSIFIED 1949 COMMUNIST PROPAGANDA BOOKLET(SANITIZED)
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Collection:
Document Number (FOIA) /ESDN (CREST):
CIA-RDP83-00415R003800080004-7
Release Decision:
RIPPUB
Original Classification:
C
Document Page Count:
93
Document Creation Date:
December 22, 2016
Document Release Date:
February 14, 2012
Sequence Number:
4
Case Number:
Publication Date:
November 18, 1949
Content Type:
REPORT
File:
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CIA-RDP83-00415R003800080004-7.pdf | 4.94 MB |
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Lenin,
Stalin
a PAZ
Idit?:iaI VITQI Limbada
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Lenin,
Stalin
e a PAZ
Pr.f eic de MAURICIO SRA1OlI
Ldito=ial VITORIA Liaitada
Rua d.o Carmo 6, sala 1306
3ulho de 1949
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PR FACIO
Em entrevista a imprensa democrdtica, por ocasido da
ultimo visita do traficante de ;guerra Mark Clark ao Brasil,
Luiz Carlos Prestes alertou todo o povo brasileird s6bre as
serias ameacas que s6bre ele pairam, de set envolvido em
uma nova carnificina. indicando as amplas massas frabalha-
doras do pats que "o perigo de guerra 6 cada dia maior e,
agora, id c mesrno imuiente", o mais destacado lider popular
e antiirnperialista de nosso povo conclamou a todos as pa--
triolas a se unirem na into em de f esa da paz.
Este 9, sem duvida, no hora presente, a maior problerna
do povo brasileiro, comp o 6 dos demais povos, pots nos dias
de hoje a luta pars evitar o desencadeamento de uma nova
guerra 6 a preocupacao central de t6da a humanidade pro-
gressista. Assim a que para nos a defesa der paz e a questao
decisiva do momenta, ch qual estdo subordinados todos oa
demais problernas.
Ainda na'o entramos na segunda metade d@ste seculo e
j4 os povos, inclusive o nosso, se viram envolvidos pelas for-
cas do imperialismo em duns guerras mundiais, em que mi-
Ihoes e milh5es de seres humanos foram sacrificados em be-
nef tcio dos grandes trustes e monopolios internacionais. Hoje,
essas mesmas fOrcas sociais retrogradas, responsdveis pelas
iiltimas hecatombes, capifaneadas pelo imperialismo norte-
americano, preparam cinicamente o desencadeamento de
uma terceira grande guerra, cujos efeitos destruidores ultra-
passara"o em grandc escala as passadas carnificinas, corn o
use dos armas atomicas e microbianas que os provocadores
de guerra ameacam utilizar contra povos livres e pacificos.
Agora mesrno, coin a assina/ura do chamado Pacto do
AtI4ntico Norte, .aeaba de se eonstitufr, sob a igide do govr r-
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r? irnperialista e guerreiro dos Estados Untdos, uma alianfa
(r/lea e militnr fr?ancamente agressiva, dirigida contra a
e as poises de democracia popular. Esse pacto, que cul-
:.?arin n politico de desencadearnento de .uma nova guerra dos
eulos dirigenles dos Estados (Jnidos, do Inglalerra e da
rIe u, .significando o ram pimento definitioo corn a politica
{~r>trrraeao internar tonal que resaallou da vitc ria militar
IIrrF a nazismo. tvrna iminente a deflagragdo de uma nova
Qizerra impertalista.
.- verdade r gore os sign?atdrios do Pacto do Atltntico,
:-r?!ieularmente a govnrno dos Estados Unidos e as srus s6-
s rraenores da Inglaterra e du Franca, tomam as mais am-
medidas mill!ares de car6ter abertantente agressivo,
rrndo-se no ratais furiosa carrida armamentisla e elabo-
:rradn pianos militares de ataque a Unido Sovigtica, nos quaffs
irretaai a ernprPgo do bomba atamica, supremo argumento
politicos reaeiondrios norte-americanos.
Is frdreas armadas dos Estados Unidos e da Inglaterra
1:,F1o fazern para estabelecer urn verdadeiro cerco estrutagico
11,11 tinian Sovidtiea, criando em 16rno dela urea extensa rode
:R ha.'es militares, enquanto em Washington continua fun-
~rsttrrndo a Estado Maior unificado anglo-norte-americano,
hM=rgido durante a 611ima guerra pars coordenar as pianos
:iiilares contra as hordas hitleristas, mas que atualmente
=1.-serra,olve sucts atividades tendo em vista a agressdo a gran-
_l.. P0ria do Socialismo e as raac5es de democracia popular.
lens sao os objetivos do Estado 1faior tocalizado em
rrtninebleau, criado pelos participantes da Unido Ociden-
gue se encontra sob a chefiaa de Montgomery.
Falando no Assembleia Genii da ON U, no reunido ple-
Fria de 13 de abril passado, a chefe do delegacao sovietica
:rlrei Gromyko, desmascarando o conteddo guerreiro do
s',:efn do AtMntico Norte, !eve a oportunidade de denuraciar.
c iirrrrdn dodos do pr6pria imprensa burgzsesa norte-amertca-
a:.ryressdo r' par L"i) desenvolvem a mars soez
IOU idevloptca contra a U n ( Q o ' S o ' v i e c # c a a i o Magi-
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,Inento democrdtfco no mundo tntelro, no Memo tempo que
se apresentam sem a menor cerim.ania como carnpe5es da
democracia e da paz.
Em nosso pats, o governo de traicao nactonal de Dutra,
apoiado nos politiqueiros reaciondrios do ac6rdo interpara'i-
ddrio, camprindo, subservientemente, as ordens de seas pa-
tries de Washington, procura mascarar a sua atividade guenr-
reira, apresentando-se ridicula e descaradamente como de-
fensor do "regime democrdtico", da "lei" e da "Constituicac",
I uando na prktica implanta o terror no pals, liquida com is
berdades e amarra complelamente o Brasil ao carro guer-
reiro do imperialismo. Por trios de seu feroz anticomunis. io
e da campanha de calenias contra a URSS esconde-se e of e i-
siva de fome e miseria contra o povo e, principalrnente a
finals clnica e febril preparacao do pals para a guerra.
Esta realidade ressalta de modo claro na eonferencia p?:i-
nunciada no mes em curso na Escola Tecnica do Exerciio
pelo general Cordeiro de Farias. Esse general, na condic o
de organizador da Escola Superior de Guerra, instituicao iris-
pirada pelos militaristas dos Estados Unidos a que por e,` s
nerd controlada atraves de instrutores norte-americanos, t, ,r-
nou de novo evidence perante t8da a naca`o que o governo afo
Dutra estd definitivamente comprometido com os imperiri-
listas ianques para participar em uma aventura guerreira
contra os interesses e a vontade do povo brasileiro, e que as
inedidas de cardter cnticomunista da ditadura constituern
parte das providencias tomadas para levar o pals a guerre
e transformar a juventude brasileira em carne de canhao para
que os imagnatas norte-americanos possam au f erir maiores
lucros.
Referindo-se ao "Tratado Inter-americano de Assisten-
cia Mutua", conr"recido como Pacto do Rio de Janeiro, a saga
ligacao com o Pacto do Atlantico, o general Cordeiro de Pa-
rias, como legitiaao instigador de guerra, of irma:
"Para o fim que se tem em vista nro a necessdrio
m d4fal a afire 0 TMAMLO, f e -l nmelde
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reins sells r(rrilos e catlsrtx an Paclo do Atlotntit~o Nor-
_ ' etanxiderrinrjs nossa sitrlrlrfin na questdo gur divide
r+rrrndo nos ;?ampns iii, t)e;dyrite t? do Oriente. Al nossa
?iilnrlr exlri titmbtrn (t:sentrfdrr. i1"itn ;Banos relae5es di-
u iiuitirus 1-mr? rr Russia e jd nos deiinimos clar?unente
,"nr r-?lafdo ,rt, eomunismo, cabera de ponte dos inter&s-
rio floii rtro de. ,1to.ce', , eonside,rando-o ilegal no
pals.
l1r um ?ado, as iendeneias tradicionais do povo b^asilci-
nossa sectrlar amizade corn a America do Norte com-
plclam o quadra da silzzai do internacional de nossu terra,
rr,loeando-a nu na posi?+iio clara dianie de um posslvcl
It reeiro coil, lilo mondial, ainda gyre nele fossem possi-
n' is atitudes neutrus".
kssus afirma{ties de uni de,gtawdo general da diladura
rirlo deirtim a menor sombra de d toida de gue o govnrno de
i)rrlra ester Iamb,>nl no Campo militar. coma acontece to ter-
reno eronojnico r politico. lolalnuente sob o contr6le drys ban-
c ?,s. trustes e conscireios rrorte-tuneriranos. glue jh a sentou
rrrn prrriieipacno em fill? nova eonflito mundial ao latlo dos
rrr,,rrr,polistas ianquues. True nein rudrite a hipdtese de f:eutra-
Irrlrtrlr? r .tire ttzdy /rtrti purer levar a povo brcrsileiro comer gaado
rfr' curie no matcudouro der mats injustcr r cruel das guerras.
tr fieneral Gorcleiro de Farias. o mais recente ports-voz dos
,m uerintistar norle-amrrdeanos ?'Til nossa terra e da c?unari-
rrr burroercilico-militar gue domino a mdqg'uina governamen-
i,rl do psis, em sirs ronferrrnria, mostrando comer o Poito do
1Jo de Janeiro ~ limo dos pr(-as do inecanisino diplonldtico.
rlr,?`iiiro e militar gum s,i opinion cony a assinalura do Pacto
,it) .4iirotntico, confirrrra, en Nora .gem a desejar, a que as co-
rrrrurtisittc brasileiros rrprm drnrunciundo sabre as grave:: peri-
=rrT:, 111101 pr'sam st,hrc flossy povo, pints as irtfames obrigac5es
_,.,.?rrruidas pcln ,gr,vnrno de I)rrtra de eumprir, attunes d.j Tra-
,r,rln lntrr-amlrerletlno. as dispozitivos do Patety do Athintico,
,?urloc{fill a pail ern face do perigo itninente de participar de
=untie noua querra. ruts ntesrnus a_njndlcoes em que se acham as
1,r?Nes sitinalarios do referirln paclo. Alids, a general (.ordeiro
+1'? l'?rirrs nan fa_ rnislr4rioc a esse respeilo r diz sem r'isfar-
ilia' " precfsutnos pi?epurar-nos para a eventuctlidude da
Terceira glterra rrlrtndial".
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Diante do perigo iminente de guerra a necessdrio nao so
alertar as massas, mas orienta-las c dirigl-las sem v.acilaco"es
na tutu para evilar o desencadeamento de outra hecalombe.
Nesse sentido, simultdneamente coin a luta prdtica e persis-
tente contra a guerra, precisarnos estar te6rica e ideol6gica-
mente preparados para lutar corn exito pela paz, compreen-
der as causas profundas da guerra e qual o caminho para
acabd-las def initivamen.te.
A publicaca"o do f olheto "LENIN, STALIN E A PAZ",
contendo os melhores trechos dos trabalhos dos dois grandes
guias do proletariado rriundial sabre os problemas da paz e
da guerra, constitui uma solida contribuicao para a educa-
cao das massas, armando-as para o combate em que estdo
empenhadas para derrotar os fautores de guerra, pots de seii
estudo nao so se terd, atraves dos classicos do marxismo, a
justa interpre.tacio das causas das guerras imperialistas,
como tambem se tomard conhecirnento sabre a posica`o da
classe operdria e dos Partidos Comunistas em face das guer-
ras de tal natureza.
Em "LENIN, STALIN E A PAZ", fica claramente eviden-
ciado que a guerra e um f en6meno social insepardvel do ca-
pitalismo em sua presente ctapa, final e agonizante - a do
imperialismo.
Por isso mesmo, a Tutu contra a guerra d necessdria e
obrigatoriamente uma luta contra o imperialismo, contra o
capitalismo monopolista que, levando ao mdximo de tensao
os antagonismos que se desenvolvem em sea seio, faz coin
que os imperialistas procurem a saida guerreira, sacrificando
milho"es de homens, mulheres e criancas, como tentativa para
solucionar suas inumeras contradico"es. Esse fato torna o
capitalismo uma am.eaca permanente de guerra para os po-
vos. Lenin via de modo genial essa realidade e, conduzindo
os bolcheviques na luta contra a guerra, levou essa tutu con-
sequenternente ate o f im, ate a derrota da burguesia imperia-
lista, ate a instauracao do poder sovietico, ate a liquidaca"o
do capitalismo. Dizia entuo Lenin em face da primoira Gran.
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de Guerra: "C(unpreerulrmos a inevitdvel ligafno dos goer-
ras rum a Info air rlassrs dentrn do Pais, a impossibil,dade de
pUr fim its guer'ras gem antes cup,rirnir as classes e .;em ins-
Iaurar 1> scrcr'ali..dno".
P' evidenle. laortarato, que em nossos dial, a Iota pela paz,
embora se.ja un10 lula da maior amplitude, que al?arca os
rnais umplos set, res de nosso pmvn, ndo dei.ra de ser t;ma lutes
rrvnluctonriria, liauda it derrota dos instigadores do graerra
derdrn de setts pr?ciprios poises, a liquidafuo da explorafao
capitalrsla c, ena nosso pals, it realizarcio da revolufito agrciria
e ardiirnperic{lisla. 4ssim a da maior alualidade o gut ensina
Lenin: -Max o marxismo ndo P paeifismo. E' indisl.ensdvet
Iutar Para pdr lint a guerra. Mac et reiuindicafito da "paz"
ndo leru sentidf, verdodeiramente proletdrio, se recto procla-
rnar a Onto revolucioniria".
Os ensinamentos de Lenin e Shilin snhre a paz nostrum
rive a soeialismo eonstitui a principal forea da paz. A vitd-
rio do socialismo puma sexta parte do mundo foi ,> e urea
fator decisivo no bola eontra a gnrrra, phis a Unido SoviJtica
em yetis 31 anos ale ea?ishncia tern sides a maior camped des
defesa do paz e do respeifo it independerteia e a sotaerania
de Indc,S oS povus.
(.l ,?stado sneialista, que abcalin a explorafro do iornem
pelt honmem e lirluidou com Idcla especie fie opressc o natio-
nal. que nuo few objetivos imperialislas e de dotninurao de
outros povos, pair, set: grande poderio a pelo seu enorme
presfirlio muncliol t. a maior barreira titre Ito je se anfc poe its
rnoquinae-oe.s guerreiras a erpansionis(a.s dos ftrrcas do impe-
rialismo lideradras pelos monnpolisfas norle-antericanos.
f,sse a tambern um dos motiuos torque ct reafrio izaperia-
Itsia internarional. rnobilizando 16das as satas fcrfas, utilt-
zando a mentira r a mais srrrdida propaganda idefalOgiea
contra a cornunismo e procurando desesperadamente amor-
tecer sua.s eontrudici-jes, se volda corn a maior _[aria contra
a P4frio do Socialismo corn o fire de taut,.-ur-se o mais r%tpida-
rnente passivel nurna guerra de agressao contra a L'nido So-
vietica -- hoje. como untem, o grande baluarte des paz.
Por oulro lado as dais grandes mestres do marxisr to en-
sinam 9 ue a iiu.i ru, IEOra s latter ao pt'd prio t she
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eapitalista, nao a inevitdvel. Na presente situacao mundial,
apesar da agressividade crescente dos patses imperialistas e
do perigo iminente de guerra, esta ndo a fatal. Poderosas sa`o
as f6rcas da paz e dci dern.ocracia, muito mais fortes que as
f6rcas da guerra e do imperialismo, o que significa que os
instigadores de uma nova guerra podem e devem ser derro-
tados. Mas por isso a indispensavel mobilizaP as massas, orga-
niza-las e uni-las na luta contra a guerra, transformar em
acdo o sea ardente desejo de paz. Existem t6das as condicoes
Para cumprir essa tarefa, pois, como afirmou Stalin, "os hor-
rores da guerra recente est?o vivos demais nas mentes dos
povos e as forcers sociais a favor do paz sao grandes demais
Para que os pupilos de Churchill possam vence-las e desvid-
las Para uma nova guerra".
E' portanto possivel deter o bracocriminoso dos provo-
cadores de guerra, urea vez que o desencadeamento de uma
nova hecatombe nao depende izrzicamente da vontade dos
imperialistas, que em face das vitdrias do campo democra-
tico, como a alcancada pelos exercitos populares de liberta-
ca`o national na China, e do fortalecimento der frente mundial
em defesq da paz, veem diminuir as possibilidades de desen-
cadear a guerra, mas que por isso mesmo se lancam febril-
mente na mais desesperada e intensa preparacao, e provo-
cacao guerreira, objetivando deflagrar essa guerra o mais
redo possivel. E' prec,iso na"o esquecer que em ultima andlise
a guerra a realizada com os povos e que se estes a ela se
opoem, a nova carnificina sera evitada.
Cabe, portanto, a nos, os partidarios der paz no pats,
aumentar a nossa gtividade na luta contra a guerra, mobili-
zando os mais amplos set6res der populaca`o, contribuindo
com o maximo de esforcos Para ajudar a gdrantir uma paz
duradoura, derrotando, assim, internamente os fautores de
guerra que, cometendo o mais nefando dos crimes, preten-
dem arrastar o povo brasileiro a um novo e mais terrivel
massacre.
Mas estejamos tambem alerta Para, como discipulos de
Lenin e Stalin, nao nos deixarmos surpreender, se a guerra
f 6r de f lagrada, no caso em que as f orcas der paz nao consi-
gt,rxt ev tc ? uma nova carnificina. Fieis as tradicoes da clasj
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f.lirrff'ra no frrvmio inleiro que, id em 1907 no Congresso So-
irl'i~rr irnirrnffcirrnnl de Stul/gort, resolvia gue cm cftso de
yr.rrrra os proiOurios devia-n "preciptior a queda da domi-
rrarpro eapiifflis/c: e nosso dryer sugrado seguir o ca.ninho
indicaflo por Prestes Para a eyf'ntnalidade de uma nova
f/urrrf;: "A (rfnif= (if, nosso povo, nfis comunistas, haverernbs
plc: tulfir liarff ii?ffizsforrnar a querra imperialista em yuerra
tie liberiacuo narional".
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(*) HISTORIA DO PARTIDO COMUNISTA (b) DA URSS
Teoria e tatica do Partido Bolchevique s?bre os problemas.da
guerra, da paz e da revolucao
Os bolcheviques no eram contrarios a qualquer guerra.
Eram-no somente contra a de conquista, contra a guerra im-
perialista. Entendiam que ha dois tipos de guerra:
a) a guerra justa, sem anexacoes, de l.berta jao, tendo
por fim defender o povo contra uma agressAo exterior e contra,
quantos tentem escraviza-lo, capaz de libertar o povo da
escravid"ao capitalista e de emancipar as colgnias e os paises
dependentes do jugo dos imperialistas; e
b) a guerra injusta, de anexacoes, cujo objetivo 'e con-
quistar e escravizar outros paises, outros povos.
Os bolcheviques apoiavam o primeiro tipo de guerra.
Quanto as do outro tipo, julgavam que se deveria manter
contra elan uma luta decidida, chegando ate a revolucao e a
derrubada do governo imperialista que a dirigisse.
Os trabalhos teoricos de Lenin durante a guerra tiveram
uma importancia enorme para a classe operaria do mundo
inteiro. No primavera de 1916, Lenin escrevia sua obra inti-
tulada uImperialismo, fase superior do Capitalismo?. Neste
livro Lenin esclarece qu.e o imperialismo e a etapa culminante
do capitalismo, a etapa em que este se converte de eapitalismo
?progressivon, em capitalismo parasitario, em decomposicao;
que o imperialismo e o capitalismo agonizante. Isto nao quer
diner, naturalmente, que o capitalismo va morrer por si so,
sem a revolucao proletaria, que vi apodrecer pela raiz. Lenin
enshWu sempre que nao a possivel derrubar o capitalismo sem
a revolucao da classe operaria. Por isso, se bean que definindo
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o imperialismo comp o capitalimno agonizante, Lenin eponia
ao mesmo tempo, nesta obra, que co imperialismo c o limps'
da revolucao social do proletariadox.
Lenin ressaltava que na epoca do imperialismo o jugo
capitalists se faz each vez mais duro, quo sob as condic?es do
mperialismo cresce a indignacao do proletariado contra os
fundamentos do capitalismo, e vao amadurecendo, dentro dos
paises capitalistas, os elementos para uma explosao revolu-
ciona,ria.
Lenin ressaltava que na epoca do imperialismo acent.ua-se
a crise revolucionaria nos paises coloniais e dependen es e
vao crescendo os elementos de thdignacao e os elementos
pars a lute de libertacao contra o imperialismo.
Lenin ressaltava que sob as condicoes do imperialisrso Be
acentuam especialmente o desenvolvimento desigual e . as con-
tradics do capitalismo, e que a luta pelos mercados pare
(Jar saida as mercadorias e exportar os capitals, a luta pelas
colonies e pelas fontes de materias primes, Lorna inevitaveis
as guerras imperialistas peribdicas visando uma nova partiiha
do mundo.
Lenin ressaltava que, precisamente como consegilaticIa
clesse desenvolvimento desigual do eapitalistno, surgez?i as
guerras imrerialist rs que debilitam as forcas do imperia isnso
e tornam nossivel a ruptura da frente imperialists tic seu
ponto mais fraco.
Partindo dente ponto de vista, Lenin chegava A conc.usao
de que a n.iptura da frente imperialists pelo proletariado era
perfeitamente possivel em um on em varios pontos; que a
vitOria do socialisrno era possivel em um pequeno numero de
prises e ate mesmo em urn so pals isolad.amente; que e, vitbria
?in ultanea do socialismo em todos os paises era Impossivrl em
virtude do desenvolvimento desigual clo capitalismo; que i So-
c:iali;mo comecaria triunfando em um ou em vftrios panes e
que os dernais continue-riam sendo por algum tempo pines
burgueses.
Eis corno Lenin formulava esta conclusao genial, em doss
a,rtigos diferentes escritos durante a guerra imperialists:
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1) cA desigualdade do desenvolvimento politico -e econ6-
mico a uma lei absoluta do capitalismo. Dai se infere que e
possivel a vitoria do socialismo em um pequeno n{tmero de
passes capitalistas ou mesmo em um so, isoladamente. 0 pro-
letariado vitorioso desse pals, depois de ter expropriado os
capitalistas e organizado a produgao socialista dentro de suas
fronteiras, se voltara contra o resto do mundo capitalista
atirando contra ele as classes oprimidas dos outros passes >>
(Do artigo intitulado >, escrito em agosto de 1915, Lenin, t.XVIII,
pgs. 232-233, ed. russa) .
2) cO desenvolvimento do capitalismo se processa de
modo extraordinariamente desigual nos diversos passes. De
resto no poderia ser de outra forma sob o regime burgues de
produgao. Dal se impoe esta conclusao: o socialismo nao pole
ti iunfar simultaneamente em todos os passes. Comegara triun-
fando em um ou em varios passes, e os demais, continuarao
sendo durante algum tempo passes burgueses ou pre-burgueses.
Isto provocara, necessariamente, nao so atritos, corno t'arnbem
tendencia aberta da burguesia dos demais passes a esmagar
o proletariado triunfante do Estado socialists. Em tais con-
digoes, a guerra seria, de nossa parte, uma guerra legitima
e justa. Seria uma guerra polo socialismo, para libertar da
burguesia os outros povos>>. (Do artigo intitulado .
Ela diferia fundam.entalmente da concepgao difundida
entre os marxistas no periods do capitalismo pre-ianperialista,
no tempo em que estes julgavam que a vitoria do socialismo
era impossivel em um so pass, que o socialismo triunfaria
simultaneamente em todos os paises civilizados. Partindo dos
dados relativos ao capitalismo imperialista, que expos no seu
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notsvel trabalho: tO Imperialiszno, fase superior do Capi-
talismou, Lenin abandonou eats concepcao por considers-,
superada; fornrulou entuo uma nova concepcao teQrica Se-
gundo a qua! a vitoria simultanea do socialismo em toffs os
paises era julgad, como impossivel, ao passo que a vitcria do
socialismo ern urn so pais, isoladamente, era reconhecida. coma
possivel.
A ttxrportancia incalculavel ila teoria de Lenin sbbre a
revo.urrao socialists. riao esta sornente em ter enrique^ido e
desenvolvido o marxiarrmo corn tuna nova teoria. Sua mpor-
taneia consiste, al&m do mais, em dar tuna perspectiva revo-
lueionaria aos proletarios dos diferentes paises em de=_envol-
ver sua iniciativa para se langarem e.o assalto contra sua
pry pria l;urguesia nacional, em lhes ensinar o aproveita-
mento da situac am de guerra papa organizar a ofensiva e em
fortalecer sus fe tit) triunfo da revolucao proletaria.
Tal era a concepcrao te+rica e tatica dos bolcheviqu ns nas
questoes da guerra, da paz e dim revolucao.
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DISCURSO POR OCASIAO DAS ELEI+QOES GERAIS NA
URSS (*)
(Pronunciado em 9 de fevereiro de 1946 em Moscou)
X. STALIN
?Camaradas! Oito anos sao decorridos desde as (iltimas
eleigoes para o Soviet Supremo. Este periodo foi rico de acon-
tecimentos de carater decisivo. Durante os primeiros quatro
anos o povo sovietico desenvolveu uni formidaveI esforgo para
executar o terceiro piano quingizenal. Nos filtimos quatro anos
verificaram-se as acontecimentos da guerra contra os agres-
sores alemaes e japoneses, ;acontecimentos que dizem respeito
segunda guerra mundial.
0 regime capitalista, causa profunda da perra
Sern d{zvida alguma a guerra foi o acontecimento domi??
nante de todo 6sse perfodo.
Seria um erro pensar que a guerra veto acidentalmente
ou foi o resultado dos enganos de a.lguns estadistas. Embora
esses erros edistam, a guerra surgiu na realidade como re-
suitado inevitayvel do desenvolvimento das forgas politicas e
econ8micas do mundo, na base do monop6lio capitalista. N6s,
os marxistas, j& declaramos repetidas vezes que o sistema
capitalista de economia mundial traz em si os elementos de
:crise e de guerra, que o desenvolvimento do capitalismo no
segue um curso firme para a frente, mas prossegue atrave=a
de crises e catfistrofes. 0 desenvolvimento desigual dos paise,3
capitalistas leva, com o pa.ssar do tempo, a fortes "distiurbio3
nas relag8es de produg"a,o, e os grupos de pafses que fazern
(*) Extrato da edlg .o 4 Horizontes, pig. S.
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,r,teiras entre si, inadequadarnente providos de naaterias
e mereados de exportacso, procumm geralmente alterar
?~s6 ao a seu favor por meio da ffirca armada. Como re-
'aft desses fatores, o mundo capitalista se divide em doss
r,, r}ns hostis, o que produz a guerra.
?alvez a catastrofe da guert'a pudesse ser evitada se hou-
possibilidade de uma redistribuicao periodica das n uaterias
-(Zrdo com suss necessidades econ$micas
por mein de
,
-H s pacificas e coordenadas. Mas into a impossivel sob
?l!ia.l desenvolvimento da economia capitalista. Assinn, como
Idtado da primeira crise surgida na economia capitalists
-dial, veio a primeira grande guerra. A segunda sulgiu em
isequencia tambem cis segunda crise.
arbiter Anti-fascists e Libertador da Se ;under Guerra
Mundial
Tsto no significa, naturalmente, que a segunda grande
-rrra tenha sido uma ccipia da primeira. Pelo contrario, a
-unda grande guerra apresentou urn carter radicr:1mente
;.cnte da primeira. Deve-se ter em mente Clue os prncipais
;ses fascistas, antes de atacarem os paises aliados, tinham
,)Belo internamente os filtimos resquieios das liberda les de-
11"''tarts burguesas, estabelecendo urn cruel regime de ter-
violando os principios de soberania e de liberdade das
nas nags es, adotando a politica de conquist- de outran
as a anunciar_do ao rnundo que Mariam pela dontinac`ao
globo e pela implantagao do regime fascists nos quatro
i to, da terra. Assim, com a conquista da TchecosIovr"aquia e
parte central da China, os l stados eixist+as demonstraram
estavam preparados Para executar suas amea4a.s it costa
eseravidao dos povos amantes da liberdade.
F'm vista destas circunst&nciaa, a segunda gVerra mondial
,ride giferra, assumindo desde o principio urn caster anti-
?.: t:abelecianento das liberdades deraocraticas. A entrada da
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Uniao Sovistica na guerra contra os Estados do Eixo nao podia
senao reforgar, o que de fato aconteceu, o carater antifascis
to e 1ibertador da segunda guerra mundial. E foi justa-
mente sobre esta base que se pode constituir a coalisao antifas-
cista entre a Uniao Sovietica, os Estados Unidos, a Gra-Bre-
tanha e outros povos ciosos da liberdade, coalisao que de-
sempenhou um papel decisivo no esmagamento das forcas. ar-
madas do Eixo.
Eis portanto como se deve apresentar a questao das
origens a do oarat'r da segunda guerra mundial.
Hoje em dia todo mundo reconhece que efetivamente a
guerra no surgiu, nem pocleria surgir por acaso na vida dos
povos, que ela se transformou praticamente numa guerra dos
povos qm luta por sua exist:encia e que? precisamente por este
motivo, nao poderia ser uma guerra de curta Jura jao, um_a
guerra relbnpago.
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4 SCCIALIS14O E A GUERRA
V. I. LENIN
OS PRINCI6PIOS DO SOGIALISMO E A GUERRA
DE 1914-1.3 (*)
ff ponto de vista. dos soclallatas sabre a guerra
Os sociahstas sempre condenararm as guerras entre os
par cause da aua barba.rie e da sue ferocidade. Man,
;, seriam
i.fensivasx. Nestas condicncs, qualquer que fosse o pals que
ta(rasse prirneiro, todo socialista simpatisaria com a caus:a
is naeoes oprimidas, dependentes, privadas da plenitude de
reitos, na lute contra as vgraudess nagoes opress>ras, es-
::acizacloras e exploradoras.
hies imaginemos um negreiro possuidor de cem escravos,
t ue luta contra outro que possui duzentos, por uma distri-
E uieao mais cequitativa: destes escravos. E' perfe_taraente
::faro que, se neste caso se falasse em rdefesa da psitria3~ ou
,-m guerra tdefenaiva*, isto seria falaear a historia e, prati-
_.nnente, seria uma simples farsa dos habeis negreiros Para
+?t anar os analfabetos, as camadas inferiores da popula+ao
fa cidade. Na guerra atual, a burguesia imperialists nao fax
,)utra cousa. Ao propagar a ideologia ?rsaciorlalista . e as ideias
defesa da patria, engana simplesnaente os povos,. pois a
:,uerra atual nao a mods do que uma guerra de negreiros que
querern propage.r e reforgar a escravidao.
A guerra afu.al a urea guerre Imperialists
Quase todo mundo reconhece que a guerra atual a uma
guerra imperialists, mas na maioria dos casos, esta ideia se
esnatura; uns a admitem scmente para um dos grupos beli-
-;erantes, outros achaan que ha possibilidade de que esta. guerra
I .mha urn caster burgues progressista e de libertacao nacio-
4'al. 0 imperialismo e o estigio mail alto de desenvolvimento
o eapitalismo, nao alcancado ate o S+cuio XX. 0 captalisrno
sentia abafado nos limites dos veihos Estados naeionais,
_, ;,n a ? ma i do quail no tens god do derrubar c, feud&-
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lismd. 0 capltalisrno procluziu ao mesmo tempo tai concentn,4
gao econSmica quo ramos inteiros da industria se encontra nn.
em maos de Sindicatos e trustes, ?corporations>> de capita-
listas multimilionarios; o ., globo terrestre quase por inteiro
se encontra repartido entre estes xgigantes do capital>, n>i
forma de colonias e de outros mil meios de exploracao file. ,r.--
ceira de palses estrangehros.
A liberdade de comercio e competicao foram substituid_cr
pela tende"ncia ao monop5lio, a conquista de terras estranges-
ras para a inversao de capitais, para a exploraQao de materiae
primas etc. E o capitalismo, que na sua luta contra o feudalisraro
foi o libertador das nacoes, se transforma, na epoca iniperia-
lista, no maior opressor das nae,oes. 0 capitalismo foi para a
humanidade um elemento de progresso, mas atualmente jd 6
par;.. ela um Memento de reaQao. Desenvolveu de tal modo as
forcas produtivas, que atualmente a humanidade se achq ante
este dilema: passar ao socialismo ou sofrer ainda durarntI:;
muitos anos todos os horrores das lutas armadas entre
?Grandes>> nacoes, pela conservagao artificial do capitalisrtie
por meio de eolonias, de monopblios, de privilegios e de opus-
sa,o nacional de todo genero.
A guerra entre os principais proprietirios de escravos para , escrevia
Engels, fazendo alusao precisamente a guerre civil e a neces-
sidade de infringir a legalidade burguesa, depois que a pr6pria
burguesia a houvesse violado. A crise demonstrou que a bur-
guesia esta violando a. legalidade em todos os pafses, inclusive
nos pafses mais livres.
Esta crise nos demonstrou que ndo se pode levar as massas
a revolu~a-o sem criar uma organizario ieegal que propague,
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discuta, aprecie e prepare os zneios de luta revoluciontirfa.
Assim, na Alemanha, tudo o que de honesto fezem os socialis-
ts e feito contra o kautskisrno abjeto, oportunista e hip6crita
e se faz precisamente em forma ilegal. Na Inglaterra sao rorz-
d nados a trabalhos foreados os que levantam o povo contra
a conscricao.
Considerar a adesao ao Partidc Social-Democrata cora-
p .tivei com a negacio dos metodos ilegais de propaganda e
corn a ridicularizac >, escreve Schilder,
'que a muitos parecera paradoxal, de que o cresei-
mento da populacao urbana e industrial podera, em
futuro mais on menos proximo, encontrar maiores
obstacujos na insuficiencia de materias primas para
a indfis ria do _que na de produtos alimenticios. Assim,
por exemplo, aumenta a `escassez de madeira, cujo
preco sobe cada vez mais, a de peles e de materias
primas pare a inductria textiI. As associacoes indus-
trials tentam estabelecer o equilibrio entre a agricul-
tura e a industria nos limites de toda a economia
mundial; como exemplo, pode-se citar a unia,o
internacional. de associac6es, de fabricantes de te-
cidos de algodao dos paises industriais ? mais
importantes, fundada em 1904, e a uniao de as-
sociacoes europeias de fabricantes de tecidos de linho,
constituida em 1910, de acordo com o tipo da ante-
rior. (1)
Claro que as reformistas burgueses, e entre tiles as
kautskistas atuais especialmente, tentam atenuar a impor-
tancia desses fatos, indicando que as materias primas > adquiridas no mercado livre sem uma politica
colonial 'care e perigosa?, que a oferta de materias primas
(1) Schilder, obra cit., pigs. 38-42.
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rpoderla sera aumentada em proporgties gfgantescas corn 0
ssimples3, melhorasnento das condicoes is agricultura aim ge-
ral. PorAm essas indicagires se convertem em apologia do
imperialismo, servern de cortina, pois se fundam no esque-
cimento da principal particularidade do capitalismo modern.
o monopt lio. 0 mercado livre passa, cacla vex mail, ao domi-
nio da historia, os sindicatos e trustes monopolistas reduzcm-
no dart a dia, engnanto o ssimples* nielhoramento das ondi-
nie?; da agriculture conduz ao melhoramento da situagAo das
massas. A elevagfo dos sal?trios e a diminuirxao dos Micros.
Onde estao, a ni+io ser na fantasia dos reforniistas adocicados,
tr.istes capa.zes de se preacuparem corn a situagao das m..ssas,
e n5o earn a conquista dais colt ntias?
Para a capital financeiro, tern importancia, nao ski as
Pontes de materias primal ja descobertas, como tarnbein as
prassivas de deseobrimento, pois a teenica se desenvoIve corn
i^crivel rapidez em nossor digs e as terras, imprestaveis 'ioje,
pattern ser amanhi, trans?or rnadas em terras titeis, se se des-
c;,brem novas metotios (que um Banco importante +e capaa de
encontrar, organiaando expedicao especial de engenhe ros,
a? rc nomos, etc.) se se invertern maiores eapitais, etc.. 0 r tes-
mo ha de sir dito a respeito da explomgiio de riquezas mi-
nerais, dos novos mr todos de elaboragao e utilizagao de tail
oct quais materias primes, etc.. Dal a inevitavel tendencia do
capital financeirn papa ampliar o territgrio econ8mico e ate o
territorio em geral. Do mesmo modo que os trustes cap ta-
Iiz.m seas hens avaliando-os no dobro ou no triplo de seu valor,
-- l ois clue ealculam as lucros Kpossiveis do futuro (e nao do
pre':ont.e) e levam eni conta os resultados ulteriores do nmo-
nopc lio --- n capital f'inanceiro rnanifesta, em geral, tendencia
par=t se apoderar dal maximas extensacs de territc rips, seja
quirt for, esteja uncle estiver, por qualquer mein possivsl,
poraite nao perde de vista as posalveis fontes de materias
primes, retain ?icar eras na luta encarnigada em torno dos
trlti.ras pedacos do mundo ainds nao partiihados, ou eia
torrio de nova partilha dos ja partilhados.
0q capitalistas ingteses esforgam-se por todos os meio3,
parts desenvolver a produgao de algodao na sua colonia, o
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Egito '(em 1904, dos 2,3 milh?&s de hectares de terra cultivaoa,
no Egito, 0,6, isto e, mais da quarta parte, estava ja destinecic
ad algodao) ; . os russos f'azern o mesmo na sua, o Turquestao,
pois dessa maneira lhes a mais facil veneer os competidore'
estrangeiros, mats f .cil monopolizar as fontes de mater`ia`-
pFimas, criar um truste 'b?,xtil menos dispendioso. e mais lucra-
tivo, com producao , corn a concentracao nurx a.
so mao de todas as fases da producao e da transformacac
do algodao.
Os interesses da exportacao do capital instigam do mesmc
modo - a conquista das colonias, pois que no mercado colonic.'
o mais facil (e, as vezes, so ai a possivel) suprimir a concon-
rente por meios monopolistas, garantir-se cargos, consolida.
as Krelac6es? existentes etc.
A super-estri tura extra-economica, que brota a base do
capital financeiro, a politica, a ideologic deste, reforcam
tendencia as conquistas coloniais. ?O capital financeiro quer,
nao a liberdade, e sirn o dominio>>, diz com razao Hilferdin -
E urn escritor burgues da Franca, corno se desenvolvesse .::
completasse as ideias de Cecil Rhodes, ja por nos citado mats
atras, escreve que as causas economicas da politica colonial
contemporanea devem-se acrescentar as causas de ordem so,
eial.
cErn consequencia da crescente complexicIade ?'.
vida e das dificuldades que pesam, nao apenas s?bre
as massas trabalhadoras, como tambem ;;?bre a
classes medias, em todos os paises da civilizacilo
velha se estao acumulando, :E1.1 y'E 3s [!7f o .u . E")
o si 9tltioe' qmo t' `a,>, isto
e, as esferas` apropriada Para rep.arisogs ~icrattyas,
coneessoes, beneficiots monopolistas, etc.,` ffnalrnente peTo ter
ri ?d,)6ctin fM& ' e a1 ,C d ilc a Potrer ia Feu opp`etas ocu-
pait `p;or: exeSi$, ctSigoTbniss, tdffe` decrm `ate da
Africa, como foi ainda o caso em ' `18Th ~o ttica- colonial
podia ,despnvolver-seg. de mgdo nao monopolista,?,t de conformi-
d? ' iof 'as frig` di* t eon "n dif eef d `dt ; t r`ll.eit'n ocupanter?
cc tgiil' tadk5t i , t" itb1 ios: Pore it ` cft(ahdo ' c 31 tece i quo 9
d in &W " t da fric , estdVani bo-UpAdas ~(ate.'a9Q0), quan-
dc c me eu ester : todo a mundo , partilhade, ~ e,omegou ine-
vi Y l ~nte,a.;?ra de; pose 94ppolast daev 916,_ , e, por
I~q de ltaarticularrxrente agpgao Hoye. parti-
cans
CiR]9 g j 5?a L-j ~' J. ) 1) i11 ~.
lh o munao.44 , 4S ! are r E
pdo o z4'if~ $ c~in'hecc ale que'~brity b a ital moilopolis-
ta`ktEii W ag'tid'a.s`;t?idas d s'=cdntradigdea dW it Itsi, . Basta
indi ,.talc r'estiada vida.e o jugo;dos.carteis; ta. intensifica-
cao des contradicoes e a f r a r otrrz y gaisopo# ti e dQ periodo
hist5rico de transicao iniciado corn a vito`ria efiadtiv,.a do
capital fi =ceiro mains f?l.-, a s axes
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O monop8lio, a oligarquia, a tendencia a. dominaq&o em
v ft da tendencia a liberdade, a exploracao de um ni mero
c^ da vez litaior de nacaes pequenas ou fracas por um punhado
de nacres riquissimas ou muito fortes : tudo isso deu origem
aos 'triicos distintos do imperialismo, obrigando a caracteri-
ato Como capitalismo parasitario on em estado de decom-
posica:o. Cada dia manifests-se com mais relevo, Como uma
'las tendencias do imperialismo, a criacao de > de serem anexados
a Austria?
E que dizer do kautskista russo Martov? Me escreveu ao
jornal Gvozdevist, Nash Golos (Samara), pars provar a verdade
indiscutivel de que a autodeterminagao das nagoes nao implica
necessariamente em defesa da patria numa guerra imperialista.
No entanto Martov nada diz sobre o fato de que um social-
democrata russo trai o principio da autodeterminacao se,
no exige o direito de secessao para as nagoes oprimidas pelos
nha Grandes Russos; e desta forma Martov estende a mao da pig _
ir o aos Alexinskys, aos Gvozdevs, aos Potresovs e dos Plekhanov;-:
.es e Martov silencia sobre esse ponto tambem na imprensa sy..i.>
fica terranea! Hostiliza o holandes Gorter, embora Gorter, ao x .
:ica, mo tempo em que erroneamente repudia o principio da auto-
;e1as determinagao das nagoes, aplica corretamente esse princip`c
a o exigindo a independencia politica para as Indias FIolandeso,,._
seja, desmascarando a traigao do socialismo pelos oportunistas h,-
:rie de landeses que discordam dessa reivindicagao. Martov, pore ~:.,
nao ataca seu secretario Semkovsky, que em 1912-15 foi o
ref or- fiasco redator r_a imprensa liquidacionista que repudiou o
mento reito de secessao e autodeterminagao `em geral!
vida Nao e evidente que Martov , a autodetermin :,-
s re- gao da mesma forma que Kautsky hipocritamente o faz; q~.
etc. ole, tambem, esta ocultando o seu desejo de fazer a paz com o
;omo chovinistas ?
etiva E o que dizer de Trotsky? Ele o de corpo e alma pela auto-
ecisa- determinagao, mas em seu caso, tambem, trata-se de uma frase
tona. ociosa, pois e1e nao reivindica liberddde de secessao para as
a pro- nagoes oprimidas pela cpatrian do socialista da nacionalidade
adiar o em questao; silencia sobre a hipocrisia de Kautsky e dos
.,lido para kautskistas!
:Grandes? Esta forma de > requer que o principal ponto
.::nrocratico desta questao - o repudio as anexacoes - seja
ylicado na pratica e nao em palkwras, que sirva para fomen-
r e propaganda do internacior alismo, e nao da hipocrisia
l ude eet4 fadigado hojev que pvmb nao o
'O'lw Wood
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confasea hem alto? Vide a Italia, onde ease cansACo arovocoU
um Longo moviniento revolucionario exigindo a terminacao do
massacre. Nao estamos vendo, na Aleinanha, desenrolarern-se
nnanifestatoes operarias de massa, em obediencia a palavra de
ordem de cessar a guerra? 0 motim da frota aleina, impiedo-
samente reprimido pelo carrasco Guilherme e por seus. lacaios,
ndo foi provocado pela fadiga? Se fatos semelhante,,3 podem
produzir-se nuns pals tao disciplinado quanto a Alemanha,
onde, no entanto, ja se comeca a falar em fadiga e no fim da
guerra, nao ternos que teener falar nisso, nfis tambbn, aber-
tamente, pois se trata de unia noise to verdadeira Mara nds
quanto para todos os passes beligerantes e meamo naa-belige-
rantes.
(Pravda, n.0 171, 10 de novembro, 28 de outubro de 1917).
... 170 1~
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V
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NOTA SOERE AS TAREFAS DE NOSSA DELEGAcAO _ A
HAIA (*)
A prop6sito da luta contra o perigo de guerra, em conex ,o
com a conferencia de I Iaia, penso que a maior dificuldade e
veneer o preconceito de que esoa a uma questao simples, Clara
e relativamente facil.
?Responderemos a guerra corn a greve ou a revolucao>>,
els o que dizem geralmente a classe operaria os lideres ref or-
mistas mas notorios. E, muitas vezes, o radicalismo aparen-
te dessas respostas satisfaz, tranqUiliza os operarios, os coope-
radores e os camponeses.
Talvez o mein mais justo seria comegar refutando essa
opiniao do modo mais veemente. Declarar que principalmente
agora, depois da guerre recente, so as pessoas muito tolas
ou os mentirosos contumases podem essegurar que semelhante
resposta a questao referente a luta contra a guerra tem qual-
quer valor. Declarar que a impossivel , e, fi-
nalmente, indicar o unico meio possivel de combater a guerra,
isto e, conservar e constituir uma organizacao ilegal pars uma
a4ao duradoura contra a guerra - todos essas coisas devem
ser colocadas no primeiro plano.
Boicotar a guerra a uma frase estupida. Os comunistas
devem participar de qualquer guerra reacionaria.
Sera agir com acdrto mostrar de modo particularmente
concreto. corn exemplos tirados da literatura alema da pra-
guerra, e, principalmente, do Cc-ngresso de Basileia em 1912,
que reconhecer, na teoria, que a guerra a um crime, que a
guerra a inadmi sivcl gara um socialists, etc., nao sao mail
do que palavras vas, porque nao ha nada de concreto nessa
maneira de colocar a questao .Nao damos is massas nenhuma
ideia realmente viva da maneira como a guerra pode iniciar-se
e sera iniciada. Ao contrario, cada dia, num imenso niunero
de exemplares, a imprensa dominante escamoteia essa questao
e espalha a esse respito uma sere de mentiras contra as quais
a debil imprensa socialista a atsolutarnente impotente, tanto
mail que, tambem em tempos de paz, professa nesse ponto
ideias fundamentalmente erroneLs. A inprensa comunista, na
maioria dos paises, tambem fracassara, coin certeza.
Penso que nossos delegados ao congresso internaeional
dos cooperativistas- e dos trade -uninonistas deveriam dividir
entre si a tarefa e analizar, muito minuciosamente, todos os so-
fismas hoje utilizados pars justificar a guerra.
Talvez o mein principal para arrastar as massas a, guerra
sejam justamente eases sofismas cone os quais opera a im-
prensa burguesa ; e o que explica antes de Ludo nossa impoten-
cia perante a guerra e o fato de nao examinarmos antecipa-
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damente esses sofismas, ou, coisa mais grave ainda, o de nos,
esquivarmos a eles por mein de frases banais, vaidosas e abso-
lutamente vazias de sentido, tais como : no permitiremos a
guerra, compreendemos perfeitamente que a guerra e
um crime, e assim por diante, no espirito do manifesto de Ba-
sileia de 1912 .
Parece-me que se, na conferencia de Haia, temos alguns
homens capazes de fazer, neste ou naquele idioma, um discurso
contra a guerra, o importante sera principalmente refutar a
opiniao segundo a qual os aAsistentes seriam adversarios da
guerra, compreenderiar como a guerra pode e deve iniciar-se
no momento em que menos esperam, que conheceriam pouco
ou muito o meio de combate-la, que estra,riam pouco ou muito em
condigoes de tomar medidas razoaveis e efetivas para lutar
contra a guerra.
Fortalecidos pela experiencia recente da guerra, devemos
mostrar que, logo a seguir a declarando de guerra, um grande
numero de questoes teoricas e praticas surgirao, colooando
a enorme maioria dos mobilizados na impossibilidade de en-
carar essas questoes com um pouco de lucidez, de boa fe,
sem espirito preconcebido.
Penso que a necessario explicar essa questao com profu-
sao de pormenores, e explica-la de dois modos.
Primeiro, expondo e analisando o que se passou durante
a guerra precedente, e declarando a todos os presentes que
ignoram isso ou que fingem sabe-lo, quando, na realidade,
nao querem ver o fundo da questao, sem o que a impos-
sivel falar de qualquer luta contra a guerra. Nesse ponto,
penso que a necessario exan inar todas as gradagoes, todos
as opinioes que tinharn surgido na epoca, entre os socialistas
russos, a respeito da guerra. E preciso mostrar que essas gra-
dacoes nao surgiram por acaso, mas sao devidas a propria
natureza das guerras contemporaneas em geral. P, preciso
mostrar que, sem fazer a Canalise dessas opinioes e sem explicar
como a que elas nascem inelutavelmente e exercem uma in-
fluencia definitiva na luta contra a guerra - sem proceder
a essa analise, nao se saberia falar de uenlauma ,preparaao
-OW 73, -
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pare a guerra nem mesmo de uma atitude conscientR.- a seu
respeito.
Em segundo Lugar, a preciso considerar os conflitok atuais,
mesmo os mais infimos, e explicar, por seu exempla, como
a guerra pode surgir cada dia de um htigio entre a inglaterra
e a Fran ca a propx sito de um pormenor qualquer do cratado
com a 'furquia, ou entao entre a America e o Japao por uma
diverg?ncia fiitil sobre qualquer questao do Pacifico, ou ainda
entre estas ou aquelas granctes potencias, por litigios coloniais,
ou mesmo por Ittig,os de politics aduaneira, ou de politica
comercial em geral, etc. Parece-me que, se as menores duvidas
surgirem sobre a possibilidade de fazer em Haia, em toda a
tiberdade, um discurso contra a guerra, convem encarar uma
serie de astucias para poder diner ao menos o esscmcial e
publicar em seguida, numa brochura, o que nao se tiver podi-
do diner.. E preciso falar, mesmo sob pens de se ter a palavra
cassada pelo presidente.
Penso que, no mesmo objetivo, a delegacao deve congregar
mais oradores capazes e que terao a incumbencia de fay ar con-
tra a guerre em geral, isto e, de desenvolver todos os principals
argumentos e todas as condicoes da luta contra a guerTa, hc-
menb dominando as tres principals linguae estrangeira3 e que
se consagrariam a conversar com os delegados, a tim de saber
a que ponto eases fzltimos compreenderam os princilais ar-
gumentos, e a que ponto a necessario produzir tais argumen-
tos, ou citar tais ou tais exemplos.
7hlvez se possa, ?quanto a rerto numero de questoes,
exercer uma acao seria simplesmente citando certos fatos ex-
traidos da iiltima guerra. Quanto a outras, talvez s? sa posse
exercer uma acao seria expiioando os atuais conflitos cntre os
Estados e sua ligacao com uma coalizao armada eventual.
No que se refere a luta contra a guerra, lembro-one que
houve uma serie de declaracoes de nossos deputados comu=
nistas, feitas nos Parlamentos, como tambem em seus dircur-
sos extra-parlamentares, declaracoes que contem coisa.,mons-
truosamente falsas e de uma monstruosa leviandade de es-
pirito, sobre a luta contra a guerra. Penso que 8 neerra e
Franca., que cornegaram a armar-se intensivamente, tanto
como os outros.
Compreende-se que a URSS nao teriha podido pas.:ar por
cima dosses acontecimentos ameacadores. n indubita el que
toda guerra, par rnenor clue seja, iniciada pelos agr ssores
em qualquer rinc;io ciistante do mundo, represents urn perigo
pars os paises anlantes da paz. Tanto dais grave e o perigo
que represents a nova guerra _imperialista que ja conseguiu
arrastar para dentro de sua orbits mais de 506 rniil oes de
Beres na Asia, Africa e Europa. Diante do que o nos: o pais,
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seguindo firmemente a politica da manutengaoi da Paz,, de-
senvolveu por sua vez, urn trabalho extraordinariamente in-
tenso de fortalecimento da capacidade combative de nosso
Exercito Vermelho e de nossa Marinha Vermeiha de Guerra.
Ao mesmo tempo, a Uniao Sovietica, a fim de fortalecer
suas posig6es internacionais, resolveu dar tambem outros
passos. Em fins de 1934, nosso Pais entrou para a Sociedade
das Nacoes, partindo de que, fapesar de sua debilidade, esse
organismo podia servir de tribuna Para desmascarar os agres-
sores e de instrumento, embora debil, da paz, que poderia
freiar o desencadeamento da guerra. A Uniao Sovietica en-
tende que, em tempos de tanto alarme, no se deve desprezar
nem mesmo uma organizacao internacional to debil como a
Sociedade das Nagoes. Em maio de 1935, foi concluido, entre
a Franca e a Uniao Sovietica, um pacto de ajuda miztua contra
um possivel ataque dos agressores. Simultaneamente, firmou-se
um pacto semelhante com a Checoslovaquia. Em marco de
1936, a Uniao Sovietica assinou com a Republica Popular da
Mongolia um pacto de ajuda mutua. Em agosto de 1937, as-
sinou um pacto de no agressao com a Republica chinesa.
Nestas dificeis condigoes internacionVis, a Uniao Sovietica
vinha aplicando sua politica exterior, defendendo a causa da
manutencao da paz.
A politica externa da Uniao Sovietica a clara e compre-
ensivel :
1. Samos pela paz e pelo fortalecimento de relacoes pre-
ticas com todos os paises; ocupamos e continuaremos a ocupar
essa posicao, na medida em que esses paises se mantenham
nas mesmas relacoes com a Uniao Sovietica, rna medida em
que nao tentem lesar os interesses de nosso Pais.
2. Samos pela manutengao de relacoes pacificas de apro-
ximagao e boa vizinhanca com todos os paises que tern fron-
teiras comuns com a URSS; ocupamos e continuaremos a
ocupar essa posicao, na medida em que esses paises se man-
tenham nessas mesmas relacoes com a Uniao Sovietica, na ?
medida em que nao tentem lesar, direta ou indiretamente, os
interesses da integridade e inviolabilidade das fronteiras do
Estado sovi6tico.
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3. Somos pelo apoio aos povos vftimas da egFaaao e
que lutam pela independenefa de sua patria.
4. Nao tememos as ameacas dos agressores a estamos
dispostos a responder corn dois golpes a cada golpe do3 pro-
vocadores de guerra, que visem atentar contra a inviolabili
dade das fronteiras sovieticas.
Esta A a poiitica externa da Uniao Sovietica. (Aplausos
estrondosos a prolongados).
Na sua politica externs a Uniao Sovietica se apoia
1) em seu crescente poderio econfmico, politico e cu tural;
2) na unidade moral a politica de nossa soeiedade sovi-
etica;
3) na fraternidade dos povos de nossa Uniao Sovietica;
4) em seu Exercito Vermelho e em sua Marinha. Ver-
melha de guerra;
5) em sua politics de paz;
6) no apoio moral dos trabaihadores de todos os palses,
vitalmente interessados em manter a paz;
7) na sensatez dos pafses que nAo estao interessados, por
umas opt outras raze es, em alterar a paz.
As tarefas do Partido, no terreno da politica extern.:, sao :
1) continuer aplicando, daqui por diante, a polit'ca de
paz e de fortalecimento das relag6es prlitica.; corn
todos as paises;
2) observar prude"ncia e nao permitir que nosso pas seja
arrastado a conflitos pelos provocadores de ?uerra
acosturnados a que as outros tirem para tiles as casta-
nhas do fogo;
3) reforcar por todos as meios a potencia combative de
nosso Exercito Vermelho e de nossa Marinha Verme-
lha de Guerra;
4) fortalecer as laros internacionais de amizade corn as
trabalhadores de todos as paises interessados iia paz
e na amizade entre os povos.
mom 82 OMM
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ENTREVISTA AO JORNAL rmes e
injustificaveiss. Carla uma dessas palavras a urns cal{inia
grosseira e insultante.
A Polonia democratica atual a dirigida por hoaneizs emi-
nentes. Eles mostraram, por sews atos, que sabem d4ender
os interesses ca dignidade de sua pa.tria melhor do qu'~ pude-
ram faze-lo sous predecessores. Que razoes pode invoc ar Mr.
Churchill para afirmar que as dirigentes de, Polonia contem-
poranea podem tolerar em seu pals o Kdomfnio: de re 3resen-
tantes de qualquer Estado estrangeiro, seja ele qual f r? As
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calunias de Mr. Churchill contra os ? ,ussos? no serao ditadas
pela intencao de semear germes de discordia nas relacoes entre
a Polonia e a Uniao Sovietica?
Mr. Churchill nao esta contente de que a Polonia tenha
efetuado uma virada em sua politioa a favor da amizade e da
alianca com a URSS. Houve um tempo em que nas relacoes
entre a Polonia e a URSS predominavam os elementos de dis-
cordia e de contradicces. Isso dava aos homens de Estado do
genero de Mr. Churchill a possibilidade de fazer seu jogo a
custa dessas contradicoes, de procurar por a mao sobre a
Polonia sob o pretexto de protege-la dos Russos, de agitar
o espectro da guerra entre a URSS e a Polonia e conserver
aposicao de arbitro.
Mas essa epoca findou, pois a hostilidade entre a Polonia
e a Russia foi substituida pela amizade polono-sovietica. A
Polonia atual, democratica, nao quer mais servir de bola, de
joguete, nas moos de estrangeiros. Parece-me que a precisa-
mente essa circunstancia que irrita Mr. Churchill e o impele a
declaracoes grosseiras, desprovidas de tato, contra a Polonia.
Pensem um pouco: ja nao a permitido jogar a custa de outrem!
No que se refere aos ataques de Mr. Churchill contra a
Uniao Sovietica, a respeito da extensao das fronteiras oci-
dentais da Polonia gracas a retomada de territorios outrora
tirados da Polonia pela Alemanha, parece-me que Mr. Chur-
chill trapaceia abertamente com os dados.
Como se sabe, a decisao relativa as fronteiras ocidentais
da Polonia foi adotala na Conferencia de Berlim das tres
potencias, na base dos pedidos poloneses, A Uniao Sovietica
declarou por varias vezes que considerava justos e equitativos
esses pedidos. E muito provavel que Mr. Churchill nao esteja
contente com essa de~ isao.
Mas porque Mr. Churchill, sem poupar suas flechas contra
a posicao dos Russos nessa questao, esconde a seus auditores
o fato de ter sido essa decisao tomada por unanimidade na
Conferencia de Berlim, e votada nao so pelos Russos mas
tambem pelos ingleses e americanos. Por que precisa Mr.
Churchill itiduzir em 6rru seus auditores?
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Mr. Churchil afirma. em seguida, que cos partidos uomu-
nistas cram muito dkbeis em todos esses Estados da E cropa
oriental, adquiriram uma forca extraordinaria ultrapas ando,
m niuito, sua importancia em efetivos, e esforcam-re em
instaurar por toda parte um controle totalitiirioo, que ego-
vernos policiais dominam, em quase todos os paises, e give, na
hora atual, nao existe nenhuma democracia verdadeira. com
excecao da Tchecoslovaquiai.
Como se sabe, na Inglaterra urn imico partido iirige
agora o Estado: o Prartido Trabaihista, enquanto que o:: par-
tidos de oposicao estao privados do direito de particip it no
governo ingles. No pals de Mr. Churchill, isto se chama o
verdadeiro espirito democratico. Na Poionia, na Bulger a, na
Rumania, na Iugoslavio., na Hungria, queen governs a um
bloco de varios partidos, um bloco de quatro a seis partidos,
e a oposigao, desde que seja mais ou menos leal, tem. a.:segu-
rado o direito de participar do govern. Para Mr. Churchill,
isso se chama, totalitarismo, tirania, ditadura policial. Por
que? Por que motivo? Nao espereis resposta por pai to de
Mr. Churchill. Mr. Churcill nao compreende que se esta colo-
eando puma posiciio 65mica com esses discursos baruilientos
sabre o totalitarismo, a tirania, a ditadura policial.
Mr. Churchill desejaria que a Pol&nia fosse governada por
5onokowsky e Anders, a Iugoslavia por Mikhailowitch e
Pavelitch, a Rumania pelo principe Stirbey e Radescu, a Hun-
gria e a Austria por qualquer rei da case dos HabsbuT,go, e
cissim por diante. Desejaria convencer-nos de que esses ::enho-
res do covil fascista podem garantir ?uma ordem verdadeira-
inente democrAticax. Assim e o tespirito democratico c e Mr.
Churchill*.
AS RAZOES DA INFLUENCIA DOS COMUNIST.LS
Mr. Churchill nao esta longe da verdade quando f:da da
influencia aumentada dos partidos comunistas na Europa
oriental. Convem, entretanto, notar que nao a muito preciso.
A influencia dos partidos comunistas aumentou nao s6 j14 Eu-
ropa oriental, mas tambem em todos os- paises onde outrora
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dominava 0 fascismo (Italia, Alemanha, Hungria, Bulgaria,
Rumania, Finlandia), ou ainda existia ocupacao alema, ita-
liana ou hi ngara (Franca, Pelgica, Holanda, Noruega, Dina-
marca, Polonia, Tchecoslovaquia, Iugoslavia, Grecia, Uniao
Sovietica, etc.. - )
0 crescimento da influencia dos comunistas nao pole ser
considerado como obra do acaso mas slim como um fenomeno
inteiramente legitimo. A influencia dos comunistas aumentou
porque, dtirante os duros anos do doaninio fascista na Euro-
pa, os comunistas se mostraram combatentes seguros, au-
dazes, devotados contra o regimem fascista, pela liberdade
dos. povos.
Mr. Churchill lembra as vezes, em seus discursos,