O BANCO DO ESTADO DE SAO PAULO, S.A.
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Document Number (FOIA) /ESDN (CREST):
CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Release Decision:
RIPPUB
Original Classification:
C
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102
Document Creation Date:
December 14, 2016
Document Release Date:
April 8, 2002
Sequence Number:
13
Case Number:
Publication Date:
August 16, 1948
Content Type:
REPORT
File:
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25X1
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ARM NO. 51.81
AR 1948 CLASS IFICA 'CONF'IDENTIAL
~,1A ? ~
CENTRAL IN`ELLIGENCE AGENCY RI SRT NO.
INFORMATION' REPORT
COUNTRY Brazil
SUBJECT 0 Banco do Estado de Sao Paulo, S.A.
25X1A
PLACE
ACQUIRED
DATE OF IM
AMMM
25X1A
DATE DISTR. 16 August 1948
NO. OF PAGES
NO. OF ENCLS. 1
(LISTED BELOW)
SUPPLEMENT TO
REPORT N0. 25X1X.
Attached is a copy of a copy of a book entitled "0 Banco do Estado de Sao
Paulo S/A. em Face da Economia Paulista em 1947," which was published
upon the direction of Governor Adhemar Pereira de Barros at a time when
there was much talk of the possibility of Federal intervention in Sao Paulo
because of alleged illegal financial transactions engaged in by the Governor.
This book, which had a very limited distribution, was published in an attempt
to disprove'these claims.
2. This book is forwarded for your information a
25X1
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%o 3
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0
BANCO DO ESTADO DE SAO PAULO S/A.
lM Face Da
ECONOMIA PAULISTA
EM
1947
Approved For Release 2002/08114 :` E gikbP83-00415 R001200010013-2
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0 BANCO DO ESTADO DE SAO PAULO S. A.
EM FACE DA ECONOMIA PAULISTA
SINTESE
Governo Constitucional
A economia nacional
Organizacao bancaria
Banco Central
Consideracoes sobre a crise
Producao Agricola
Decresce a producao de algodao
Producao de amendoim
Ci f ras pouca animadoras
0 cafe
0 cafe e o Plano - Marshall
Necessidade imperiosa de intensificar-se a propaganda
Combate a broca dos ca f ezais
Emprestimos aos pequenos agricultores
Numero de propriedades, etc.
Mecanizacao da Lavoura
Inauguracao of icial do nosso edi f icio-sede
As nossas atividades
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Relatorio da Diretoria
Apresentado a Assembleia
Geral Ordinaria, realizada
em 19 de Marco de 1948.
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Senhores Acionistas,
Cumprindo determinacao estatutaria, a esta a primeira vez
que temos a satisfacao de vos reunir em Assembleia Ordinaria
- eleitos que fomos, pela vossa confianca em 10 de abril de 1947
- para, naquela conformidade, prestar-vos conta de nossa ges-
tao durante o exercicio ha pouco encerrado.
GOVERNO CONSTITUCIONAL
Justo e que, ao iniciarmos o relato -das nossas atividades,
facamos ligeira referencia ao retorno integral do pals ao regi-
me legal, pelo que de significativo esse fato representa na vida
dos povos amantes do imperio do direito atraves do respeito a
vontade popular. Mais justo ainda, a que ressaltemos o patrio-
tismo com que se houveram os guardiaes cla clefesa Nacional
- o Exercito, a Marinha e a Aeronautica -, tao gloriosos nos
seus feitos e nas suas atitudes heroicas - nessa jornada em
que se reintegrou a nossa Patria nas genuinas tradicoes de
ordem da gente brasileira. Assim, os prelios eleitorais que se
feriram a 2 de dezembro de 1945, 19 de janeiro e 9 de novembro
de 1947, porque, em verdade, legitima aspiracao do nosso Povo,
marcaram a precisa e indispensavel reestruturacao da politica
nacional dentro dos quadros legais. Dal, Como era natural,
resultaram, prestigiados pela vontade soberana dos nossos pa-
tricios e pela consciencia civica da Nacao, os Governos da Re-
publica e dos Estados - executivos e legislativos - todos, ate
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agora, como a notorio, a porfia, no patriotico empenho de bem
servirem a Patria comum.
Rejubilemo-nos, portanto, pelo advento da ordem legal ja
efetivamente reimplantada em todos os rine6es da terra brasi-
leira, constituidos que se encontram, neste instante, tambem,
os legislativos municipais, e prestemos merccida homenagem aos
estadistas que ora presidem, corn acerto e descortino, os desti-
nos da Patria e do Estado de Sao Paulo, nas pessoas dignas e
ilustres do Exmo. Snr. General Eurico Gaspar Dutra, supremo
magistrado brasileiro e do Exmo. Snr. Dr. Adhemar de Barros,
legitimo governador de todos os paulistas.
E o facamos com justificada satisfac?io, porque, na reali-
dade, nao tern poupado, esses dois nobres pttricios, no exercicio
de suas arduas funcoes, como, com frequencia, vem evidencian-
do, sacrificics nem riscos dos proprios inter?esses, por bem ser-
virem a gente generosa, trabalhadora e ordeira que aqui wive
e labuta pela grandeza sempre crescente d a Patria Brasileira.
A ECONOMIA NACIONI At,
Emergindo o nosso pals do tumulto da ultima grande guerra,
que tanto conturbou a economia de todas as Nacoes, subverten-
do-as mesmo nos seus fundamentos, defrontamo-nos com pro-
blemas serios e prementes, que estao a desafiar a argucia, per-
tinacia e inteligencia dos nossos homens publicos. Nessa grave
conjuntura e em face dos fatos economicos devidamente anali-
sados, verificamos nao mais ser possivel considerar o nosso pals,
uma simples expressAo geografica no concerto da Nacoes. Na
atualidade, forcoso e convir - quando as dist.ancias^foram de tal
modo e tao enormemente encurtadas pelos prodigios da ciencia,
atraves das ondas radiofonicas e dos possantes aparelhos aero-
nauticos, fazendo desaparecer, praticamente as fronteiras geo-
graficas que demarcavam, nos mapas, a soberania dos povos
-- ja nao podemos, positivamente, permanecer estaticos, como
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compartimentos estanques, alheiados aos entrechoques e as
paixoes,desencadeadas- em outras regioes do globo, porque, sem
subterffigios nem falsas posicoes, na realidade, somos parte
integrante de um todo, uno e indivisivel, por forca de interesses
economicos, financeiros, culturais e politicos, ajustados e inter-
dependentes, dentro da generalidade das leis e das coisas, culmi-
nando, imperativamente, na comunhao universal da solidarie,
dade humana. Em consequencia, nao a de estranhar quanto
tenha sido atingida a economia nacional no reajustamento de
suas ne'cessidades a atual conjuntura oriunda dos problemas
desse agitado apos-guerra, principalmente, porque ainda nao
se integraram em nova ordem de coisas, pela harmonizacao
geral, as mais densas e obreiras populacoes da Europa e de
outros continentes.
Cumpre, pois, aos nossos governos, nas orbitas federal,
estadual e municipal, tudo empenhar, neste minuto decisivo, no
sentido de encontrar, para esses problemas, solucoes adequadas
o em perfeita consonancia corn as nossas realidades e necessi-
dades.
ORGANIZACAO BANCARIA
Destarte, um dos mais importantes sectores da vida eco-
nomica nacional a reclamar a, atencao dos poderes publicos
competentes, e o que diz respeito a organfzacao bancaria do
pals. Nao porque os bancos particulares existentes nao tenham
dado provas de eficiencia no desenvolvimento do progresso do
Brasil. Pelo contrario, e nao obstante a inexistencia de um
sistema bancario nos moldes dos em funcao noutros paises, justo
e que se diga, muito tevemos, nesse. sector, a iniciativa privada.
0 de que se tem necessidade, e nao ha uma so voz discrepante,
nesse particular, a que possam os bancos privados, ao lado dos
nacionais ou estaduais, encontrar o, ponto de apoio indispensavel
as suas uteis iniciativas, visando o incremento da producao agri-
cola, o desenvolvimento da industria e, enfim, o progresso
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nacional. Mas, a mister que se crie, realmente, um orgao com
atribuicoes e plasticidade capazes de levarem a confianca ao
capital progressista e empreendedor, ao ins es da adocao de um
simples orgao buroeratico, exageradamente hipertrofiado de
poderes e~ de vantagens, sem onus nem atuacao benefica de
qualquer natureza, lamentavel revivescencia do velho e negativo
estado "absolutista", de caduca memoria.
E' indispensavel que se de, conseguinemente, ao sistema
bancario nacional, uma estrutura verdadeiramente conforme com
as reais necessidades do pals, e ajustada as pecualiaridades das
diferente zonas geo-economicas em que se desenvolvem as mais
variadas e multiformes atividades patricias, para propiciar-lhes
a assistencia financeira e o amparo de que tanto elas necessitam
para o seu amplo desenvolvimento, em benficio da prosperida-
de geraL
BANCO CENTRAL
Cogita-se, neste momento, da reforms bancaria nacional,
por iniciativa do Snr. Ministro da Fazenda. 0 projeto de lei
apresentado e ja em andamento na Camara Federal, a despeito
dos elevados e patrioticos propbsitos que o clitaram, ressente-se
de certa plasticidade, tornando, assim, dema.siado rigido o orgao
que se objetiva criar, cuja funYao primordial deve ser amparar
as iniciativas uteis e fomentar a producao. 0 Banco Central,
pelos modos do projeto,'ficara na Capital da:c Republica, ditando
normas, estabelecendo regras, com funcao quase que maamente
fiscalizadora, ou, noutra palavra, para sermos mais exatos,
simplesmente, coarctora.
Assim, ao inves do "pater-familias" de que realmente pre-
cisam os bancos patricios, possivelmente iuriam eles ter, .r-- se
nao se operar razoavel modificacao na sua contextura - um
censor severo, cheio de zelos e de virtude:, sempre pronto a
punir seus fiscalizados, como se todo o pr?ogresso que vimos
desfrutando, - apesar dos erros mais ou menos graves dos
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proprios orgaos executores da lei - nao fosse, em grande parte,
obra do espirito empreendedor e progressista daqueles que de-
positaram e ainda depositam confianca no presente e no futuro
do Brasil.
Acreditamos que os legisladores patricios medirao a enor-
midade de suas responsabilidades e, antes de dar a Nacao uma
lei defeituosa, sem fundamento economico, e, apenas, de carater
essencialmente politico, buscarao na experiencia de outros povos
e nos, ensinamentos colhidos na pratica de instituicoes similares,
os elementos indispensaveis A. elaboracao de um diploma legal
que atenda, em extensao e profundidade, a tudo quanto real-
mente interesse a economia nacional. Corn esse, proposito, e
que nos permitimos lembrar seja aditada a iniciativa em apreco,
pelo menos, a divisao do pals em quatro zonas geo-economicas
norte, nordeste, centro e sul - nelas colocando outros Bancos
Centrais, ligados corn o que se estabelecera na Capital da Re-
publica e entre si, interdependentes, por meio de um Conselho
de Administracao, do qual participem, obrigatoriamente, mem-
bros eleitos por associacoes locais, dentre os brasileiros mais
conhecidos pela sua idoneidade, probidade e capacidade de tra-
balho, com longa atividade no comercio, na indfistria e na agri
cultura. S6 assim poderao todos os estados federados, com
igual proveito para o organismo economico da Nacao, aufnentar
os seus incipientes recursos e elevar o nivel de villa dos nossos
patricios dessas regides, dispondo, ao mesmo tempo, para o
intercambio interno e internacional, dos produtos dali oriundos:
Da Amazonia - castanhas, batatas, oleos vegetais e essen-
cias, madeiras, guarana, couros e peles de animais silvestres,
fibras, timbo, borracha, etc.;
Do Nordeste - milho, couros, fibras, oleo de caroco de
algpdao, cera de carnauba, mamona, arroz, algodao, etc.;
Do Centro - cacau, fumo, mamona, arroz, milho, couros
e peles, fibras, tecidos, cafe, minerios, etc.;
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Do Sul - cafe, madeiras, mate, arroz, fumo, Carnes e ou-
tros produtos dessas regioes.
0 de que se precisa, nesta altura, a nosso ver, e atender
ao indispensavel desenvolvimento economies, das diferentes zo-
nas de producao do nosso pals, ainda em lastimavel atrazo, ou
em simples estado potencial, porque ate la nao chegaram, Como
de mister, os influxos beneficos do progresso, atraves de um
sistemu bancario dispondo tanto de institutos de credito de
influencia local, Como de Bancos Centrais regionais, como Con-
vem As peculiaridades produtivas das referidas zonas. Estes,
pela sua capacidade emissora e orientadora (to credito, e aqueles,
pela sua funcao eminentemente distribuidora dos meios pa,ra
o incremento do trabalho nacional, tornando, desta forma,
quantidade positiva no computo geral dos valores nacionais, uma
multidao de patricios, ainda agora, vivenda vegetando, desam-
parados, em muitos recantos da terra generosa que habitamos.
So por esse meio a que, conforme tivemos ensejo de acen-
tuar, no ato da inaugurasao oficial do nosso edificio-sede, em
junho de 1947, poderemos evitar que se perca, em grande parte,
o penoso esforco de todos quantos, pela prosperidade crescente
da nossa Patria, vem impulsionando, com desdobrado labor, o
seu Progresso, atraves do febril movimento das m6quinas; do
arroteamento das nossas terras ferazes e hurnosas; do pastoreio
dos rebanhos; da ansia de criar riquezas para a obtencao de um
nivel de vida melhor e mais compativel corn a dignidade huma-
na; do gosto pelo aprimoramento da cultara intelectual; do
palpitar tumultuante das nossas cidades florescentes, finalmente,
do trabalho gigantesco, pertinaz e empreendedor, do Homem,
que tem. tido fe nos altos destinos do Bra.zil.
CONSIDERACSES SBBRE A CRISE
Ja nao paira 'a menor duvida, na opinil.o geral, de que um
dos fenomenos preponderantes na atual crie economico-finan-
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ceira tem origem no fator psicologico. 0 regime discricionario
deposto em fins de outubro de 1945, porque sem a correigao dos
seus atos pelo legislativo, criara a inseguranca e a irresponsabi-
lidade dentro das fronteiras nacionais. Os mais pesados legados
de sua atuacao discricionaria, foram, por certo, uma legislatvo
social avancada e puramente teorica, sem as adaptacoes indis-
pensaveis a, nossa formacao em fase de, desenvolvimento, e o
aumento consideravel dos meios de pagamento postos em cir-
culacao atraves de. sucessivas emissoes de papel moeda, sem as
simultaneas e adequadas medidas de contracao.
Uma e outro, geraram, como era de esperar, problemas
graves: a desvalorizacao do poder aquisitivo da nossa moeda;
o aumento crescente dos salarios; a ascensao desmedida dos
precos das utilidades; o exagero dos lucros extraordinarios e,
finalmente, o mal-estar geral que culminou, irremediavelmente,
na queda do proprio regime que os engendrara. De novenhro
de 1945 para ca, porque a Nacao tenha procurado encontrar,
em si mesma, a sua consciencia civica, atraves de tres agitados
pleitos eleitorais em que se debateram, nos comicios em praca
publica, os mais multiformes problemas, ainda nao the foi pos-
sivel sair daquele estado psicologico atras referido, nem achar
a formula capaz de reunir os Homens de boa vontade para a
comunhao patriotica da harmonia nacional. As paixoes e as
malquerencas tern sido, inadvertidamente, motivo de lamenta-
veis disputas e de mutuas retaliacoes. Sem o desarmamento dos
espiritos, como realizar, principalmente no estado atual da eco-
nomia mundial, um perfeito equilibrio de forcas _para a vitoria
do bem contra o mal? Como estabelecer normas e adotar pro-
videncias que, no seu conjunto, eliminem as causas e efeitos que
tanto tem influido para a conturbada conjuntura dos nossos
dias?
Estamos vivendo um periodo anormal, consequente ao re-
cente apos-guerra. V arias nacoes ainda nao retornaram, com
o seu indispensavel trabalho, com: a sua inteligencia construtiva
e com a sua cultura cientifica, ao convivio da harmonia geral.
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Dai, o atual desequilibrio economico, politico e social, que
parece querer levar de roldao a nossa civilizacao. De fato, nao
se compeeende, por exemplo, que a Inglaterra, nacao influente
em largo espaca do globo, onde a libra esterlina sempre gozou de
amplo e universal poder liberatorio, de um rnomento para outro,
tenha visto atingida a sua estrutura economico-financeira, no
mais vital das suas energias, com a recusa de sua moeda nas co-
tacoes de cambia em mercados monetarios. A evidencia do ex-
posto, encontramo-la, por exemplo, no fato altamente impressio-
nante e ilustrativo, que notavel jornalista a-caba de relatar num
dos seus brilhantes escritos sobre assunto relevante para a nossa
economia, de que, em nosso pals, presentemente, existem prontas
para embarque para as nacoes da area da libra, mercadorias
totalizando o equivalente de quase 300 milh6es de dolares !
Donde inferir-se que, muitos dos nossos males tem as suas
raizes aprofundadas em causas bem mais complexas e remotas
do que na superficialidade de efeitos, que a aligeirada apreciacao
dos mesmos parece justificar.
Portanto, a fim de os corrigir ou eliminar, precisam os
poderes competentes reunir os elementos indispensaveis, para
estudos detidos e circunstanciados, porem, sem preocupacoes
personalistas ou aprioristicas, tudo obedecendo ao imperativo
patriatico de bem servir, com espirito eminentemente publico,
aos altos interesses da- causa publica, principalmente, com o
aparelhamento financeiro que o Banco Central, nos molder atras
referidos, podera propiciar a Nacao.
PRODUfiAO AGRfCOLA
Em outubro de 1947, o ilustre Governador do Estado, Exmo.
Snr. Dr. Adhemar de Barros, concedeu a imprensa local, subs-
tanciosa entrevista em que, alertando os nossos economo-finan-
cistas, pos de realce a quela da producao de varios artigos de
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consumo, indispensaveis .a coletividade e, dal, o consequente
aumento, do custo de vida.
Porque oportunas essa palavras e de relevante importan-
cia, valemo-nos do ensejo para, em homenagem ao Administra-
,dor de visao que e S. Excia., transcreve-las, a seguir, neste Re-
latorio, contando, desde ja, com a sua honrosa aquiescencia.
Estes os conceitos que S. Excia. emitiu, nessa ocasiao, para
evidenciar o desequilibrio entre a producao e as exigencias do
consumo, o que viria agravar, lbgica e naturalmente, por igual,
o problema da inflacao que tao vivamente preocupava as auto-
ridades financeiras do pals:
"Procuramos atraves do Banco do Estado,
com a eficiente colaboracao de sua Diretoria,
estender o financiamento a producao, por sa-
bermos que, somente por essa forma, podemos
suprir os mercados de suficientes generos de
primeira necessidade e, assim, reduzir sensi-
velmente o custo de vida. Nao pequenas difi-
culdades temos encontrado para tornar amplo
o nosso apoio aos que vivem -do amanho da
terra, no seu trabalho sem pausa em favor do
bem estar nacional.
"0 vulto dos negocios a demasiado elevado
para termos a fantasia de supor que somente
o Banco do. Estado o pode realizar. Nao basta
que, nesse particular, esse Banco e todos os
Banco-s paulistas, que tantos e tao relevantes
servicosj tern prestado a 'edletWidade, con ju-
guem seus esforcos, como ate aqui tern feito.
"Necessario e que o Banco do Brasil tam-
bem considere imperativa a hora em que vive-
mos, -dando do seu tanto para a realizacao
desse patriotico propSsito, mormente, levando-
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se em conta que, sendo os meses de agosto a
novembro os que marcam a arrecadacao do
imposto de rends para a Uniao so em nosso
Estado - calculado este ano, em cerca de um
bilhao e duzentos milhoes de cruzeiros - sen-
sivel desfalque se verifica na capacidade fi-
nanceira dos bancos privados e, bem assim,
do Banca do Estado.
"Com a oferta de artigos em abundancia e
que se podera obter a sua procura menor.
"Assim, teremos os meios de pagamento-
colocados nos seus legitimos limits e estan-
cada, naturalmente, a nociva influencia da in-
flacao, positivada na espiral dos precos e na
elevacao continuada dos salarios. Notamos,
ademais, que pouco se tem considerado o au-
mento da populacao do nosso pals, nos ultimos
25 anos. E' este, no entanto, um fenomeno de
grande importancia na presente conjuntura,
que precisa ser convenientemente apreciado.
No nosso Estado, a populacao cresceu, nos ul-
timos 10 anos, de 23% e de 83%o em 25 anos,
posto que, em 1920 tinhamos 4.592.000 habi-
tantes, em 1935, 6.433.000 e, em 1944,
8.354.000."
0 apelo enderecado pelo Exmo. Snr. Governador do Esta-
do aos dirigentes do principal institute de credito do pals, te-
ve por base, a impressionante perspectiva esbocada nos primei-
ros dados estatisticos compilados pelo Minist:erio da Agricultu-
ra sobre a producao agricola nacional para 1947. Os elemen-
tos entao conhecidos, ja evidenciavam a certeza de que nao se-
riam animadores os resultados das colheitas em andamento ou
ainda por vir.
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DECRESCE A PRODUCAO DE ALGODAO
Em 1944, segundo referiam as citadas estatisticas do Mi-
nisterio da Agricultura, a area cultivada com algodao, em Sao
Paulo, foi de 1.794.496 hectares; de 1.657.969 em 1945, e de
1.376.890 em 1946. Em 1947, na conformidade dos dados forne-
cidos pela Secretaria da Agricultura do Estado, a area em apre-
go ficara reduzida a 789.053 hectares ou sejam 326.055 alquei-
res paulistas. Das cifras alinhadas observa-se uma constante,
mas, em sentido sempre decrescente.
A producao, em consequencia, teve que sofrer sensivel re-
ducao. Enquanto em 1944 foram colhidas 90 milhoes de arro-
bas; 50.208.000 em 1945, apenas 48.800.000 arrobas o foram
em 1946, o que corresponde a pouco mais da metade produzida
em 1944, queda realmente ?consideravel para o curto periodo de
dois ands.
Pelos dados atualizados pela Secretaria da Agricultura es-
tadual, sabe-se que nas safras de 1944, 1945 e 1946, o trabalho
das fabricas de oleo de caroco de algodao se expressou pelos
seguintes algarismos:
6LEO DE CAROCO DE ALGODAO PRODUZIDO
Safra
Toneladas
1944
..................
89.667.563
1945
..................
73.971.482
1946
..................
35.852.325
No boletim n.? 4, de Estudos de Economia Rural, da Secre-
taria da Agricultura, encontramos algumas informacoes pre-
ciosas, sobre as causal da escasses de oleo de caroco de algodao
em nosso mercado, e que, data venia, para aqui trasladamos,
para por em relevo a situacao exata Besse produto, na -atuali-
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Bade, em face da serie interminavel de vicissitudes por que vem
passando, de algum tempo a esta parte, essa grande riqueza
da agricultura.
"A escasses atual de oleo de caroco de
algodao advem, exclusivamente, das reduzidas
safras de 1944/5, 1945/6 e 1946/7, reducao essa
motivada pela diminuicao da area plantada e
do rendimento medio por alqueire que foi sen-
sivelmente inferior aos anon anteriores e de-
vido, ainda, aos fatores climatericos. A expor-
tacao de oleo em 1946, foi apenas de 37.800 qui-
los, em virtude da proibicao entao existente.
A exportacao de 18 milhoes de quilos em 1945,
na verdade, foi que contribuiuu para tornar
mais agudo o problema do abastecimento in-
terno em 1946. As perspectivas da safra de
1946/47, nao sao das melhores,uma vez que a
producao estimada de algodao sera aproxima-
damente igual a anterior."
PRODUCAO DE AMENDOIM
Verificada a quase impraticabilidade de aumento da pro-
duca.o da safra de algodao pelos motivos expostos e, mais, pela
acentuada escasses de financiamento para ampliacao das areas
cultivadas, em razao de fatores adversos, procuramos, de acor-
do e em obediencia ao programa estabelecido pelo Exmo. Snr.
Governador do Estado, incrementar, quanto possivel, atraves
da nossa Carteira Agricola, o financiamento da cultura de amen-
doim, de modo a obter-se, pela sua maior abundancia, um rela-
tivo equilibrio no suprimento de oleo comestivel, pelo fato de
nao se poder contar com suficiente producao de oleo de caroco
de algodao.
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Destarte, e gracas as salutares providencias adotadas, te-
remos, na safra em curso, uma das mais abundances colheitas,
pois foi ela estimada em ceraa de 5.866.740 sacos de 25 quilos,
ou sejam 146.668.500 quilos, producao essa que devera possibi-
litar a obtencao de 35.200.440 quilogramas de oleo.
Para o financiamento do amendoim colhido, foram baixa-
das instrucoes as agencias no sentido de o concederem na base
de Cr$ 30,00 por saco de 25 quilogramas, atraves da Carteira
Comercial, mediante deposito em Companhias de Armazens Ge-
rais locais ou despachado para esta Capital com igual destino,
em funcao do qual foi possivel e conveniente aos produtores
paulistas, a fixacao, pelo Exmo. Snr. Governador, do preco de
venda, por saco, na base de Cr$ 50,00.
CIFRAS POUCO ANIMADORAS
Um dos principios mais conhecidos em economia, atraves
dos tempos, ensina que e pela producao que se neutralizam os
efeitos da inflacao, notadamente, quando as autoridades finan-
ceiras conseguem deter as novas emissoes, pondo em ordem o
deficit orcamentario e liquidando em dia as contas do Tesouro.
Mas, Para produzir, evidentemente, mister se torna a per-
manente assistencia do credito. Pelo que se infere dos novos
elementos estatisticos, agora mais completos, dados a publici-
dade, recentemente, pelo Ministerio da Agricultura, parece nao
ter assim sucedido, segundo comentario judicioso feito por um
competente tecnico em assuntos ecoriomicos, em publicacao am-
plamente divulgada nos jornais daqui e da Capital da Republi-
ca, da qual, data venia, extraimos os trechos que seguem, todos
confirmadores das observacoes anteriormente expendidas pelo
Exmo. Snr. Governador Dr. Adhemar de Barros, ao exame e
prudencia dos responsaveis pela boa solucao dos probl'emas eco-
nomicos e financeiros nacionais, atraves da sua citada entre-
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vista de outubro de 1947. Eis os comenta' ios a que nos estamos
referindo, com o proprio titulo que os epigraf ou :
"VELHOS E TRADICIONAIS OBSTACULOS
IMPEDEM 0 DESENVOLVIMENTO DA
LAVOURA BRASILEIRA
"Segundo os algarismos que acabam de ser
divulgados pelo Servico de Estatatica da Pro-
ducao do Ministerio da Agricultura, a produ-
cao agricola do Brasil, no ano recem findo,
foi inferior a de 1946.
"Em relacao a este, produzirnos em 1947,
menos 61 mil toneladas de arroz
14 mil toneladas de feijao
291 mil toneladas de milho
124 mil toneladas de farinha de man-
dioca
47 mil toneladas debatata
83 mil toneladas de algodao
10 mil toneladas de cacdu
17 mil toneladas de cafe
54 mil toneladas de caroco de al-
godao.
"Inferior a do ano precedent:e, foi ainda,
a colheita de aveia, a de fumo, a de centeio.
"Alem de reduzir nossas possibilidades de
exportar e obter divisas, essas diminuicoes de-
terminaram reflexos em outras atividades,
onerando-as. Conquanto representando apenas
5% sobre o total da producao de 1946, que foi
de 5.703.598 sacos, contra 5.411.978 da esti-
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mativa da producao de 1947, os 291 milhoes de
quilos de milho produzidos a menos, fizeram
bastante falta.
"As 54 mil toneladas de caroco de algodao
a menos, repeticao da crise que ja em 1945 se
manifestara, alias com maior intensidade, de-
terminaram efeito bastante grave, porque na
mesma epoca, devido a dizimacao .dos rebanhos
porcinos em consequencia da peste ainda
nao debelada, tivemos muito menos banha.
Nao havendo em quantidade bastante oleo de
algodao e de babacu, seus principais substitu-
tos, faltou gordura para os usos culinarios, o
que agravou os encargos das Jonas de casa,
ja as voltas com as carencias de carne, de fei-
jao, de leite, e a elevacao dos precos de tudo.
"Dado o esforco despendido pelo Ministe-
rio da Agricultura e as Secretarias Estaduais,
no sentido de incentivar a cultura do. solo, os
dados acima parecem destoantes.
"0 que aconteceu, porem, foi que velhos e
tradicionais obstaculos da lavoura perduram,
com a escasses de credito para os trabalhos, de
maquinas, de camaras de expurgo, de arniazens.
"E aconteceu tambem, que para contrabalan-
car oos efeitos beneficamente logrados aqui e
ali, a custa de muito esforco, houve fatores
climaticos adversos, o recrudescimento da bro-
ca dos cafezais, e houve os gafanhotos, a de-
vastarem grandes areas e a desanimarem os
seus ocupantes e os vizinhos.
"Com quase isoladas excepcoes, pudemos
registrar aumentos nos rendimentos das cultu-
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ras de centeio, cevada e trigo. No restante, a
baixa foi a regra:
o rendimento do arroz desceu de 1.640 quilos
por hectare para 1.608;
o da batata,
o do feijao
o do milho,
o do. cafe,
o do algodao,
o do fumo,
de
4.953
para
4.386;
de
727
11
704;
de
1.319
"
1.293;
de
384
371;
de
451
"
439;
de
815
677.
"Recorda-se que alem de acidentes imprevis-
tos, como a peste suina e os gafanhotos, nao
logramos resolver problemas cujo ataque foi
programado desde o primeiro momento. Mui-
to pouco melhoraram as condicoes de trans-
porte ferroviario e maritimo; os caminhoes
continuam faltando nas rodovias do interior;
a rede de silos e armazens nao recebeu as dota-
coes necessarias para sua instalacao; as maqui-
nas e utensilios agricolas persistiram numeri-
camente insuficientes.
"De um modo geral, nem conseguimos
melhorar a nossa producao, tornar..do-a mais
economica, nem conseguimos simplificar a sua
distribuicao.
"Tradicionais ou recentes, os eembaracos
da lavoura brasileira em 1947 nao constitui-
ram, contudo, misterio para os que se ocupam
dos problemas agricolas. As suas c=ausas sao
bern conhecidas, os meios de corrigir os danos,
os mesmos aplicados usualmente nas outras
partes."
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O CAFE
Nao podiamos deixar de consignar, em capitulo especial,
algumas considerae6es sobre o nosso principal produto de expor-
tacao - o cafe - base da economia agricola do Estado e ele-
mento preponderante na producao de divisas, expressa, pelo
porto de Santos, ainda no ultimo ano (1947), pela apreciavel
soma de 249.487.672,36 dolares, com que tern sido atendidas, em
sua maior parte, as necessidades da importacao nacional e a
satisfacao de nossos compromissos externos. Durante o exer-
cicio de 1947, experimentou o nosso grande produto algumas de-
pressoes em seus precos, motivadas por estranhas causas, dado
que a sua posicao estatistica, presentemente, a das mais solidas
e, por isso mesmo, inspiradora de absoluta confianca na estabi-
lidade dos precos vigentes.
Em fevereiro de 1947, como e do vosso conhecimento, dei-
xou de figurar na cotacao das moedas negociaveis no mercado
de cambio, a libra esterlina, na conf ormidade de ideliberacao
tomada pelas autoridades financeiras do pals. Porque essa
moeda tenha tido larga influencia, por muitos seculos, nas rela-
coes internacionais, a medida em apreco colocou, desde logo, fora
de comercio com o nosso pals, grande numero de nacoes consi-
deradas com area de sua influencia, inclusive a pr6pria Ingla-
terra. Isto, como era de esperar, ensejou a imediata retracao
do grande mercado consumidor do nosso produto-chave, a Ame-
rica do Norte, colocado que ficou na posicao de quase nosso
unico comprador.
Dal, a reducao verificada nos respectivos precos, e sensivel
diminuicao da nossa exportacao nos meses imediatos aquela deli-
beracao, como evidenciam as cifras a seguir:
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sacas,
valor medio p/ 10 ks.
Janeiro ........
898.984
Cr$
96,59
fev'ereiro .......
723.648
97,91
margo
..........
823.911
97,36
abril
...........
738.811
92,22
maio
...........
507.028
85,65
junho
..........
570.745
86,88
julho
...........
610.527
86,56
Nao encontrando justificativa plausivel para a queda das
cotagoes do cafe no mercado estadunidense, porque assegurada
estava a posicao estatistica desse produto, pelo reduzido rendi-
mento das ultimas colheitas, movimentaram-se as Associa4oes
de Classe, junto as autoridades federais a ao Exmo Snr. Gover-
nador do Estado. Enquanto os entendimentos se processavam
no Rio de Janeiro, houve por bem .o ilustre Governador Exmo.
Snr. Dr. Adhemar de Barros, amparar e defender, de pronto, a
economia paulista, no momenta atingida num dos seus pontos
vitais, entendendo-se, para tanto, com ea Diretoria que, de
S. Excia. recebeu instrucoes e pos em imediata execugao, o fi-
nanciamento do cafe em conhecimentos fern oviarios, na base de
Cr$ 350,00 a saca. Vencidas, dial depois, na Capital Federal,
as dificuldades all encontradas pelas Asso?eiacoes interessadas,
por direta e decisiva interferencia do Exmo. Snr. Gal. Eurico
Gaspar Dutra, veio a Banco oficial da Republica ao encontro
dos agricultores e .do comercio de cafe, com o necessario finan-
ciamento em bases mais ou menos identical a que estava sendo
adotada pelo Banco do Estado, jugulando-se, assim, a crise esbo-
cada, entao, com a baixa injustificada dos precos vigorantes.
A deliberacao tomada pelo Exmo. Snr. Presidente da Re-
publica, que se veio juntar ao esforco que ja vinhamos reali-
zando em prol da economia cafeeira paulista, possibilitou razoa-
vel resistencia aos detentores do produto, com reflexo benefico
na economia geral do pals, posto que os centros de consumo dos
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Estados Unidos da America do Norte, voltaram a pagar os pre-
cos correntes, aumentando, no mesmo passo, as suas compras,
como se verifica dos expressivos algarismos a seguir alinhados:
1947 sacas valor media p/ 10 ks.
agosto ....... 1.034.371 Cr$ 90,68
setembro ..... 1.076.534 93,57
outubro ...... 1.024.616 93,19
novembro ..... 911.351 92,50
dezembro ..... 852.473 91,00
Explica-se a pequena reducao no volume das nossas expor-
tacoes nos meses de Novembro e Dezembro, pelos seguintes mo-
tivos: liquidacoes de posicoes de fim de ano, para efeito de
balanco; ferias de Natal e festas de ambito universal, com refle-
xo direto nos negScios de cafe, o que ocorre todos os anos.
A safra cafeeira paulista de 1947, devera terminar a 30 de
marco de 1948, com a ultimacao dos respectivos embarques nes-
sa data. Os cafes despachados no Interior do Estado ate 31 de
dezembro de 1947, somaram 6.041.487 sacas. A exportacao, no
ano findQ, pelo porto de Santos, expressou-se pelos seguintes
algarismos :
Para o exterior .......... 9.772.999 sacas
Cabotagem ............... 6.298
Consumo a bordo ........... 1.464
totalizando ........... 9.780.761 sacas
Em face do volume exportado, verifica-se que, na sua maior
parte, se compos o mesmo de remanescentes da safra! de 1945/46
e de grande parte da safra de 1946/47.
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O CAFE E 0 PLANO-MARSHALL
Convenientemente assegurada, como esta. a posicao estatis-
tica do cafe, em face das necessidades do con sumo externo, jun-
to e que se fixem rumos seguros a politica de estabilidade dos
precos atuais, a fim de proporcionar, como a de inteira justica,
aos cafeicultores nacionais, merecida recuperacao dos pesados
prejuizos, por eles sofridos, durante largo espaco de tempo,
quando, para obtencao do almejado equilibrio entre o excesso de
oferta e a limitada procura, de entao, tiverara que pagar taxas
onerosas e entregar, por igual, em especie, a titulo de confisco,
vultosa soma de sacas desse produto, totalizando mail de 70
milhoes.
Assim, merece louvores a atitude dos que procuram entabo-
lar entendimentos corn o Governo Americana, visando a inclusao
do nosso principal produto no "Plano-Marshall".
De fato, as consequencias da consubstan~ciacao dessa poli-
tica seriam as mais beneficas para a economia nacional e para
os demais Estados brasileiros produtores de cafe, pois teriam
eles a oportunidade de exportar, dentro do referido "Plano", a
quota que ainda lhes pesa de cafes retidos, calculada em cerca
de 6.219.004 sacas.
Ora, sendo esses cafes, na sua quase totalidade, de qualida-
des medias, e, portanto, facilmente aceitos pelos mercados con-
sumidores europeus, todos eles constituidos de:- populacees menos
exigentes, quanto a qualidade e paladar, a adocao do "Plano-
Marshall" viria, em boa hora, possibilitar a reabertura desses
mercados e, assim, a absorcao dessa aprecia gel massa de cafes
retidos.
De outro lado, releva salientar que o consumo europeu de
cafe andou, sempre aproximadamente, na cif k?a de 6 milhoes de
sacas, conforme provam as estatisticas oficiais.
Quanto aos Estados Unidos, tratando-se de consumidores
de paladar mais exigente e, conseguintemente, desejosos de so
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adquirirem cafes de tipo fino, teriam eles assegurado, em nosso
pals, o abastecimento dos cafes indispensaveis ao seu consumo,
pois, como se sabe, o disponivel para 1947./1948, acha-se avaliado
em 21.219.000 sacas, sendo 6.219.000 de cafes retidos e existen-
tes em 30 de junho de 1947, e cerca de 15.000.000, da safra em
curso.
Cumpre ainda lembrar que desses 6.219.000 sacas de
cafes remanescentes, cabe a Sao Paulo 1.848.648 sacas e aos de-
mais Estados brasileiros, 4.371.000, como evidenciam os dados
constantes do quadro a seguir :
Remanescente paulista em 31-12-47 (46/47) 5.848.648 sacas
Despachos paulistas de 1-1-48 ate 31-3-48
(provavel) ........................... 800.000
6.648.648
Exportagao por Santos, de cafes paulistas, no
periodo de 1-1-48 a 30-6-48 (provavel) .. 4.800.000
1.848.648
Provavel rmanescente paulista em 30-6-48 ...
6.219.000
Remanescente total brasileiro em 30-6-48 .....
Remanescente de Sao Paulo, na mesma data ... 1.848.000
4.371.000
Remanescente de outros Estados ............
Portanto, a feliz exito das negociacoes no sentido da inclu-
sao do cafe no "Plano-Marshall", colocara os demais Estados
cafeicultores nacionais, em posicao bastante satisfat6ria, em
face da possibilidade de escoamento dos cafes por eles produzi-
dos, assegurando, assim, a estabilidade dos precos em vigor, o
que, em caso contrario, dada a sua volumosa quantidade, ofere-
ceria serios embaracos a sua economia.
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NECESSIDADE IMPERIOSA DE INTENSIFICAR-SE A
PROPAGANDA
Prova exuberante da ineficacia, se n ho mesmo, ausencia
quase absoluta de propaganda do nosso cafe no exterior, e que
constitui um atestado eloquente da incompr?eensao dos dirigen-
tes nacionais quanto a necessidade imperativa e patriotica da
defesa desse produto-chave, junto aos mercados consumidores,
fato que tem determinado apreciavel dimir uicao no consumo de
cafe, sao os dados numericos que abaixo transcrevemos, relati-
vos a aquisicao de cafe pelos Estados Unido, nos ultimos anos:
Em 1944/45
- 21.360.371
sacas
em 1945/46
- 20.148.638
"
em 1946/47
17.926.407
19
Em face dessa ocorrencia, mister se faz a intensificacao sis-
tematica da propaganda desse nosso produto nos mercados ex-
ternos, propaganda que, a nosso ver, para see eficiente e produ-
zir os resultados que dela esperamos, deveria realizar-se, pela
direta participacao dos paises cafeeiros interessados e com a
colaboracao das grandes associacoes americanas, empenhadas
ativamente no comercio de cafes crus e torrados.
E de salientar, porem, que o declinio apresentado por aque-
les algarismos nao deve ser atribuido, exclusivamente, a falta
de propaganda racional, mas tambem a outros fatores, igual-
mente relevantes.
Mas, convem frisar, essa propaganda torna-se tanto mais
necessaria, quando se sabe que os Estados Unidos, dentro do
"Plano Marshall", estao dispostos a aplicar?, na aquisicao de
cafe, dos tipos de aceitacao na area das nacoes europeias, as se-
guintes irnportancias:
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Em 1947/48 -
U$S 202.000.000
em 1948/49 -
" 219.000.000
em 1949/50 -
" 223.000.000
em 1950/51 -
" 224.000, 000
COMBATE A BROCA DOS CAFEZAIS
Ja nao a mais segredo, o f ato alarmante da inf estacao da
broca nos cafezais paulistas. 0 Instituto Biologico, da Secre-
taria da Agricultura, atraves de estudos e experiencias realiza-
dos pelos competentes cientistas e tecnicos que all trabalham,
honrando as tradicoes de cultura da gente paulista, tudo vem
empenhando, no sentido de debelar esse nefasto flagelo.
Atendendo convite do referido Instituto, procuramos por
intermedio de alto funcionario do Banco, conhecer das providen-
cias que all se vem tomando para veneer esse insidioso inimigo
da maior riqueza paulista. Para isso, foram visitadas, duas f a-
zendas infestadas pela broca e onde estavam sendo realizadas
as necessarias experiencias.
Para ter-se uma ligeira ideia da gravidade que apresenta a
existencia Besse- mal na nossa cafeicultura, basta dizer que, nu-
ma das fazendas em referencia, os frutos infestados, nos talhoes
de maior contaminacao., atingiram a proporcao impressionante
de 65 a 70%, com tendencia a aumentar durante a colheita, visto
que a contagem dos mesmos teve lugar no mes de janeiro de
1948.
Parece que os resultados obtidos nas experiencias realiza-
das pelos cientistas do Instituto Biologico, ja podem levantar
o Animo dos nossos laboriosos cafeicultores, porque altamente
compensadores. Segundo, se apurou, o "hexacloreto de benze-
no", no qual se encontra o seu "isomero-gama", e o melhor inse-
ticida aplicavel a especie.
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0 referido Instituto aconselha o emprego do polvilhamento
dos cafezais corn esse inseticida, ora a venda sob diversas desig-
nacoes, tais como:
gamexame, lexone, gamaxol e hexiclan,
de mistura com talco, na base de 2% de concentracao de "iso-
mero-gama" de "hexacloreto de benzeno",para a primeira apli-
cacao, tendo em vista o grau elevado de inf estacao dos cafezais.
Nas segunda e terceira aplicacoes, essa porcentagem podera ser
reduzida a 1%.
0 processo a aplicar e o que se segue
Concentracao a 2% - misturar uma parte de inseticida
com 50% de hexacloreto de benze-
no com 6% de isomero-gama, adi-
cionando, duas partes de talco.
Concentracao a 1% - misturar uma parte de inseticida
com 6% de isOmero-gama, juntan-
do cinco partes de talco.
Foram apreciaveis os resultados obtidos com o processo
empregado pelo Instituto Biologico, posto que, apos a primeira
pulverizacao, nos talhoes de uma das fazendas sob experiencia,
apenas foram encontrados 5 a 6% de brocas vivas. Sao neces-
sarias, no entanto, duas a tres pulverizacoes. Para eficiente ata-
que a broca, quando em transito do fruto sec.o residual da colhei-
ta anterior, para o. fruto novo (verde), por ser relativamente
longo esse periodo de transito, durante o qual se processa, natu-
ralmente, a desova e reproducao desse terrivel inseto.
As dificuldades a remover sao aprecia veis, no combate a
broca. Por exemplo :
a - nas epocas de chuvas sera exigide maior numero de
pulverizacoes;
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b - vigilancia a reinfeccao proveniente das lavouras vizi-
nhas nao tratadas;
c - ataque aos cafezais abandonados, visto constituirem
viveiros permanentes para novos surtos do mal;
d - excelente qualidade dos produtos inseticidas utiliza-
dos, posto que, somente da sua escrupulosa confeccao,
poderao ser colhidos resultados positivamente seguros.
Divulgando as informacoes acima, queremos, por esta for-
ma, prestar merecida homenagem aos nossos patricios que, nos
laboratorios, sob os valiosos auspicios dos poderes publicos, vao
cuidando com acendrado amor a ciencia e alto patriotismo, dos
problemas que interessam nao so a economia paulista, como,
tambem, e em ultima analise, a pr6pria economia national, dado
que o cafe, ainda nos nossos dias, e um dos fatores prepoinderan-
tes na producao de cambiais, para a satisfacao dos compromis-
sos externos do Pais e para a obtencao de bens de producao e
de consumo, com que sao atendidas, em apreciavel proporcao,
as exigencias da nossa civilizacao.
EMPRESTIMOS AOS PEQUENOS AGRICULTORES
Continuaram em progressao animadora os nossos servicos
de emprestimos aos pequenos agricultores, ate a importancia de
Cr$ 30.000,00, para cada emprestimo, para custeio de suas la-
vouras, operacaa essa, sem intermediarios e sem despesas, medi-
ante; processo simples e ao inteiro alcance dos interessados.
Por essa forma, no exercicio findo, pudemos levar o nosso
amparo financeiro diretamente a esse humildes colaboradores
da grandeza nacional, no periodo de apenas quatro meses - se-
tembro, outubro, novembro e dezembro - positivado no auxilio
prestado a cerca de 12.616 pessoas.
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NLTMERO DE PROPRIEDADES E SUA DISTRIBUIcAO,
POR ALQUEIRES, NO E'STADO DE SAO PAULO' -
Um fato que merece ser posto em destaque, nests relato de
nossas atividades, e que constitui um argu.rento de peso em
contrario a alegacao, que comumente soi ser feita, da existencia
de fortes latifundios em Sao Paulo, sao os dados que abaixo
transcrevemos, no tocante ao numero de propriedades agricolas
e respectiva distribuicao, por alqueires.
Existem em Sao Paulo, aproximadamente 268.240 proprie-
dades agricolas, com uma area cultivada do 2.479.954 alqueires,
area essa utilizada da seguinte maneira :
103.572 propriedades
67.400
49.253
23.765
18.819
3.930
1.501
5 a 10 "
de menos de 5 alqueires
10 a 25
25 a 50
50 a 200
200 a 500
mais de 500 alqueires.
Como vemos, esses algarismos revelarm, na sua muda elo-
quencia, que este Estado e, indubitavelmente, um dos mais evo-
luidos da Federacao, quanto a dissemin.acao da pequena e media
propriedade, ao contrario do que geralmente tem sido apregoa-
do, donde se inferir que Sao Paulo marcha, resolutamente, para
uma democratizacao cada vez maior da riqueza particular, dal
resultando beneficios sociais de grande alcance.
MECANIZAcAO DA LAVOURA
Tracado pelo Exmo. Snr. Governador Adhemar de Barros,
a 23 de marco de 1947, em sua plataforma politica, lida no Vale
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do Anhangabau, a 29 de dezembro de 1946, e por sua expressa
determinacao e orientacao elaborado por esta Diretoria, vai tor-
nar-se, dentro em breve, realidade, neste Estado, o piano de
mecanizadoo da lavoura paulista.
Os objetivos a alcancar, como a experieneia ja evidenciou
fartamente nos paises que o aplicaram no desenvolvimento de
suas agriculturas, notadamente, os Estados Unidos da America
do Norte e o Mexico, sao -de capital importancia para a vida
economica de Sao Paulo, o que, sem duvida, o sera, tambem, para
a economia nacional. 0 piano em apreco se desdobrara da se-
guinte forma :
1 - 0 Plano de Mecanizacao da Lavoura, estimulara o tra-
balhoo no interior do Estado e facilitara a solucao dos problem as
economico-sociais que afligem as grandes cidades.
2 - Este piano divide o territorio de Sao Paulo em 11
nucleos mecanizados, que se, subdividirao em 64 sectores, obede-
cendo a topografia do terreno, condicoes climatericas e qualida-
de das terras.
3 - 0 piano de mecanizadoo objetiva o trato da terra com
maquinario agricola, atraves de nu.cleos motorizados, sob direta
administracao do Estado.
4 - Absolutamente modesto e pratico, visa o aumento ime-
diato da producao, pelo melhor preparo do terreno, me-diante,
apenas, o pagamento do combustivel, diarias dos funcionarios
tecnicos e desgaste do material.
5 - 0 imprescindivel maquinario agricola, incluindo 600
tratores, sera distribuido pelos sectores, acompanhado de agro-
nomos e mecanicos, a fim de realizar os trabalhos de aracao,
gradeamento, semeadura e limpeza das terras.
6 - Os grandes e pequenos proprietarios farao contratos
de financiamento da producao com o Banco do Estado de Sao
Paulo S/A., deduzindo imediatamente as despesas de mecaniza-
cao e reservando as quotas excedentes para o trato das terras
e colheita das safras.
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7 - Em determinados casos, os niicleos mecanizados pode-
rao proceder o beneficiamento da producao, com maquinario
portatil, e cuidar do bom estado das estradas, facilitando os
meios de transporte rapido.
8 - Os trabalhos de mecanizadoo ser ao executados com
contrato de utilizacao do terreno durante 5 anos, para aproveita-
mento integral das terras beneficiadas.
9 - Os tecnicos, agronomos e mecanicoss, examinarao o ter-
reno, fixando as culturas adequadas e verificando as boas con-
dicoes de destocarnento, que sera feito pelos proprietarios.
10 - Os contratos incluirao a aquisicao de sementes e for-
necimento de inseticidas e formicidas, a baixo preco, inclusive
maquinas necessarias ao seu emprego.
11 - No caso do proprietario admitir arrendatarios para
o cultivo do terreno mecanizado, o contrato de financiamento
sera assinado por ambos, cabendo ao proprietario 1/3 da safra
e 2/3 ao arrendatario, depois de deduzidas togas as despesas de
aracao, semeadura, trato e colheita.
12 - 0 contrato de financiamento exigira, para cada 2
alqueires, uma area de 30 x 30 metros, piantada com mandioca
e batata doce, a fim de diminuir o custo da'alimentacao dos dia-
ristas, empreiteiros e arrendatarios.
13 - 0 piano de mecanizadoo preve, tambem, uma fase de
experimentacao nas 20 Fazendas do Estado, pela expansao pro-
gressiva atraves das cooperativas agricolas com' funcionamento
eficiente e, finalmente, a difusao generalizada pelos municipios
do Estado.
14 - Os tecnicos mecanicos serao escolhidos, mediante pre-
vio entendimento entre os elementos das Escolas Praticas de
Agricultura e do Corpo Motorizado do Exercito.
15 - A execucao do piano de mecanizadoo da lavoura cabe-
ra a Secretaria da Agricultura, ficando reservado o financia-
mento da producao ao Banco do Estado.
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16 - A sua aplicacao tera perfeito entrosamento com
outras providencias intimamente ligadas, pela sua interdepen-
de"ncia, con . a organizacao dos servicos de fornecimento de com-
bustivel, transporte, armazenamento e imunizacao, fertilizantes
e conservacao do solo, combate as pragas e doencas, cooperati-
vismo, seguro agricola, imigracao e colonizacao, planejamento
da producaoo para evitar a super-producao.
INAUGURACAO OFICIAL DO NOSSO EDIFfCIO-SEDE
A 27 de junho de 1947, o Exmo. Snr. Governador Dr. Adhe-
mar de Barros, que, por singular coincidencia, fora quern, na
qualidade de Interventor no Estado, lancara, nessa mesma data,
em 1939, a pedra basilar do nosso edificio-sede, nos deu a honra
de inaugurar oficialmente, as nossas instalacoes, so entao real-
mente terminadas. Muito deve o Banco do Estado, ao espirito
empreendedor, dinamico e patriotico de S. Excia. o Snr. Gover-
nador, ora investido nesse; alto, cargo, prestigiado pela vontade
soberana do eleitorado que, num pleito memoravel, honesto e
sem macula, the conferiu a autoridade de zelar e dirigir os des-
tinos de todos os paulistas.
Eis porque, com justificado jubilo, o acolhemos em nossas
dependencias, com as homenagens de que se fizera credor, e
aqui consignamos o nosso reconhecimento pela honra que nos
fez em abrilhantar, com a sua. presenca, aquela solenidade.
AS NOVAS ATIVIDADES
As cifras que a seguir alinhamos, pelo expressivo de suas
caracteristicas, destacam, sobremaneira e com evidente trans-
parencia, o intenso trabalho que desenvolvemos no ultimo exer-
cicio. Todas elas refletem, sem discrepancia, a nossa constante
preocupacao de atender, dentro das nossas reais possibilidades,
a todos os sectores da vida economica paulista, no que tern eles
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de util e de essencial ao crescente progresso(to Estado e no, inte-
resse do organismo economico nacional. E o fizemos, anima-
dos sempre pela palavra de ordem do Exmo. Snr. Governador
Dr. Adhemar de Barros e pelo estimulo da sua confianca, tondo
em consideracao, precipuamente, a funcao e)iiinentemente social
e economica que o nosso instituto de credito deve exercer, como
parte integrante que 6 da comunhao paulista.
No mesmo passo, verificamos, com desvanecimento, ter sido
sem pausa, a confianca do publico no Banco do Estado, pelo cres-
cente aumento das cifras relativas aos depOsitos de suas eco-
nomias para, por eles serem, como vem sendo, aplicados no apro-
veitamento e desenvolvimento de todas as iniciativas uteis e
progressistas. A evidencia desse fato term-la nos seguintes
algarismos: em 1946, os depositos m6dios somaram Cr$ ....
2.577.306.000,00 e em 1947, Cr$ 2.997.291.000,00, o que corres-
ponde, precisamente, a um aumento substa.ricialmente expressi-
vo, de Cr$ 419.985.000,00. Muito significativo, por certo, o
numero de contas novas, abertas durante o exercicio de 1947,
porque atingiu a 9.020 contra 7.675, em 1946, totalizando Cr$
590.671.000,00, quando, no periodo anterior, o respectivo mon-
tante foi de Cr$ 408.916.000,00.
Como era natural, as aplicacoes do Banco tiveram que
acompanhar, no mesmo ritmo e em crescendi: razoavel, o aumen-
to das nossas disponibilidades, para obter-se, em contra-partida,
um melhor rendimento dos recursos postos a nossa disposicio.
Assim e que, no periodo findo, o saldo m6dio dos empr6stimos
realizados alcancou a elevada cifra de Ci$ 2.400.017.000,00
tendo, no entanto, se expressado o seu volume, em 1946, pela
soma de Cr$ 1.998.531.000,00 o que impor ?ta dizer, houve em
1947, a consideravel ampliacao de nossas atividades em mais Cr$
401.486.000,00 o que, nao obstante o nosso ~2sforco, ainda ficou
muito aqu6m das necessidades do vertiginoso crescimento eco-
nomico do Estado, expresso pelos irretorquiveis argumentos que
as cifras a seguir evidenciam:
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PRODUCAO AGRfCOLA DO ESTADO DE SAO PAULO, EM 1947
Alqueires e pis
Quant. produzida , Em milhares
de cruzeiros
Cafe ........ 1.015.532.000 pes
7.717.198 sacas 3.218.742
Algodao .... 458.694 a1q.
33.140.643 arrobas 1.801.582
Arroz ...... 209.254
12.379.936 sacas .1.057.747
Milho ...... 350.440
19.629.782 848.571
891
Batata ing. . . 6.960
1.971.970 428.
Feijao ...... 53.328
1.040.000 349.826
Mamma .... 29.335
971.360 77.519
Amendoim ..
1.539.000 70.222
65.927
Laranja ....
436
26
Tomate .....
.
8.527
Fumo
6.354
Lima-0
5.512
VALOR DA CABOTAGEM (Porto de Santos)
(De Janeiro a Setembro de 1947)
Importacao de outros Estados
da Federacao
Cr.$ 1.641.359.291,00
Exportacao de S. Paulo pars
a Federacao
Cr.$ 1.933.393.551,00
PRODUcAO INDUSTRIAL
Valor em milhares
de cruzeiros
Porcentagem s/ o total
da produgao do pals
1944
...........
23.549.600
-50%-
1945
.....??????
28.208.500
-50% -
1946
.....??????
38.400.000
-60%-
1947
...........
39.000.000
-60%-
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IMPBSTO DE REND A
Arrecadado em Sao Pauk :
Em 1946 .......... Cr$ 1.100.116.845,00
em 1947 .......... Cr$ 1.638.338.615,00
ARRECADAcAO DO IMPOSTO DE VENDAS E CONSIGNAICOES
Em 1946 .......... Cr$ 1.259.940.287,70
em '1947 .......... Cr$ 1.685.377.394,00
Esteve o Banco do Estado, por essa forma e como a notorio,
vigilante e sempre.,, pronto a amparar, nas horas dificeis por que
passou a economia paulista no exercicio de 1947, as necessidades
mais prementes da sua Lavoura, da sua Industria e do seu Co-
mercio, o que somente the foi possivel realizar, - justo a que
se proclame -, por nao lhe, ter faltado, conio de mister, o apoio
integral e a confianca inestimavel da laborosa, consciente e em-
preendedora populacao de Piratininga.
Outros detalhes, mais minudentes e ilustrativos, oferecemos,
linhas a seguir, a vossa eonsideracao, os quais evidenciam, de
modo formal e positivo, a atividade progre$ista e bem naciona-
lista do Banco do Estado de Sao Paulo, cujos destinos nos coube
a honra de, neste instante decisivo da vida economica da Naga-o,
dirigir para rumos seguros, por amor a terra paulista e para o
bern da Patria comum.
FUNCIONARIOS
A situacao do quadro do funcionalismo do Banco era a se-
guinte, em 31 de Dezembro de 1947:
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1946
1947
Matriz .............
456
513
Agencias ...........
548
587
Totais .........
1.004
1.100
Cumpre-nos mencionar que, de acordo com a pratica que
vimos adotando, de ha muito, a admissao de novos funcionarios
tem se processado por meio de concurso de provas, obedecidos os
requisitos estabelecidos pelo Regulamento do Pessoal, em vigor.
E' com especial agrado que deixamos consignado, aqui, o
nosso louvor a eficiencia e zelo com que o funcionalismo do
Banco vern se conduzindo, desenvolvendo os seus esforcos no
eentido de dar maior impulso ao progresso do nosso, instituto
de credito, aperfeicoando-lhe a organizacao e tornando-o, deste
modo, mais apreciado pela sua numerosa clientela.
ADMINISTRACAO
Em cumprimento ao que dispoem os Estatutos do Banco,
competira A Assembleia Geral, a reunir-se em 19 de Margo,
'eleger os membros do Conselho Fiscal para o exercicio de 1948.
AGENCIAS
Durante o ano de 1947 foi instalada apenas uma Agencia,
ma Cidade de Pinhal. No exercicio de 1948, porem, instalare-
.mos Agencias na Capital Federal, em Guaratingueta e Presi-
.dente Wenceslau, para o que ja obtivemos as respectivas cartas-
patente. Outras Agendas deverao ser instaladas nesse periodo.
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Destarte, em 31 de Dezembro de 1947, possuia o Banco, em
funcionamento, 51 Agencias, instaladas nas seguintes localida-
des: AMPARO, ANDRADINA, ARACATUBA, ARARAQUA-
RA, ATIBAIA, AVARE, BARRETOS, BATATAIS, BAURTJ,
BOTUCATtT, BRAS, (Capital), CACAPAVA, CAMPINAS,
CAMPO GRANDE (Mato Grosso), CATANDUVA, FRANCA,
IBITINGA, ITAPETININGA, ITAPEVA, ITUVERAVA, JAU,
JABOTICABAL, JUNDIAf, LIMEIRA, LINS, MARfLIA, MI-
RASSOL, MOGI MIRIM, NOVO HORIZONTE, OLIMPIA,
OURINHOS, PALMITAL,. PINHAL, PIRACICABA, PIRAJUf,
PIRASSUNUNGA, PRESIDENTE PRLUDENTE, QUATA,
REGISTRO, RIBEIRAO PRETO, SANTO ANASTACIO,
SANTOS, SAO CARLOS, SAO JOAO DA BOA VISTA, SAO
JOAQUIM DA BARRA, SAO JOSE DO RIO PARDO, SAO
JOSE DO RIO PRETO, SAO SIMAO, TANABf, TIETE e TUPA.
CORRESPONDENTES
Para melhor atender as necessidades eriadas com o cres-
cimento constante do Banco e consequente desenvolvimento de
suas atividades, e obedecendo, sempre, ao mais rigoroso criterio
de selecao, procuramos ampliar nossa rede de Correspondentes.
TRANSFERPNCIA DE AC'5ES
0 movimento de transferencia de awes, durante o exerci-
cio em exame, comparado com o do ano precedente, foi o se-
guinte :
194ti
1947
- Por venda .............
420
2.320
- Baixa de caucao .......
-
- Caucao ................
-
1.000
Heranca ...............
780
1,050
Totais .............
1.200
4.370
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As cotacoes acusaram a media de Cr.$ 313,30, em 1947,
contra a de Cr.$ 377,30, em 1946. Em 1947, ainda, a cotacao
maxima foi de Cr.$ 331,00 e a minima, de Cr.$ 280,00.
CARTEIRA COMERCIAL
0 movimento de Caixa, em ascencao continua, durante o
exercicio de 1947, expressou-se, comparativamente aos dados do
ano anterior, pelas seguintes cifras:
Em milhares de cruzeiros
Variaroes
Absoluta
Entradas:
1946
1947
Matriz
15.315.071
16.462.306
+ 1.147.235
+ 7,49
Agencias ..
8.702.215
9.127.745
+ 425.530
+ 4,89
Totais ...
24.017.286
25.590.051
? 1.572.765
+ 6,55
Saidas :
Matriz ....
15.331.528
16.452.470
+ 1.120.942
+ 7,31
Agendas ..
8.696.500
9.118.992
+ 422.492
+ 4,86
Totais ...
24.028.028
25.571.462
+ 1.543.434
+ 6,42
DISPONIBILIDADES
As disponibilidades do Banco, ao encerrar-se o exercicio relatado,
apresentaram os seguintes valores e porcentagens:
Em Milhares de Cruzeiros
Em 1946 - Media ....... 823.740 31,46%
Em 1947 - Media ....... 702.380 23,53%
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II - DEP6SITOS
Em 1947, o saldo medio dos depositos atingiu a cifra de
Cr. $ 2.997.291.000,00, estando assim distribuido :
a - A Vista .......... Cr.$ 2.008.536.000,00
b - A Prazo ......... Cr.$ 988.755.000,00
Confrontado com o do ano anterior, esse resultado apre-
senta as seguintes variacoes :
1946
1947
Absoluta
Variagoes
%
A Vista .........
1.898.117
2.008.536
-}- 110.419
+ 5,82
A Prazo .........
679.189
988.755
+- 309.566
+ 45,58
Totais ......
2.577.306
2.997.291
+ 419.985
+ 16,30
CONTAS NOVAS
Durante o exercicio em relato, foram abertas 9.020 contas
novas, na importancia de Cr.$ 590.671.000,00, conforme discri-
minacao a seguir:
MATRIZ ......... 1.644 contas. no valor do Cr.$ 236.269.000,00
AGPNCIAS ........ 7.376 contas, no valor de Cr. $ 354.402.000,00
Comparando-se esses dados com os do exercicio anterior,
cujo movimento foi de 7.675 contas nova=, na importancia de
Cr.$ 408.916.000,00, verifica-se um acrescimo de 1.345 contas
e uma diferenca para mais, no valor, de Cr.$ 181.755.000,00.
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0 saldo medio dos Emprestimos, durante o exercicio findo,
atingiu a cifra de Cr.$ 2.400.017.000,00, achando-se assim dis-
buido :
1 - Carteira Comercial ........... Cr.$ 2.359.921.000,00
2 - Carteira Hipotecaria "Ouro" .. Cr.$ 40.096.000,00
0 saldo medio das aplicacoes da Carteira Comercial, por sua
vez, acha-se distribuido pelas seguintes rubricas:
Em Milhares
de Cruzeiros
%
a - TITULOS DESCONTADOS ............
1.259.511
53,37
b - CONTAS CORRENTES GARANTIDAS
1.031.310
43,70
c - PENHORES AGRfCOLAS ..............
24.005
1,02
d - HIPOTECAS PAPEL .................
45.095
1191
Totais ............................
2.359.921
100,00
0 movimento desses servicos, por seu turno, expressou-se
pelos seguintes algarismos:
a - Titulos descontados :
Quantidade
Valor em
milhares
de cruzeiros
MATRIZ ....................
32.869
2.818.033
AGENCIAS .................
27.974
1.440.907
b - Contas correntes garantidas:
Foram abertos 555 creditos, no montante de Cr.$ ........
534.709.000,00, assim distribuidos :
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MATRIZ .... 142, no valor de Cr. $ .... 372.000.000,00
AGENCIAS .. 413, no valor de Cr. $ .... 162.709.000,00
Totais ..... 555 Cr.$ 534.709.000,00
c - Penh fires agricolas
As operacoes realizadas por esta Carteira, ate 31 de Dezem-
bro de 1947, atingiram o montante de Cr.$ 215.697.000,00, com-
preendendo contratos que variaram entre Cr?.$ 5.000,00 e Cr.$
30.000,00.
A situacao desta Carteira acha-se concretizada nos seguin-
tes algarismos:
EMPRESTIMOS C/GARANTIA HIPOTECARIA
35 hipotecas, no valor de ................... Cr$ 891.000,00
1.839 contratos de emprestimos sob Penhor Agricola,
no valor de ............................ Cr$ 25.173.664,00
1.874 Totais Cr$ 26.064.664,00
A media dos emprestimos sob Penhor Agricola foi de Cr.$
13.688,80, e 12.616 o numero de pessoas dal familial beneficia-
das.
Os produtos oferecidos em garantia deswas operacoes foram
diversos, a saber: alcachofra, alfafa, algodo em caroco, alho,
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`amendolm em casca, arroz, acucar mascavo, banana, batata, cafe
financiado, cana de acucar, casulos de seda, cebola, centeio, cha
da India beneficiado, ervilha verde, feijao, fumo, gergelim, hor-
tela (oleo de menta), laranja, lenha, mamona (sementes), man-
dioca, melancla, milho, ram!, repolho, tomate, uva, vinho e ver-
duras.
V - COBRANIQAS DAS CONTRIBUIcOES AO INSTITUTO
DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS INDUSTRIARIOS
Arrecadamos, como de habito, por conta do Instituto supra
e de acordo com as clausulas do contrato vigente, durante o
exercicio expirante, a importancia de Cr.$ 17.213.089,20, corres-
pondente a 21.493 guias, contra Cr.$ 14.654.782,70, correspon-
dente a 27.769 guias, no ano anterior.
VI - ARRECADAcAO DE IMPOSTOS ESTADOAIS
Prosseguiu regularmente o servico de arrecadacao de "Im-
postos" e "Taxas", de que estamos encarregados, por conta do
Tesouro do Estado de Sao Paulo. Assim e que, durante o ano
de 1947, ora relatado, o Banco arrecadou a importancia de Cr.$
228.299,10, referente ao Imposto Territorial Rural, de diversas
Cidades do interior do Estado.
VII -.CAMBIO
0 movimento desta Carteira, durante o exercicio ora con-
siderado, apresentou os seguintes dados, comparativamente aos
do ano anterior:
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a -- C6.mbio vendido:
1946
Em milhares de
cruzeiros ....
664.882
Em libras es-
terlinas .....
9.498.314
Em Mares ..
33.244.100
b - Cambio comprado:
Em milhares de
cruzeiros .... 720.624
Em libras es-
terlinas ..... 10.294.620
Em Mares .. 36.031.200
c - Saques s/o Exterior:
Em milhares de
- 44 -
1947
Variago"es
Absoluta %
651.324
7.3.558
- 2,04
8.638.857
859.457
- 9,05
34.792.998
-3-
1.548.898
+ '4,66
658.762
~---
61.862
-- 8,58
8.899.134
-
1.395.486
13,56
35.841.287
---
189.913
- 0,53
cruzeiros ....
212.894
304.939
Em libras es-
terlinas .....
3.041.346
4.044.673
Em dblares ..
10.644.712
16.289.518
d - Remessas para o Exterior:
Em milhares de
cruzeiros 407.593 450.795
Em libras es-
terlinas 5.822.769 6.089.729
Em Mares 20.379.640 24.526.403
f-
92.045
+ 43,24
+-
1.003.227
+ 32,99
+-j-
5.644.806
+ 53,03
+
43.202
+ 10,60
4-
266.960
+ 4,58
-r
4.146.763
+ 20,35
VIII - RESGATE DE CUPOES DE JUROS
Dando execucao ao ajuste firmado com o Tesouro do Es-
tado de Sao Paulo, procedemos ao resgate de cupoes de juros
de Apolices "Consolidadas Paulistas" e das Apolices "Unifor-
mizadas", sendo que os destas foram resgatados por intermedio
de nossas Agencias.
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- 45 -
No decurso do ano findo, venceram-se e foram resgatados
os cupoes de numeros 24 e 25 das Apolices "Consolidadas Pau-
listas".
0 movimento dessa conta, durante o exercicio, apresentou
os seguintes resultados:
a
Apblices Consolidadas Paulistas:
Quantidade em Cruzeiros
1946
Em nossos guichets ............
552.715
2.763.575,00
Por outros Bancos ..............
1.077.709
5.388.545,00
Totais .................
1.630.424
8.152.120,00
Em nossos guichets .............
684.076
2.920.380,00
Por outros Bancos ..............
1.100.878
5.504.390,00
Totais .................
1.684.954
8.424.770,00
Quanto As "Obrigacoes do Emprestimo Interno-1921-7%",
procedemos ao resgate do saldo dos cupoes, no valor de Cr.$
19.740,00.
IX - ARRECADAcAO RECOLHIDA PELO TESOURO DO
ESTADO DE SAO PAULO
Na conformidade de outro ajuste feito com o Tesouro do
Estado de S. Paulo, o movimento dos depbsitos do produto da
arrecadacao da receita, durante o exercicio de 1947 e dos paga-
mentos efetuados por intermedio do Banco, expressou-se pelos
seguintes algarismos :
1.0 semestre
2.0 semestre
Total
em cruzeiros
Arrecadacao ' 1.164.806.747,10
1.278.346.366,30
- 2.443.153.113,40
Pagamentos 1.729.459.650,80
1.383.642.524,50
- 3.113.102.175,30
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- 46 -
X - SERVIQOS
1 - CHEQUES E ORDENS DE PAGAMENTO:
a - Emitidos:
1946
1947
Variag5es
Absoluta %
Em Milhares
de Cruzeiros 1.375.039
1.875.474
+ 500.435
+ 36,39
Quantidade .. 83.148
76.726
- 6.422
- 7,72
b - Cumpridos:
Em Milhares
de Cruzeiros 1.743.404
2.376.103
+ 632.699
+ 36,29
Quantidade .. 107.406
95.708
11.698
- 10,89
2 - CHEQUES PAGOS:
Em Milhares
de, Cruzeiros 9.007.913
9.246.736
+ 238.823
+ 2,65
Quantidade .. 417.774
431.398
+ 13.624
+ 3,26
3 - CHEQUES VISADOS:
Em Milhares
de Cruzeiros
2.699.156
2.565.235
- 133.921
- 4,96
Quantidade ..
33.992
32.444
- 1.548
- 4,65
4 - CHEQUES COMPENSADOS :
Do Ba
nco:
Em Milhares
de Cruzeiros
4.706.999
5.430.199
+ 723.200
+ 15,36
Quantidade ..
119.388
122.758
+ 3.370
+ 2,82
Pelo Banco:
Em Milhares
de Cruzeiros
6.431.435
7.164.635
+ 733.200
+ 11,40
Quantidade ..
151.737
160.652
+ 8.9'15
+ 5,88
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- 47 -
5 - COBRANCAS:
1947
Variacoes
Absoluta %
Milh
E
m
ares
de Cruzeiros
1.378.417
1.604.317
+ 225.900
+ 16,39
Quantidade ..
236.841
231.466
- 5.375
- 2,27
Depositados ..
93.536
239.815
+ 146.279
+ 156,39
Caucionados ..
772.289
1.186.585
+ 414.296
+ 53,65
Expedida ...
1.304.897
1.221.522
- 83.375
- 6,39
Recebida ...
1.084.154
1.264.162
+ 180.008
+ 16,60
Expedidos ..
14.103
15.569
+ 1.466
+ 10,39
Recebidos ..
13.779
15.424
+ 1.645
+ 11,94
9 - SILOS POSTAIS:
Durante o exercicio de 1947 foram dispendidos selos postais
num total de Cr.$ 399.635,50, contra Cr.$ 377.073,30 do ano
anterior, ou seja um acrescimo de Cr.$ 22.562,20.
CARTEIRA HIPOTECARIA
I - Gkncessao de emprestimos
Durante o exercicio relatado, foram efetuados empresti-
mos no montante de Cr.$ 19.773.117,30, dos quais 13 (treze), no
valor de Cr.$ 1.036.000,00, conferidos a funcionarios do Banco,
para aquisicao de casa propria.
II - Existencia em 31-12-1947
A 31 de Dezembro de 1947 existiam em vigor 584 contratos
de emprestimos, no valor de Cr.$ 70.880.000,00, assim distri-
buidos :
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- 48 --
1 - Hipotecas "Ouro": "I;.__ 11.... -
a - Urbanas, 1 contrato no valor
de Cr.$ ..............
b - Rurais, 190 contratos no va-
16r de Cr.$ .......... 24.687 24.691
2 - Hipotecas ,Papel,,:
a - Urbanas, 52 contratos no va-
lor de Cr.$ ........... 9.442
b Rurais, 341 contratos (inclu-
sive hipotecas subsidia-
rias, de Penhores Agrico-
las e de Titulos Descon-
tados nao liquidados), no
valor de Cr.$ ......... 36.747 46.189 70.880
III - Emprestimos "Our?o? :
Cotejado com as cifras do ano anterior, o resultado supra,
de Cr.$ 24.691.000,00, oferece as seguintes variacoes:
Natureza:
Variag6es
1946 10,17 A
............. .so . 7,18 24.887. 11.091 31,00
Urbanas ............ 6 4 - -
2 - 33,33
35.784 24.691 - 11.093 - 31,00
Durante o exercicio, a atividade da Carteira expressou-se
pelos seguintes dodos :
a - Emprestimos Urbanos :
Existencia em:
31-12-1946 - 1 emprestimo no valor de Cr.$ 31-12-1947 - 1 emprestimo no v
lo
.
.000,00
a
r de Cr.$ ...
.... .
.
? ?
4
4.000.00
de onde se verificam amortizacoes no valor de Cr 8
2.000,00
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- 49 -
b - Emprestimos Rurais:
Existencia em :
31-12-1946 - 248 emprestimos no-valor de Cr. $ .... 35.778.000,00
31-12-1947 - 190 emprestimos no valor de Gr.$ .... 24.687.000,00
registrando-se, portanto, ate 31 de Dezembro de 1947,
58 liquidacoes., da seguinte forma :
- Por antecipacao Cr. $ ........ 737.000,00
- Por amortizacao Cr. $ ........ 7.741.000,00
- Bonificacoes concedidas nessas
arnortizacoes, de acordo com a
resolucao da Assembleia de
14-5-1940 Cr.$ ............ 101.000,00
- Por abatimentos concedidos,
conforme Decreto-lei n.? 1.888,
de 15-12-1939 Cr.$ .......... 2.512.000,00 11.091.00000.
IV - EMPRESTIMO EXTERNO:
No exercicio que estamos relatando, foram feitas as seguin-
tes remessas ao Governo Federal, para serem encaminhadas aos
Banqueiros Lazard & Brothers C.? Ltd. - Londres e destina-
das ao pagamento -dos juros e comissoes vencidos naquele ano,
na base do Decreto-lei n.? 6.019, ?le, 23-11-1943, a saber :
Libras
Cruzeiros
39.11 prestagao - vencida em 7 - 5-1947 ...
5.000
377.208,00
40.11 prestacao - vencida em 7 -11-1947 ...
4.890
368.68.0,60
SERIE "B"
3811 prestacao - vencida em 23- 3-1947 ...
5.220
393.805,10
39.a prestacao - vencida em 23- 9-1947 ...
5.110
385.267,40
SERIE "C"
37a ,prestacao - vencida em 2 - 4-1947 ...
5.590
406.630,20
38:a .prestacao - vencida em 2 -10-1947 ...
5.275
397.707,60
Totais ....................
31.085
2.329.298,90
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As cotacoes dos titulos do nosso emprestimo externo varia-
ram Como segue : Plano "A": entre o minimo de 62 e o max~mo
de 68 para titulos de # 100; Plano "B": entre minimo de 43,10
e o maximo de 50 para titulos de # 50.
0 saldo em debito do referido emprestimo externo, em 31
de Dezembro de 1947, devidamente distribuido por "Serie", era
o seguinte:
SERIE "A":
Plano "A' . ............
# 162.600
Plano "B"
# 166.950
# 329.550
SERIE "B":
Plano "A" ............
# 216.600
Plano "B" ............
# 1.;3.100
# 379.700
S-ERIE "C":
Piano "A" ............
# 265.500
Plano "B" ............
# 1211.500
# 397.000
Total ......................
# 1.106.250
montante a que ficou reduzido, depois de feitos os lancamentos
decorrentes do Decreto-lei n.? 6.019, de Z-11-1943 e das amor-
tizag6es realizadas.
Cumpre, tambem,.mencionar que as remessas efetuadas Pa-
ra fins de amortizacoes, durante o exercIdo de 1947, impo,ta-
ram nas seguintes cfras :
Libras
Crtneiros
MIME "A? ............................
"
10.545
795.282,70
SERIE
B" ............................
"
9.860
743.649,20
SERIE
C"
:.11.115
838.533,40
Tota:s .....................
;.31.520
2.377.465.30
c - Penhores agricolas :
As operacoes deste genero, realizadas pela Carteira Hipo-
tecaria, em 31 de Dezembro de 1947, montavam a Cr.$..
10-505.531,50.
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LUCROS
Lucro Bruto (em milhares de cruzeiros)
CARTEIRA COMERCIAL:
Renda de Titulos e Im6veis ... 15.478
Jurossobre Emprestimos .... 99.696
Juros soJire Disponibilidades .. 2.923
Descontos .................. 104.765
Comissoes ................. 12.952
Diversos .................. 12.771 248.585
Renda de Titulos e Im6veis
Juros sobre Emprestimos .... 7.202
Juros sobre Disponibilidades .. -
Diversos .................. 12.134 19.336 267.921
DEDUcoES:
a -- DESPESAS FINANCEIRAS:
Carteira Comercial:
Jurossobre Dep6sitos ...... 147.732
Diversos ................. -
Juros s/Disponibilidades da
Carteira Hipotec6.ria ... -
Carteira Hipotecfiria "Ouro":
Servico da Divida Externa . 3.885
b - DESPESAS ADMINISTRATIVAS:
Despesas Gerais ........... 55.086
Despesas de Instalacao de
Novas Agendas ....... 82
Livros e Objetos de Escri-
t6rio ................. 2.854
M6veis e Utensilios ......... 1.534
I. A. Pensoes dos Bancarios . 1.816 61.372
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-52-
c - DEPRECIACAO SOBRE Tf-
TULOS E IMOVEIS .......
19.493
d - PREJUIZOS VERIFICADOS
9.149
241.631
LUCRO LIQUIDO .....................
26.290
LUCROS
0 Lucro Liquido do exercicio acha-se distribuido da seguin-
te forma. de acordo com a aprovacao do Conselho Fiscal:
Em milhares, de Cruzeiros
- DIVIDENDOS .............. 12.000
- GRATIFICAcAO AO PESSOAL
DO BANCO ............. 2.629
-- FUNDO DE PREVISAO 8.000
RESERVA PARA PREJUIZOS
EVENTUAIS .......... -
- DOTAcAO PARA UMA COLO-
NIA DE FERIAS DOS
FUNCIONARIOS ........ 500
- FUNDO DE RESERVA ..... 1.315 24.444
-- LUCROS SUSPENSOS ....... 1.846
Conforme se verifica da demonstracao supra, o lucro liquido
do exercicio foi de Cr.$ 26.290.000,00, sendo Cr.4 12.385.000,00
do primeiro semestre e Cr.4 13.905.000,00, do segundo, contra
Cr.$ 16.192, 000,00 do exercicio anterior, cabendo .............
Cr.$ 7.086.000,00 ao primeiro semestre e tr.$ 9.106.000,00 ao
segundo semestre.
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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53 -
CONCLUSAO
Os Senhores acionistas encontrarao, a seguir, os Balancos,
as Demonstracoes de Lucros e Perdas, o Parecer do Consulho
Fiscal e diversos elementos estatisticos referentes ao exercicio
ora relatado.
Todavia, a Diretoria esta pronta a prestar, prazerosamente,
quaisquer outros esclarecimentos que os Senhores acionistas jul-
garem convenientes.
Sao Paulo,
(ass.) Oswaldo Pereira de Barros.
Presidents.
Arlindo Maia Lello.
Armando de Almeida Alcantara.
Superintendente.
Jose de Queiroz Telles.
Diretor da Carteira Agricola.
Nagib Jafet.
Diretor da Carteira Camereial a Indus-
trial.
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PARECER
DO
CONSELHO FISCAL
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
0 Conselho Fiscal do Banco do Estado de Sao Paulo, S/A,
pelos seus membros efetivos no final nomeados, em obediencia
ao disposto nos seus estatutos, procedeu a verificacao do saldo
existente em especie np. sua caixa, em 31 de Dezembro de 1947,
achando-o exato e em perfeka concordancia com a demonstra-
cao da escrituracao na mesma data.
Examinou mais o Balanco referente ao exercicio encerra-
do em 1947, e os documentos que o instruem, achando-os exatos
e em perfeita ordem, pelo que propoe. que sejam aprovados con-
juntamente com todas as operacoes do Banco feitas no referido
exercicio.
Termina apresentando a Diretoria e aos seus dedicados
auxiliares um voto de louvor pelos excelentes resultados obtidos.
Sao Paulo, 13 de Janeiro de 1948.
(ass.) Dr. Joao Batista Comes Ferraz.
Antonio Teixeira Pinto.
Floriano Augusto Soares Souza.
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BALANcOS
E
DEMONSTRAcoES
DE
LUCROS E PERDAS
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BALANCO EM 30 DE JUNHO DE 1947
Approved For RPIPaCP 20021081,14 : CIA-RfP83-004158001200010013-2
ATIVO PASSIVO
Em moeda corrente ................................. 104.091.581,60
Em dep6sito no Banco do Brasil S. A ................. 267.421.120,30
Em dep6sito & ordem da Sup da Moeda e do Credito 37.563.388,70
Em outras esp6cies .................................. 16.989.856,60 426.065.945,20
Empr6stimos em C/ Corrente ........ 694.899.966,30
Empr6stimos HipotecGrios ........... 43.370.512,80
Titulos Descontados ................. 1.323.064.960,97
Agencias no Pais ................... 262.733.986,40
Correspondentes no Pais ............ 70.571.133,50
Correspondentes no Exterior ......... 182.801.740,70
Outros Creditos ..................... 600.646.434,41
Ap6lices a Obrigag5es Federais, inclu-
sive as do valor nominal de Cr$ ..
55.000.000,00 depositadas no Banco
do Brasil S. A. A ordem da Super-
intendencia da Moeda e do Credito
e Cr$ 1.000.000,00 na Delegacia
Fiscal, conforme Decreto-Lei n.?
9.602 .......................... 39.002.752,90
Ap6lices Estaduals ................. 69.644.869,60
Ap6lices Municipals ................. 388.270,90
AgSes a Debentures ................. 4.063.552,50 113.049.445,80
Edificios de use do Banco ..........................
CONTAS DE COMPENSACcAO
Valores em Garantia ................................ 1.288.638.712,60
Valores em Custddia ............................... 165.730.746,86
Titulos a receber de C/ Alheia ...................... 152,841.608,90
Outras Contas ...................................... 444.550.942,40 2.051.562.009,76
CARTEIRA HIPOTECARIA "OURO"
EMISSAO DE LETRAS HIPOTECARIAS ............ 70.914,500,00
EMPRItSTIMOS HIPOTE'CARIOS "OURO"
a) Rurais:
Serie A ........... 7.394.441,10
S6rie B ........... 10.399.617,20
Serie C ........... 10.111.523,80 27.905.582,10
b) Urbanos:
S6rie A .............
S6rie B ............. 5.166,00
S6rie C ............. - 5.166,00 27.910.748,10
a) Ent Ap6lices do Reajustamento Economico:
S6rie A ............. 590.000,00
S6rie B ............. 890.000,00
Serie C ............. 3.000.000,00 4.480.000,00
b) Em dinheiro:
S6rie A ............. 14.639.568,90
S6rie B ............. 12.493.216,80
S6rie C ............. 11.392.476,20
Capital .............................................
Fundo de Reserva Legal .............................
Fundo de PrevisSo ..................................
Outras Reservas ....................................
EXIGIVEL
D e p 6 s i t o s
a vista e a curio prazo:
de Poderes Pliblicos .............. 348.396.531,90
de Autarqias .................... 966.219.427,10
em C/C Sem Limite ....... . ...... 312.064.967,40
em C/C Limitadas ............... 8.000.345,10
em C/C Populares ................ 74.212.348,10
em C/C do Aviso ................. 32.996.433,90
Outros Dep6sitos ................. 171.438.513,41
de Poderes Publicos .............. 86.115,90
de Autarquias .................... 857.536.393,70
do Diversos:
a Prazo Fixo ................ 175.236,069,00
de Aviso Pr6vio ............... 3.000.000,00
Outros Dep6sitos ............. 93,177,10 1.035.950.755,70
100.000.000,00
4u.096.351,99
85.626.898,88
58.396.591,49 284.119.8
OUTRAS RESPONSABILIDADES
Obrigag6es Diversas ................... 615.273,70
Ag8ncias no Pais .................... 259.203.095,20
Correspondentes no Pais .............. 36.891.138,40
Correspondentes no Exterior .......... 3.426.308,60
Ordens de pagamento e Outros Creditos 128.744.673,61
Dividendos a Pagar .................. 6.000.000,00 434.880.389,51 3.384.159.71
RESULTADOS PENDENTES
Contas de resultados ................................ 22.788.1
CONTAS DE COMPENSAQAO
Depositantes de valores em garantia e em cust6dia .... 1.454.369.468,46
Depositantes( de titulos em cobranga:
do Pais .......................... 114.165.759,00
do Exterior ...................... 38.475.849,90 152.641.608,90
Cutras Contas ...................................... 444.550.942,40 2.051'.562.00
Serie A .............................. 22.624.000,00.
S6rie B 23.788.000,00
S6rie C .............................. 24.504.000,00 70.916.000,00
Serie A 22.623.600,00
S6rie B ............................. 23'.787,500,00
Serie C 24.503.600,00 70.914.500,00
GARANTIAS DIVERSAS ............................... 137.769.400,00
CARTEIRA COMERCIAL ............................... 13,307.789,69
DIVERSAS CONTAS ................................... 14.518.611,35 307.426.30
a) Rurais ........................... 137.709.400,00
b) Urbanas ......................... 60.000,00 137.769.400,00
DIVERSAS CONTAS ................................... 27.826.400,94 307.426 00,94
trio Morandi - Gerente
/redo Segabinazi - Contador
Oswaldo Pereira de Barros - Presidente
Nelson do Aquino - Vice-Presidente
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R00120004O013-2t Alnceida Alcantara - Superintendents
Jose de Queiroz Teller - Diretor da Carteira Agricol
Nagib Jafet - Diretor da Carteira Comercial e Indi
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BALANCO EM 31 DE DEZEMBRO DE 1947
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PASSIVO
CARTEIRA COMERCIAL
Em moeda corrente .. ........... ................
Em. dep6sito no Banco do Brasil S. A.
Em dep6sito $ ordem da Sup. da Moeda e do Cr6dito
Em outras esp6cies .................................
EALIZAVEL
,
Agendas no Pais 233.576.096,00
Correspondentes no Pais ............ 31.311.977,70
Correspondentes no Exterior ........ 154.129.329,30
Outros Cr6ditos 607.122.478,81
Im6veis ...........................
Titulos e Valores Mobilifirios:
Ap6lices e Obriga46es Federais, inclu-
sive as do valor nominal de Cr$ ..
55.000.000,00 depositadas no Banco
do Brasil S. A, h ordem da Super-
intondencia da' Moeda e do, Cr6dito
e Cr$ 1.000.000,00 na Delegacia
Fiscal, conforme Decreto-Lei n.?
9.602 .......................... 37.587.296,30
Ap6lices Estaduais .................. 116.747.427,30
Ap6lices Municipals ........... . ..... 338.270,90
AgSes e Debentures ................ 4.478.252,50 159.161.247,00
Outros Valores 2.382.344,50 3.237.362.268,16
Edificios de use do Banco ...........................
JNTAS DE COMPENSAcAO
Valores em Garantia ............ . ......:............ 1.291.457.444,20
Valores em Cust6dia ................................. 187.986.731,85
Titulos a recober de C/ Alheia ...................... 161.064.554,80
Outras Contas ...................................... 349.044.177,50 1.979.652.908,35
Cr$ ........... 5.760.989.202,91
CARTEIRA HIPOTEC'ARIA "OURO"
&ISSAO DE LETRAS HIPOTECARIAS ............ 44.248.500,00
XPRSTIMOS HIPOTECARIOS "OURO"
a) Rurais:
Serie A .......... 6.011.408,20
Serie B .......... 8.839.097,00
Serie C .......... 9.836.430,70 24.686.935,90
3PONIBILIDADES JUNTO A CARTEIRA COMERCIAL:
a) Em Ap6lices do Reajustamento Economico:
Serie A .......... 590.000,00
S6rie B ....... . .. 890.000,00
Serie C 3.000.000,00 4.480.000,00
b) Em dinheiro:
Serie A .......... 6.580.591,80
S6rie B .......... 5.454.935,60
S6rie C .......... 3.043.569,30 15.079.096,70
a) Rurais ...................... 125.433.900,00
b) Urbanas 60.000,00
CARTEIRA COMERCIAL
NAO EXIGIVEL
Cr$
Cr$
Capital .............
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100.000.000,00
114.403.349,40
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o de Reserva Legal ....................
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undo do Previs8o ..........................
O
74.363.833,96
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utras Reserves ............................
59.715.600,17
274.871.021,92
9.408.081
40
,
32.666.000,00
EXIGIVEL
Depositos
a vista e a curto prazo:
de Poderes PSblicos 397.602.627,90
de Autarquias 940.610.685,30
em C/C Sem Limite .......... 319.519.238,50
em C/C Limitadas 18.172.975,40
em C/C Populares ........... 90.845.826,70
em C/C de Aviso ............ 4.269.109,10
Outros Dep6aitos 184.416.883,41 1.965.437.346,31
de Poderes Pdblicos .... . .. . . 6.020.000,00
de Autarquias ................ 882.870.655,40
de, Diversos:
a Prazo Fixo ............ . . . . 206.976.094,70
Outros Dep6aitos ............. 117.291,80 1.095.984.041,90
OUTRAS RESPONSABILIDADES
Obrigag6es Diversas ......... 402.929,20
Agendas no Pais ............ 234.478.686,40
Correspondentes no Pais ..... 32.371.581,30
Correspondentes no Exterior 4.066,962,40
Ordens de Pagamento a Ou-
tros Creditos ........... 145.875.034,53
Dividendos a Pagar 6.016.852,00
423.212.045,83 3.474.633.434,04
RESULTADOS PENDENTES
Contas de resultados ........................ ..................
CONTAS DE COMPENSAQAO
,Depositantes de valores em garantia o em
cust6dia ............ ...... ... 1.479.444.176,06
Depositantes de ttulos em cobranga:
do Pais .................... 109.610.422,00
do Exterior ... . .... . . . .. . . . . . 41.454.132,80 151.064.554,80
Outras Contas ...... . ........ 349.044.177,50 1.979.552.908,35
Cr$ 5.760.989.202,91
CARTEIRA HIPOTECARIA "OURO"
OBRIGAc E'S "OURO" EM CIRCULAQAO
Serie A 18.182.000,00
Serie B 1.5.188.000,00
S6rie C ..................... 15.880.000,00 44.250.000,00
LETRAS HIPOTECARIAS "OURO" CAUCIONADAS:
Serie A 13.181.500,00
Serie B : .................... 15.187.500,00
Serie C ..................... 15.879.500,00 44.248.500,00
DIVERSAS CONTAS ........................... 29.671.440,25 243.663.840,25
RTEIRA COMMERCIAL ............................. 12.384.103,51
/ERSAS CONTAS ................................... 17.287.336,74 243.663.840,25
Letras do Tesouro Nacional .... . ....
Empr6stimos em C/ Corrente . . ...... 810.231.012,75
Emprestimos Hipotecarios .......... 48.745.341,50
Titulos descontados 1.250.271.994
40
Cr$ ............ 6.004.653.043,16
O&waldo Pereira de Barros - Presidents.
Arlindo Maia Lello - Vice-Presidents.
Armando de Almeida Alcantara. - Superintendents.
Josh de Queiroz Telles - Diretor da Carteira Agricola.
Nagib Jafet - Diretor da Cartelra Comercial a Industrial.
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
ESTATfSTICA
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
ENCAIXE, DEP6SITOS E EMPRESTIMOS
EM MILHARES DE CRUZEIROS (1)
Ndmeros indices
% do
1938 = 100
Encaixe
Deposi-
tors
Empris-
tim os
1938
117.107
902,504
1.060.729
12,97
100
100
1939
195.873
994.732
1.068.158
19,69
110
101
1940
195.463
1.055.774
1.182.128
18,51
117
ill
1941
264.111
1.234.860
1.274.963
21,38
137
120
1942
234.059
1.261.704
1.326.281
18,55
140
125
1943
413.877
1.562.136
1.470.249
26,49
173
139
1944
684.566
1.847.477
1.460.038
37,05
205
138
1945
564.735
2.122.581
1.843.140
26,60
235
1
74
1946
823.740
2.577.306
1.998.531
31,96
286
.
188
1947
702.380
2.997.291
2.400.017
23,53
332
226
(1) 1938 - Saldos medios calculados sobre saldos mensais.
De 1939 a 1947 - Medias dos saldos difirios.
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Periodos
EM MIIIHARES DE CRUZEIROs (1)
A Vista A Prazo Fixo T O T A L
indices
100
1938 = 10
1938
375.773
526.731
902,504
100
1939
456.300
538.432
994.732
110
1940
495.965
559.809
1.055.774
117
1941
647.641
587.219
1.234.860
137
1942
655.404
606.300
1.261 .704
140
1943
954.311
607.825
x.562.136
173
1944
1.449.325
398.152
1.847.477
205
1945
1.907.046
215.535
2.122.581
235
1946
1.898.117
679.189
2.577..306
286
1947
2.008.536
988.755
2.997.291
32
(1) 1938 - Saldos medios calculados 5obre caldos mensais.
De 1939 a 1947 - Medias dos saldos diAi ios.
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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INDICES
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1938 = 100
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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CARTEIRA RIPOTECARIA PAPEL
EM MILHARES DE CRUZEIROS
PERIODOS
EMPRESTIMOS
SITUACAO M 31/12 DE CADA ANO
REALIZADOS
RURAIS
URBANOS
TOTAIS
Quant.
Valor
Quant.
Valor
Qu int.
Valor
Quant.
Valor
1938
28
8.540
172
27.161
101
3.278
273
30.439
1939
13
1.371
166
28.605
88
2.538
254
31.143
1940
6
349
156
23.973
71
7.170
227
31.143
1941
18
3.147
165
26.942
58
6.966
223
33.908
1942
24
1.632
180
26.910
60
7.117
240
34.027
1943
25
10.084
176
26.786
',2
7.540
228
34.326
1944
26
5.249
148
25.768
47
7.102
195
32.870
1945
32
5.513
40D
38.329
44
7.004
444
45.333
1946
19
3.985
342
41.951
46
6.852
388
48.803
1947
67
13.143
:341
36.747
52
9.442
393
46.189
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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C-
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10
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
EM LIBRAS ESTERLINAS
fNDIC);; - 1938 = 100
Periodos
I;missao
Obrigaciies
Ismiss.a
Obrigagiies
de Letras
"Ouro" em
de Letra
"Ouro" em
Hipotecarias
C.irculacao
Hipotec . nas
t;,ireulacao
1938
2.212.750
2.212.800
100
100
1939
2.212.750
2.212.800
100
100
1940
1.859.350
1.859.400
84
84
1941
1.836.450
1.836..500
83
83
1942
1.824.850
1.824.900
82
82
1943
1.809.550
1.809.600
82
82
1944
1.772.860
1.772.900
80
80
1945
1.772.860
1.772.900
30
80
1946
1.772.860
1.772.900
80
80
1947
2.106.290
1.106.250
50
50
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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CHEQUES E ORDENS DE P.&GAMENTO
EM
MILHARES DE CRUZEIRO ,
INDICES DO
VALO
PERfODOS
EMITIDOS
CUMPRIDOS 1938 =
R
100
Quant.
Quant. I
V alor
1938
20.343
246.990
19.478
149.124
100
100
1939
29.070
334.776
28.060
277.715
136
186
1940
37.482
483.472
36.352
305.935
196
205
1941
44.381
579.102
48.697
525.949
234
353
1942
61.316
685.602
67.949
714.374
278
479
1943
79.389
1.034.328
92.588
1.204.366
419
808
1944
79.913
1.217.748
98.378
1.64.7.905
493
1
105
1945
80.833
1.347.685
102.133
1.C-4.239
546
.
1
096
1946
83.148
1.375.039
107.406
1.743.404
557
.
1
169
1947
76.726
1.975.474
95.708
2.376.103
759
.
1.593
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release-3002/08114': 6IA-RDP83=00-4151 6'1300010013-2
COBRANCAS
MOVIMENTO ANUAL EM MILHARES DE' CRUZEIROS
fndices
SIMPLES
CAUCIONADA
TOTAIS
do Valor
a
III
1938 =
Quant.
Valor
Quant. I Valor
Quant.
Valor
100
1938
36.703
129.264
22.933
40.301
59.636
169.565
100
1939
56.118
143.284
27.033
54.950
83.151
198.234
117
1940
78.539
200.633
36.877
87.294
115,116
287.927
170
1941
99.532
238.628
56.721
127.496
156.253
366.124
216
1942
96.169
267.394
53.223
156.901
149.,:>92
424.295
250
1943
116.578
389.232
55.088
249.192
171.666
638.424
377
1944
136.050
586.625
46.170
282.338
182.220
868.963
512
1945
163.516
704.359
47.164
363.309
210.60
1.067.668
630
1946
187.858
978.911
48.983
399.506
236.841
1.378.417
813
1947
163.195
842.971
68.271
761.346
231.466
1.604.317
946
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
COBRANcA SIMPLES
MOVIMENTO ANUAL EM MILHA RES DE CRUZEIROS
Periodos
T. C. PAIS
T. C. EXTERIOS
TOTAIS
Quant.
Valor
Quant.
Valor
Quant.
Valor
1938
36.138
104.171
565
25.093
86.703
129.264
1939
551.430
106.504
688
36.780
56.118
143.284
1940
77.576
149.786
963
50.947
78.539
200.633
1941
98.464
190.454
1.068
4,9.174
p9.532
238.628
1942
95.543
241.110
626
26.284
96.169
X67.394
1943
116.022
356.322
556
32;010
116.578
389.232
1944
134.460
453.038
1.590
133.587
136.050
586.625
1945
161.518
555.760
1.998
148.899
13.516
704.659
1946
185.029
802.745
2.829
176166
187.858
978.911
1947
160.257
664.046
2.938
178.925
163.195
842.971
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
A
MATRIZ
AGENCIAS
TOTAIS
Indices do
Valor
Qwant.
Valur
Quant.
Valiyr
Quaat.
Valor
1938 = 100
1938
1.970
161,419
12,916
316.921
14.886
478.340
100
1939
2.195
232.792
16.179
488.778
18.374
721.570
r51
1940
2.414
213.828
17.697
625.131.
20,111
838.959
76
1941
2.684
261.804
16,387
943.091
19.071
1.204.895
252
1942
4.019
338,867
10.631
561.879
14..650
900.746
188
1943
1.786
556.929
13.747
726.445
19.533
1.283.374
268
1944
7.753
754.652
15.956
1.011.032
23.709
1.765.684
369
1945
8.980
1.001.971
16.766
1.143.097
25.746
2.145.068
448
1946
12.662
1.131.710
21.330
1.567.446
33.992
2.699.156
564
1947
11.130
1.069.023
21.314
1.496.212
32.444
2.565.235,
536
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
POPP,
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
CORRESPONDENCIA
1938
219.841
1939
305.714
1940
446.129
1941
551.978
1942
742.216
1943
919.992
1944
1.018.501
1945
1.195.1.53
1946
1.304.897
1947
1.221.522 1
169.186
,226.549
45.3.048
537.539
656.386
768.664
873.507
978.255
1.084.10-4-
1.264.162
100
13-9
203
251
338
418
463
544
594
556
Recebida
100
134
268
318
388
4,54
516
578
641
747
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Pedida
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE. CADA
ANO EM MILHARES DE CRUZEIROS
a
L/2 p
?
fteserva
Reserva
Fundos Es-
11
Fundo
Lucros
pars
peciais p/
F uiulo
W U
=
de
Suspensor
Prejuizos
Atender a
pie
TOTAL
Z A
Reserva
Eventuais
Situagoes
Previsdo
Pendentes
1938
27.733
92.000
37.188
156.921
100
1939
29.372
94.294
43.086
166.707
106
1940
32.839
97.121
43.086
173.046
110
1941
34.064
6.761
23.724
119.894
184.443
118
19421
35.190
11.287
28.327
119.022
193.826
124
1943
36.581
16.540
32.886
115.583
201.590
128
1944
37.794
16.945
37.104
115.024
206.867
132
1945
38.667
19.557
37.051
106.599
201.874
129
1946
39.477
21.061
37.051
94.511
192.100
1;22
1947
40.791
22.665
37.051
74.364
174.8171
111
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AcOES DO BANCO
COTAcOES MEDIAS (1)
COTACoES EM CRUZEIROS
INDICES
das
Cotagoes
1938
320
270
307
100
1939
315
300
310
101
1940
370
331
337
110
1941
620
280
545
178
1942
521
200
272
89
1943
400
320
335
109
1944
580
450
478
156
1945
500
450
480
156
1946
450
320
377
123
1947
3.1
280
813
123
(1) Baseadas em operagoes realizadas
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LUCROS E PERDAS
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Imoveis do
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Lucro
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Verifica
LAquiddoo
Bruto
Liquido
Banco
1938
30.561
8.231
3.322
4.355
14.653
100
100
1939
33.914
8.435
7.799
1.287
16.393
111
112
1940
35.772
10.473
7.000
966
17.333
117
118
0341
45.162
12.447
6.966
1.251
24.498
148
167
1942
41.407
16.079
2.238
562
22.528
135
154
1943
53.504
17.628
7.818
245
27.813
175
190
1944
48.949
21.934
2.385
374
24.256
160
166
1945
56.854
33.035
3.547
2.796
17.476
186
119
1946
68.496
49.079
1.360
1.865
16.192
224
111
1947
116.304
61.372
19.493
9.149
26.290
381
179
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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DE
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DE
50 A 200
DE
200 a 500
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ALQUEIRES
5 a 10 Alqueires
10 a 25 Algs.
25 a 50 Alqs.
ALQUEIRES
Alquelres
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PEQUENOS LAVRADORES
TOTAL = 243.990
Grandes Lavradores
Total - 24.250
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
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DOS
ACIONISTAS
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Achilles' Francis Israel Junior ....... ................................ 10
Adalgisa Vidigal de Lucena ............................................ 7
Adolpho Lombardi ................................................... 447
Adolpho Lombardi Filho (menor) ...................................... 31
Agostinho Camargo Moraes ............................................ 60
Albano de Camargo Junior ............................................ 125
Albert Dervaux ...................................................... 500
Alberto Luiz de Botton ................................................ 20
Alexandre Dobrentei ................................................... 40
Aloysio Pereira Barreto ............................................... 194
Altino Arantes, Dr ..................................................... 40
Anatole Salles ....................................................... 150
Andre Doutriaux, Dr ................................................... 20
Anna Aranha de Lacerda .............................................. 50
Antonia Eufrosina de Almeida Correa ................................ 110
Antonio de Almeida Correa ............................................ 100
Antonio de Araujo Novaes Junior ....................................... 400
Antonio Carlos Couto de Barros, Dr . .................................. 110
Antonio Silveira Mello ................................................ 7
Antonio Teixeira Pinto ..................................... .? ........ 1.407
Arlindo Maia Lello .................................................... 300
Armando de Almeida Alcantara ....................................... 240
Asdrubal Franco de Lacerda ........................................... 74
Baronne Beyens ....................................................... 160
Bernard Marie Joseph, Blanchy ......................................... 250
Brasilia Lacerda Arruda Botelho ....................................... 50
Carlos Amadeu Arruda Botelho ........................................ 34
Carlos Fickentacher ................................................... 90
Carlos Pinto Alves, Dr . ................................................ 20
Charles Marie Maxime Mellerio ........................................ 50
Charles R. Murray .................................................... 400
Clarindo de Salles Abreu .............................................. 400
Companhia Construtora de Santos S. A . .........................?...... 10
Comte Henry Frouchard ............................................... 2.300
Comte D'Hespel ........................................................ 120
Constanga de Barros Vidigal .......................................... 7
Constantino Pereira Rodrigues ....................................... 530
Dagoberto de Padua Salles, Dr . ........................................ 50
Denise Lombardi de Abreu ............................................. 31
Dirce Silva Pereira Barreto ............................................ 193
Diva Pacheco da Silva ................................................. 193
Edouard Marie Henri Huot de Saint Albin .............................. 1.250
Eduardo de Nioac ..................................................... 200
Emmanuel Amand Louiz Alphonse Couvreux 124
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
- 110 -
ACIONISTAS A496ES
Transports ........................................................ 10.904
I
Eneas Cesar Ferreira ................................................. 10
Ethel La Domus ...................................................... 40
Evangeline Lacerda Paranagua Moniz ................,................. 84
Fazenda do Estado de Sao Paulo ...................................... 357.730
Firmino Costa ........................................................ 200
Flavin de Paula Leite .................................................. 370
Francisco B. de Queiroz Ferreira ..................................... 265
Francisco Conde ....................................................... 1.040
Francisco Jose Pereira Leite, Dr . ....................................... 1.000
Francisco de Paula Leite de Barros ..................................... 60
Francisco de Paula Vicente de Azevedo, Dr. 1.685
Frederic Adrien Martel ................................................ 250
Frederico Guilherme de Faria, Dr ....................................... 60
Gaston de Reinach .................................................... 4.000
Genevieve Marie Caroline Mellerio ..................................... 50
Genevieve Marie Marguerite Blanchy ................................... 250
Georgina de Barros Vidigal ........................................... 7
Gicelda de Mello Lombardi ............................................. 31
Gilberto Oppenheim ..................................................... 100
Giovanni Fattori .................................... ................ 100
Hannibal de Oliveira Lacerda ......................... ................ 40
Haroldo Sampaio ..................................................... 110
Heitor Teixeira Penteado, Dr . .......................................... 200
Helena de Barros Vidigal Mattos ...................................... 7
Henrique Bayma, Dr . ................................................ 10
Herculano de Almeida Correa, Dr . ..................................... 320
Hypolite Meplain .................................. ................ 250
Iris Miguel Rotundo.................................. . ................ 50
Jacques Edouard Antoine de Saint Albin ................................ 1.250
Jacques Jessouroun .................................................... 2.692
Jane Mathilde Pujol ................................................... 400
Jean Oppenheim ............................ ...... . ................ 100
Jeanne Francis Israel (menor) ......................................... 10
Joao Pimenta ......................................................... 20
Joao Pires Germano, Dr . ............................................... 10
Jose Queiroz Teller .................................................. 200
Jose Ubeira Pereira Franco ........................................... 10
Laercio Brandao Teixeira ............................................. 20
Lavinio Abreu Galvao ................................................ 20
Louise Marie Jeanne Mellerio .......................................... 20
Lucie Marie Angele Gauthier de Charnace ............................. 100
Luiz Gongaza Morato .............................. ............... 100
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415ROO1200010013-2
- 111 -
ACIONISTAS AQOES
Transporte ...................................................... 384.175
Luiz Malaguti ......................................................... 20
Luiz de Souza Leite Junior, Dr . ...................................... 250
Madame Laveissiere .................................................. 126
Madeleine Marie Gouin ............................................... 170
Manoel Maldonado ................................................... 20
Marguerite Victoire Leonie Cretin .................................... 200
Maria Antonieta de Almeida Correa .................................. 70
Maria Cecilia de Queiroz Lacerda ..................................... 10
Maria Conceigao Aranha Lacerda ..................................... 50
Maria Helena Leite Meirelles ........................................ 200
Maria Jose de Lacerda Quartim Barbosa ............................... 60
Maria Jose Lacerda Teixeira .......................................... 30
Maria de Lourdes Leite Gudmaraes .................................... 800
Maria Luzia de Lacerda Lessa ........................................ 50
Maria Nair Malta Leite .............................................. 1.000
Marie Eugenic Louise Mellerio ........................................ 50
Marie Jeanne Weisweiller ............................................. 550
Marie Julien Maurice Antoine Conte ................................... 120
Marina Angelica Brandao Teixeira .................................... 20
Mario Morandi ....................................................... 400
Mario Tavares ....................................................... 200
Marquis de Luppe .................................................... 60
Marquise de Rosambo ................................................ 60
Marthe James Hyde .................................................. 250
Marthe Laroche ...................................................... 50
Marthe Marie Pauline Mellerio ........................................ 10
Marthe Pauline Maurice .............................................. 300
Maurice Raphael Marie Mellerio ....................................... 10
Nagib Jafet ......................................................... 200
Nelson de Aquino, Cel . ................. .............. ............ 200
Nelson Spinelli ....................................................... 100
Nicola Spadafora .................................................... 100
Olavo Egidio de Souza Aranha, Dr . .................................. 200
Oscar de Souza Dantas ............................................... 330
Oswalao Pereira de Barros ............................................ 490
Pascoal Magliano .................................................... 300
Paul Joseph Emile Rumeau ........................................... 500
Paule Marthe Annette Clemenceau .................................... 150
480
Paulo C. Suplicy ....................................................
Paulo Machado de Campos .......................................... 20
Pedro Romero ........................................................ 20
Piero Roversi ........................................................ 400
A transportar .............................................. ... 392.791
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415ROO1200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
- 112 -
ACIONISTAS ACbES
Raphael de Barros Vidigal ........................................... 7
Rene Lang ........................................................... 150
Roberto Cochrane Simonsen, Dr . ....................................... 180
Rose M. Marie Dagmar Appert ....................................... 100
S. Propper & Cie . .................................................... 2.000
Sylvio Galvao Rolim ................................................. 550
Simmy Mathilde Kovarik Von Busse .................................. 24
Sociedade Anonima Levy .............................................. 200
S. A. Sindicat Mobilier ............................................... 750
Stephanne Fourneaux ................................................. 50
Superintendencia dos Servigos Cafe ..................................... 102.594
Theodoro Quartim Barbosa, Dr . ....................................... 34
Thereza Carvalhaes ................................................... 100
Vera Maria Brandao Teixeira Duarte Areia ............................ 20
Veuve Jean Lafay ................................................... 50
Vicente Giaccaglini ................................................... 200
Vicomte de Bonneval ................................................. 100
Willy Huffenbacher ................................................... 100
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
* Impreaao na lk
EMPRESA GRAFICA DA
"REVISTA DOS TRIBUNAIS" LTDA.
* Sdo Paulo
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
25X1 C Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2
Approved For Release 2002/08/14: CIA-RDP83-00415R001200010013-2